Marco Antonio Carvalho Teixeira (FGV EAESP) e Marcos Fernandes (FGV EAESP) apresentam os principais argumentos da análise publicada nos Cadernos Gestão Pública e Cidadania sobre a capacidade do governo Bolsonaro de arbitrar o conflito distributivo do processo orçamentário 2021/2022. A análise parte do suposto de que o orçamento é a expressão dos conflitos distributivos inerentes à sociedade e de que tais conflitos devem ser arbitrados para que não haja perda de agenda e descontrole da política fiscal. A análise permite concluir que o processo orçamentário de 2021/2022 é um sintoma da crise de governabilidade, pois há evidências de que não houve arbitragem do conflito distributivo.