Por que os estados brasileiros têm reações assimétricas a choques na política monetária?

Autores

  • Roberta de Moraes Rocha UFPE-CAA
  • Marcelo Eduardo Alves da Silva UFPE
  • Sonia Maria Fonseca Pereira Oliveira Gomes UFPE-CAA

Palavras-chave:

Choques Monetários, Canais de Transmissão, Vetor Auto-Regressivo Estrutural (SVAR).

Resumo

A primeira parte deste artigo examina se a política monetária apresenta impactos diferenciados sobre diferentes estados brasileiros. Uma análise das funções de resposta a impulso, extraídas de modelos vetoriais auto-regressivos estruturais (SVAR) estimados para diversos estados brasileiros, aponta para assimetrias nas respostas dos produtos estaduais a choques monetários. A segunda parte investiga quais características estaduais poderiam explicar tais assimetrias com base em um modelo de regressão. A evidência sugere que a intensidade da resposta do produto estadual é relacionada diretamente as variáveis de composição industrial, grau de abertura e ao volume de crédito, as quais dão suporte aos canais de transmissão da taxa de juros e de crédito da política monetária. Os resultados ainda oferecem algum suporte às teorias do canal demográfico e do mercado de trabalho (socioeconômico). Diante dessas evidências, recomenda-se cautela na condução da política monetária no Brasil, uma vez que a implementação de políticas que ignorem a diversidade econômica e social do país podem ter efeitos não desejáveis, podendo aprofundar ainda mais as disparidades regionais do país.

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Publicado

2011-11-16

Edição

Seção

Artigos