Agregação temporal e não-linearidade afetam os testes da paridade do poder de compra: Evidência a partir de dados brasileiros

Autores

  • Oscar R. Simões Citibank
  • Emerson Fernandes Marçal EESP-FGV

Palavras-chave:

Paridade do Poder de Compra, Meia-vida, Agregação Temporal, Testes de Raiz Unitária.

Resumo

Este artigo analisa as séries de câmbio real brasileira calculada a partir de índice de preços ao consumidor para o Brasil e 21 parceiros comerciais no período de 1957 a 2010. O primeiro objetivo do trabalho consiste em avaliar a validade da Paridade do Poder de Compra (PPC) entre Brasil e seus parceiros comerciais através de quatro testes de raiz unitária (ADF, PP, KPSS e Kapetanios et alii (2003)). Este último teste avalia a presença de raiz unitária nas séries de câmbio real utilizando o teste de Kapetanios et alii (2003) cuja hipótese alternativa é dada por globalmente estacionário não linear. O segundo objetivo consiste em investigar a hipótese de Taylor (2001) de que a meia-vida é superestimada quando os dados são construídos a partir de um mecanismo de agregação temporal pela média e cujo processo gerador dos dados contém não linearidade. O trabalho apresenta elementos para confirmar o argumento de Taylor (2001) de que agregação temporal causa sérias distorções na estimação da meia-vida dos choques da PPC. O resultado dos testes de raiz unitária lineares (PP e ADF) é desfavorável a PPC. Já o teste KPSS na freqüência anual e sem agregação temporal e o teste de Kapetanios et alii (2003) sugerem um cenário bem mais favorável a PPC.

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Publicado

2012-10-02

Edição

Seção

Artigos