O conceito do ócio vicário no filme “Que Horas Ela Volta?”: revisitando Thorstein Veblen em uma perspectiva dos fenômenos socioeconômicos

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Rui Fernando Correia Ferreira
http://orcid.org/0000-0001-8724-4267
Reynaldo Maia Muniz
http://orcid.org/0000-0002-7644-8384
Livia Almada
http://orcid.org/0000-0001-9795-8378

Resumo

O objeto teórico deste estudo é a construção teórica do ócio vicário de Veblen (1989), tendo conceitos veblenianos como fatores precedentes. Já o objeto empírico deste estudo é o filme brasileiro Que Horas Ela Volta? da roteirista e diretora brasileira Anna Muylaert (QUE HORAS, 2015), que foi premiado no Sundance Film Festival e no Film Festival Internacional de Berlim, ambos de 2015. Para confluir com a proposta metodológica interdisciplinar de Thorstein Veblen (1857-1929), esse filme é analisado em uma perspectiva historicista defendida por Kornis (1992). Utilizando as categorias “divisão de classe e suas funções”, “a mulher e a propriedade”, “riqueza e status”, “o trabalho”, “a cerimônia signo de honra”, “ócio conspícuo e distinção social”, “hereditariedade e sangue nobre”, “ócio vicário” e “contexto sócio-histórico-cultural brasileiro”, tem-se como resultado que os conceitos vebleniamos apresentam uma aderência à atual divisão de classes que poderia ser mais utilizada para compreender os fenômenos contemporâneos brasileiros. A questão do ócio vicário e do trabalho doméstico constitui tema relevante econômica e socialmente e teve um debate social recente, como exposto na discussão sobre a regulação da atividade pelo Estado. Como ponto central do trabalho vebleniano, as transformações do status quo da forma de consumo permeia o conceito de consumo conspícuo para a distinção de status e honra das classes econômicas e sociais brasileiras.

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Detalhes do artigo

Como Citar
Ferreira, R. F. C., Muniz, R. M., & Almada, L. (2019). O conceito do ócio vicário no filme “Que Horas Ela Volta?”: revisitando Thorstein Veblen em uma perspectiva dos fenômenos socioeconômicos. Cadernos EBAPE.BR, 17(2), 305–323. Recuperado de https://periodicos.fgv.br/cadernosebape/article/view/72746
Seção
Artigos
Biografia do Autor

Rui Fernando Correia Ferreira, Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)

Doutorando em Administração pela Universidade Federal de Minas Gerais. Mestre em Administração pela Universidade Federal de Minas Gerais (2015). Professor Substituto no CEFET-MG Campus Divinópolis.

Reynaldo Maia Muniz, Centro Universitário Unihorizontes (Unihorizontes)

Professor Titular da UFMG, onde lecionou de 1980 até fevereiro de 2016. Professor do quadro permanente do Mestrado Acadêmico da Faculdade Novos Horizontes, a partir de março de 2016. Doutor em Ciência Política e Administração Pública pela Universidad Complutense de Madrid (1998). Mestre em Ciência Política pela Universidade Federal de Minas Gerais (1984). Graduado em Engenharia Química pela Universidade Federal de Minas Gerais (1978). Professor visitante da Universidade de Trás-os Montes - UTAD (Portugal, 2006), da Universidad Complutense de Madrid (España, 2001) e do Colegio Nacional de Ciencia Politica y Administración Publica (Mexico, D.F. 1992)

Livia Almada, Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF)

Professora Assistente do Departamento de Administração da Faculdade de Administração e Ciências Contábeis da Universidade Federal de Juiz de Fora - UFJF. Foi docente no Instituto Federal de Ensino, Ciência e Tecnologia de Minas Gerais - IFMG. Doutoranda em Administração pelo Centro de Pós Graduação em Administração da Universidade Federal de Minas Gerais - CEPEAD/UFMG. Foi coordenadora dos cursos de Tecnologia em Gestão de Recursos Humanos, Marketing e Logística na Anhanguera Educacional. Mestrado pelo Centro de Pós Graduação em Administração da Universidade Federal de Minas Gerais - CEPEAD/UFMG.