COVID-19 como uma questão de gênero no mercado: uma chamada para ação contra a vulnerabilidade?

Conteúdo do artigo principal

Camilla Pinto Luna
https://orcid.org/0000-0003-4277-6467
Rosana Oliveira da Silva
https://orcid.org/0000-0003-3971-5217
Denise Franca Barros
https://orcid.org/0000-0003-1640-6171

Resumo

Em plena situação de pandemia, além do aumento de casos da COVID-19, também houve um crescimento considerável de ocorrências de violência doméstica baseada em gênero no Brasil. Observamos que tal situação alarmante inspirou alguns indivíduos e organizações a criarem iniciativas para lidar com esta realidade, que também afetou o mercado. Assim, o presente artigo busca compreender como as relações entre as práticas de mercado podem gerar discussões sobre questões sociais, tais como, a vulnerabilidade de mulheres frente à violência doméstica. Nosso caminho metodológico começa a partir da iniciativa da Magazine Luiza (que é uma das maiores varejistas brasileiras): o botão de pânico no aplicativo da Magalu. Construímos um corpus a partir de uma notícia que deu visibilidade a essa prática de mercado. Embora as práticas de mercado do Magalu possam ser vistas como influentes na luta contra a violência de gênero, existe um iminente perigo de relegar somente à esfera do mercado a defesa das mulheres, quando a criação da resiliência é, sem sombra de dúvida, resultado da ação conjunta da sociedade como um todo.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Métricas

Carregando Métricas ...

Detalhes do artigo

Como Citar
Luna, C. P., Silva, R. O. da, & Barros, D. F. (2022). COVID-19 como uma questão de gênero no mercado: uma chamada para ação contra a vulnerabilidade?. Cadernos EBAPE.BR, 20(3), 369–386. https://doi.org/10.1590/1679-395120210051
Seção
Artigos

Referências

Agência Câmara de Notícias. (2020, junho 23). Projeto obriga sites de comércio eletrônico a disporem de botão para denúncias de violência doméstica. Recuperado de https://www.camara.leg.br/noticias/670613-projeto-obriga-sites-de-comercio-eletronico-a-disporem-de-botao-para-denuncias-de-violencia-domestica/

Agrela, L. (2020, maio 28). App do Magalu tem botão discreto para denunciar violência doméstica. Exame. Recuperado de https://exame.com/tecnologia/app-do-magalu-tem-botao-discreto-para-denunciar-violencia-domestica/

Alessi, G. (2020, maio 06). Brasil já perdeu mais profissionais de enfermagem para o coronavírus do que Itália e Espanha juntas. El País Brasil. Recuperado de https://brasil.elpais.com/brasil/2020-05-06/brasil-ja-perdeu-mais-profissionais-de-enfermagem-para-o-coronavirus-do-que-italia-e-espanha-juntas.html

Araujo, L., Finch, J., & Kjellberg, H. (2010). Reconnecting marketing to markets. Oxford, UK: Oxford University Press.

Araujo, L., & Kjellberg, H. (2009). Shaping exchanges, performing markets: the study of marketing practices. In P. Maclaran, M. Saren, B. Stern, & M. Tadajewski (Eds.), The SAGE handbook of marketing theory (Chap. 11, pp. 195-218). Thousand Oaks, CA: SAGE Publications.

Ayrosa, E. A. T., & Oliveira, R. C. D. A. (2018). Marketing and the production of consumers’ objective violence. In M. Tadajewski, M. Higgins, J. Denegri-Knott, & R. Varman (Eds.), The Routledge companion to critical marketing (pp. 482-499). London, UK: Routledge.

Azimont, F., & Araujo, L. (2010). Governing firms, shaping markets: The role of calculative devices. In L. Araujo, J. Finch, & H. Kjellberg (Eds.), Reconnecting marketing to markets (pp. 94-116). Oxford, UK: Oxford University Press.

Baker, S. M., Gentry, J. W., & Rittenburg, T. L. (2005). Building understanding of the domain of consumer vulnerability. Journal of Macromarketing, 25(2), 128-139.

Baker, S. M., LaBarge, M., & Baker, C. N. (2016). Consumer vulnerability: Foundations, phenomena, and future investigations. In K. Hamilton, S. Dunnet, & M. Piacentini (Eds.), Consumer vulnerability: Conditions, contexts, and characteristics (pp. 13-30). Abingdon: Routledge.

Baker, S. M., & Mason, M. (2012). Toward a process theory of consumer vulnerability and resilience: Illuminating its transformative potential. In D. G. Mick, S. Pettigrew, C. Pechmann, & J. L. Ozanne (Eds.), Transformative consumer research: For personal and collective wellbeing (pp. 543-564). London, UK: Routledge.

Berg, L. (2015). Consumer vulnerability: are older people more vulnerable as consumers than others? International Journal of Consumer Studies, 39(4), 284-293.

Bragon, R., & Mattoso, C. (2020, fevereiro 22). Feminicídio cresce no Brasil e explode em alguns estados. Folha de S. Paulo. Recuperado de https://www1.folha.uol.com.br/cotidiano/2020/02/feminicidio-cresce-no-brasil-e-explode-em-alguns-estados.shtml

Calais, B. (2020, junho 04). Conheça a história do botão de denúncia da Magalu contra a violência doméstica. Forbes. Recuperado de https://forbes.com.br/negocios/2020/06/magalu-relanca-botao-de-denuncia-contra-a-violencia-domestica/

Callon, M. (1986). Some elements of a sociology of translation: domestication of the scallops and the fishermen of St Brieuc Bay. In J. Law (Ed.), Power, action, and belief: a new sociology of knowledge? (pp. 196-223). London, UK: Routledge.

Câmara dos Deputados. (2019). Projeto de Lei PL 4828/2019 e seus apensados. Dispõe sobre a obrigatoriedade de empresas fabricantes de aparelhos celulares introduzirem aplicativo permanente nos aparelhos celulares que saem de fábrica e nos antigos para acionar a polícia em caso de violência contra a mulher. Brasília, DF. Recuperado de https://www.camara.leg.br/propostas-legislativas/2218309

Câmara dos Deputados. (2020). Projeto de Lei PL 3314/2020 e seus apensados. Dispõe sobre a obrigatoriedade de sites de órgãos públicos e aplicativos de comércio eletrônico disporem de botão de pânico para ser usado por mulheres em caso de violência. Brasília, DF. Recuperado de https://www.camara.leg.br/propostas-legislativas/2255183

Capella, M. L., Hill, R. P., Rapp, J. M., & Kees, J. (2010). The impact of violence against women in advertisements. Journal of Advertising, 39(4), 37-52.

Carvalho, D. L. T. D. (2012). Do sonho ao sim: a vulnerabilidade das mulheres no consumo dos ritos do casamento (Dissertação de Mestrado). Universidade Federal da Paraíba, João Pessoa, PB.

Chandan, J. S., Taylor, J., Bradbury-Jones, C., Nirantharakumar, K., Kane, E., & Bandyopadhyay, S. (2020). COVID-19: a public health approach to manage domestic violence is needed. The Lancet Public Health, 5(6), e309.

Chiara, M. (2020, junho 01). Violência contra mulher aumenta em meio à pandemia; denúncias ao 180 sobem 40%. O Estadão. Recuperado de https://brasil.estadao.com.br/noticias/geral,violencia-contra-a-mulher-aumenta-em-meio-a-pandemia-denuncias-ao-180-sobem-40,70003320872

Coelho, P., Orsini, A., Brandão, W., & Pereira, R. (2017). A vulnerabilidade e conspicuidade das relações de consumo no ritual de formatura. Revista Interdisciplinar de Marketing, 7(1), 57-73.

Commuri, S., & Ekici, A. (2008). An enlargement of the notion of consumer vulnerability. Journal of Macromarketing, 28(2), 183-186.

Conselho Federal de Enfermagem. (2021, janeiro 08). Brasil representa um terço das mortes de profissionais de Enfermagem por covid- 19. Recuperado de http://www.cofen.gov.br/brasil-responde-por-um-terco-das-mortes-de-profissionais-de-enfermagem-por-covid-19_84357.html

Constituição da República Federativa do Brasil de 1988. (1988). Brasília, DF. Recuperado de http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/constituicao.htm

D’Cruze, S., & Rao, A. (2004). Violence and the Vulnerabilities of Gender. Gender & History, 16(3), 495-512.

Época Negócios. (2019, março 19). App do Magazine Luiza ganha botão para denunciar violência contra mulheres. Recuperado de https://epocanegocios.globo.com/Empresa/noticia/2019/03/app-do-magazine-luiza-ganha-botao-para-denunciar-violencia-contra-mulheres.html

Época Negócios. (2020, agosto 28). Magalu lança fundo de R$ 2,5 milhões para combate à violência contra a mulher. Recuperado de https://epocanegocios.globo.com/Empresa/noticia/2020/08/magalu-entra-no-combate-violencia-contra-mulher-com-fundo-de-r-25-milhoes.html

Exame. (2020, junho 15). 4 ações sociais que empresas podem adotar na pandemia da covid-19. Recuperado de https://exame.com/brasil/4-acoes-sociais-que-empresas-podem-adotar-na-pandemia-da-covid-19/

Faria, M. D. D., Casotti, L., & Carvalho, J. L. (2018). Vulnerabilidade e invisibilidade: Um estudo com consumidores com síndrome de down. Gestão & Regionalidade, 34(100), 202-2017.

Geiger, S., & Kjellberg, H. (2021, janeiro). Market mashups: The process of combinatorial market innovation. Journal of Business Research, 124, 445-457.

Gentry, J. W., Kennedy, P. F., Paul, K., & Hill, R. P. (1995). The vulnerability of those grieving the death of a loved one: Implications for public policy. Journal of Public Policy & Marketing, 14(1), 128-142.

Hagberg, J. (2010). Exchanging agencies: The case of NetOnNet. In L. Araujo, J. Finch, & H. Kjellberg (Eds.), Reconnecting marketing to markets (pp. 50-73). Oxford, UK: Oxford University Press.

Hagberg, J., & Kjellberg, H. (2010). Who performs marketing? Dimensions of agential variation in market practice. Industrial Marketing Management, 39(6), 1028-1037.

Hill, R. P., & Sharma, E. (2020). Consumer vulnerability. Journal of Consumer Psychology, 30(3), 551-570.

Instituto de Segurança Pública. (2021). Monitor da Violência Doméstica e Familiar contra a Mulher no Período de Isolamento Social. Recuperado de http://www.ispvisualizacao.rj.gov.br/monitor/#

Joy, A., Belk, R., & Bhardwaj, R. (2015). Judith Butler on performativity and precarity: exploratory thoughts on gender and violence in India. Journal of Marketing Management, 31(15-16), 1739-1745.

Justiceiras. (2021). Quem somos. Recuperado de https://justiceiras.org.br/

Kjellberg, H., & Helgesson, C. F. (2006). Multiple versions of markets: Multiplicity and performativity in market practice. Industrial Marketing Management, 35(7), 839-855.

Kjellberg, H., & Helgesson, C. F. (2007a). The mode of exchange and shaping of markets: Distributor influence in the Swedish post-war food industry. Industrial Marketing Management, 36(7), 861-878.

Kjellberg, H., & Helgesson, C. F. (2007b). On the nature of markets and their practices. Marketing Theory, 7(2), 137-162.

Kjellberg, H., & Olson, D. (2017). Joint markets: How adjacent markets influence the formation of regulated markets. Marketing Theory, 17(1), 95-123.

Latour, B. (2005). Reassembling the Social: An Introduction to Actor- Network Theory. Oxford, UK: Oxford University Press.

Lei nº 11.340, de 07 de agosto de 2006. (2006). Cria mecanismos para coibir a violência doméstica e familiar contra a mulher, nos termos do § 8º do art. 226 da Constituição Federal, da Convenção sobre a Eliminação de Todas as Formas de Discriminação contra as Mulheres e da Convenção Interamericana para Prevenir, Punir e Erradicar a Violência contra a Mulher; dispõe sobre a criação dos Juizados de Violência Doméstica e Familiar contra a Mulher; altera o Código de Processo Penal, o Código Penal e a Lei de Execução Penal; e dá outras providências. Brasília, DF. Recuperado de http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2004-2006/2006/lei/l11340.htm

Lima, S. M. D. (2011). Vulnerabilidade e Hipossuficiência na sistemática do Código de Defesa do Consumidor. Revista do Centro Acadêmico Afonso Pena, 14(2), 241-259.

Machado, N. M. C. (2011, outubro). Karl Polanyi and the new economic sociology: Notes on the concept of (dis) embeddedness. RCCS Annual Review, 3, 119-140.

Magazine Luiza. (2020). Quem somos. Recuperado de http://site-gce.magazineluiza.com.br/quem-somos/perfil-da-empresa/

Mason, M. J., & Pavia, T. (2016). Health shock, identity, and consumer vulnerability. In K. Hamilton, S. Dunnet, & M. Piacentini (Eds.), Consumer vulnerability: Conditions, contexts, and characteristics (pp. 145-156). Abingdon, UK: Routledge.

McKeage, K. K., Crosby, E., & Rittenburg, T. L. (2015). Gender identity and consumer vulnerability. In Proceedings of the 40º Macromarketing Conference, Chicago, IL.

McLaren, H. J., Wong, K. R., Nguyen, K. N., & Mahamadachchi, K. N. D. (2020). Covid-19 and Women’s Triple Burden: Vignettes from Sri Lanka, Malaysia, Vietnam and Australia. Social Sciences, 9(5), 87.

McVey, L., Gurrieri, L., & Tyler, M. (2021). The structural oppression of women by markets: the continuum of sexual violence and the online pornography market. Journal of Marketing Management, 37(1-2), 40-67.

Melo, M. L. (2020, março 19) Primeira vítima era doméstica e pegou coronavírus da patroa no Leblon. Portal UOL. Recuperado de https://noticias.uol.com.br/saude/ultimas-noticias/redacao/2020/03/19/primeira-vitima-do-rj-era-domestica-e-pegou-coronavirus-da-patroa.htm

Merabet, D. D. O. B. (2021). Marketing, performatividade e práticas de mercado: um estudo a partir das tensões entre as versões de mercado para produtos orgânicos de base familiar (Tese de Doutorado). Universidade do Grande Rio, Rio de Janeiro, RJ.

Merabet, D. D. O. B., & Barros, D. F. (2021). A formação do mercado de alimentos orgânicos no Brasil: Uma análise histórica a partir do agenciamento das práticas representacionais da Revista A Lavoura. REAd. Revista Eletrônica de Administração, 27(1), 93-127.

Ministério da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos. (2018). Ligue 180. Recuperado de https://www.gov.br/mdh/pt-br/navegue-por-temas/politicas-para-mulheres/ligue-180

Ministério da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos. (2021). Canais de atendimento. Recuperado de https://www.gov.br/mdh/pt-br/canais_atendimento/ouvidoria

Moreira, A. (2020, maio 13). OCDE estima colapso “sem precedentes”. Valor Econômico. Recuperado de https://valor.globo.com/impresso/noticia/2020/05/13/ocde-estima-colapso-sem-precedentes.ghtml

Moreira, V., Boris, G. D. J. B., & Venâncio, N. (2011). O estigma da violência sofrida por mulheres na relação com seus parceiros íntimos. Psicologia & Sociedade, 23(2), 398-406.

Pavia, T. M., & Mason, M. J. (2004). The reflexive relationship between consumer behavior and adaptive coping. Journal of Consumer Research, 31(2), 441-454.

Paz, C., Muller, M., & Boudet, A. M.; Gaddis, I. (2020). Gender dimensions of the COVID-19 pandemic. Washington, DC: The World Bank.

Polanyi, K. (1962). The Great Transformation - The Political and Economic Origins of Our Time (3a ed.). Boston, MA: Beacon Press.

Rittenburg, T. L., & Lunde, M. B. (2016). Ethis in target market selection: A historical perspective. In Proceedings of the 41º Macromarketing Conference, Dublin, Ireland.

Rodrigues, R. (2020, maio 25). Marcas que exibem um lado humano são mais lembradas na pandemia de covid. Exame. Recuperado de https://exame.com/blog/opiniao/marcas-que-exibem-um-lado-humano-sao-mais-lembradas-na-pandemia-de-covid/

Schwartz, F. (2016, julho 19). A Defensoria Pública e a proteção dos (hiper) vulneráveis no mercado de consumo. Revista Consultor Jurídico. Recuperado de https://www.conjur.com.br/2016-jul-19/protecao-hipervulneraveis-mercado-consumo

Shultz II, C. J., & Holbrook, M. B. (2009). The paradoxical relationships between marketing and vulnerability. Journal of Public Policy & Marketing, 28(1), 124-127.

Silva J. O., Abreu, N. R. D., & Mano, R. F. (2015). Consumidores vulneráveis ou vulnerabilizados? Uma reflexão sobre a acessibilidade em meios hoteleiros na ótica das pessoas com deficiência física. In Anais do 39º Encontro Nacional da Associação Nacional de Pós-Graduação e Pesquisa em Administração, Belo Horizonte, MG.

Silva, R. O. (2018). O mercado do morrer: análise das práticas de mercado como criadoras da vulnerabilidade do consumidor (Dissertação de Mestrado). Universidade do Grande Rio, Rio de Janeiro, RJ.

Silva, R. O, Barros, D. F., Gouveia, T. M. A., & Merabet, D. D. O. B. (2021). Uma discussão necessária sobre a vulnerabilidade do consumidor: avanços, lacunas e novas perspectivas. Cadernos EBAPE.BR, 19(1), 83-95.

Staniscuaski, F., Reichert, F., Werneck, F. P.,Oliveira, L., Mello-Carpes, P. B., & Soletti, R. C. (2020). Impact of COVID-19 on academic mothers. Science, 368(6492), 724-724.

The Lancet. (2020, abril 11). The gendered dimensions of COVID-19. The Lancet, 395(10231), 1168.

UN Women Brazil. (2020, abril 07). Violência contra as mulheres e meninas é pandemia invisível, afirma diretora executiva da ONU Mulheres. Recuperado de https://www.onumulheres.org.br/noticias/violencia-contra-as-mulheres-e-meninas-e-pandemia-invisivel-afirma-diretora-executiva-da-onu-mulheres/

Usher, K., Bhullar, N., Durkin, J., Gyamfi, N., & Jackson, D. (2020). Family violence and COVID‐19: Increased vulnerability and reduced options for support. International Journal of Mental Health Nursing, 29(4), 549-552.

Varman, R., Goswami, P., & Vijay, D. (2018). The precarity of respectable consumption: normalising sexual violence against women. Journal of Marketing Management, 34(11-12), 932-964.

Voice Group. (2010). Motherhood, marketization, and consumer vulnerability. Journal of Macromarketing, 30(4), 384-397.

World Bank. (2020). Gender dimensions of the Covid-19 pandemic. Recuperado de https://documents.worldbank.org/pt/publication/documents-reports/documentdetail/618731587147227244/gender-dimensions-of-the-covid-19-pandemic

Artigos mais lidos pelo mesmo(s) autor(es)