Efeito da transparência e do capital social na intenção de mobilizar recursos

Conteúdo do artigo principal

Rosana da Rosa Portella Tondolo
https://orcid.org/0000-0002-2410-8038
Vilmar Antonio Gonçalves Tondolo
https://orcid.org/0000-0002-3116-2585
Cláudia Cristina Bitencourt
https://orcid.org/0000-0002-9383-6952
Ely Laureano Paiva
https://orcid.org/0000-0003-1203-0584

Resumo

O objetivo, neste artigo, consistiu em analisar o efeito da transparência e o efeito moderador do capital social na intenção dos gestores de Organizações da Sociedade Civil (OSCs) quanto à mobilização de recursos. Para atender ao objetivo, foi realizado um experimento, entre sujeitos, baseado em vinhetas, com 92 gestores de OSCs. Por meio do experimento, os gestores foram submetidos à decisão de aceitar apoio financeiro de um patrocinador com vistas a viabilizar a participação em um edital de concessão de recursos para desenvolvimento de projetos sociais. Os resultados evidenciam que o gestor da OSC está mais propenso a mobilizar recursos quando o patrocinador apresenta transparência em suas ações e que o capital social entre o gestor e o patrocinador não modera a relação entre transparência e a intenção de mobilizar recursos. Como principais contribuições, o estudo demonstra o papel do gestor da OSC como tomador de decisão.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Métricas

Carregando Métricas ...

Detalhes do artigo

Como Citar
Tondolo, R. da R. P., Tondolo, V. A. G., Bitencourt, C. C., & Paiva, E. L. (2023). Efeito da transparência e do capital social na intenção de mobilizar recursos. Cadernos EBAPE.BR, 21(1), e2022–0076. https://doi.org/10.1590/1679-395120220076
Seção
Artigos

Referências

Abbey, J. D., & Meloy, M. G. (2017). Attention by design: Using attention checks to detect inattentive respondents and improve data quality. Journal of Operations Management, 53-56(1), 63-70. Recuperado de https://doi.org/10.1016/j.jom.2017.06.001

Alves, M. A., & Costa, M. M. (2020). Colaboração entre governos e organizações da sociedade civil em resposta a situações de emergência. Revista de Administração Pública, 54(4), 923-935. Recuperado de https://doi.org/10.1590/0034-761220200168

Armani, D. (2008). Mobilizar para transformar: a mobilização de recursos nas organizações da sociedade civil. São Paulo, SP: Peirópolis.

Arregle, J. L., Hitt, M. A., Sirmon, D. G., & Very, P. (2007). The Development of Organizational Social Capital: Attributes of Family Firms. Journal of Management Studies, 44(1), 73-95. Recuperado de https://doi.org/10.1111/j.1467-6486.2007.00665.x

Bachrach, D. G., & Bendoly, E. (2011). Rigor in behavioral experiments: a basic primer for supply chain management researchers. Journal of Supply Chain Management, 47(3), 5-8. Recuperado de https://doi.org/10.1111/j.1745-493X.2011.03230.x

Barney, J. B. (1991). Firm Resources and Sustained Competitive Advantage. Journal of Management, 17(1), 99-120. Recuperado de https://doi.org/10.1177/014920639101700108

Barney, J. B. (2001). Is the Resource-Based “View” a Useful Perspective for Strategic Management Research? Yes. The Academy of Management Review, 26(1), 41-56. Recuperado de https://doi.org/10.2307/259393

Becker, A. (2018). An Experimental Study of Voluntary Nonprofit Accountability and Effects on Public Trust, Reputation, Perceived Quality, and Donation Behavior. Nonprofit and Voluntary Sector Quarterly, 47(3), 562-582. Recuperado de https://doi.org/10.1177/0899764018756200

Buerke, A., Straatmann, T., Lin-Hi, N., & Müller, K. (2017). Consumer awareness and sustainability-focused value orientation as motivating factors of responsible consumer behavior. Review of Managerial Science, 11(4), 959-991. Recuperado de https://doi.org/10.1007/s11846-016-0211-2

Cáritas Brasileira. (2019, dezembro 17). Marco Regulatório das relações entre Estado e Sociedade Civil: contra a criminalização e pelo reconhecimento das Organizações da Sociedade Civil. Recuperado de http://plataformaosc.org.br/marco-regulatorio-das-relacoes-entre-estado-e-sociedade-civil-contra-a-criminalizacao-e-pelo-reconhecimento-das-oscs/

Carneiro, A. D. F., Oliveira, D. D. L., & Torres, L. C. (2011). Accountability e Prestação de Contas das Organizações do Terceiro Setor: Uma Abordagem à Relevância da Contabilidade. Sociedade, Contabilidade e Gestão, 6(2), 90-105. Recuperado de https://doi.org/10.21446/scg_ufrj.v6i2.13240

Chowdhury, S. R., Wahab, H. A., & Islam, M. R. (2019). The role of faith-based NGOs in social development: Invisible empowerment. International Social Work, 62(3), 1055-1074. Recuperado de https://doi.org/10.1177/0020872818767260

Coelho, C. C., & Barros, A. (2021). Padrinhos e caciques: o lado sombrio da atividade política corporativa na captura do Estado. Revista Eletrônica de Ciência Administrativa, 20(1), 15-42. Recuperado de https://doi.org/10.21529/RECADM.2021001

Coleman, J. S. (1988). Social Capital in the Creation of Human Capital. American Journal of Sociology, 94, S95-S120. Recuperado de http://www.jstor.org/stable/2780243

Congresso Nacional. (2010, outubro). Comissão Parlamentar de Inquérito “das ONGs”. (Relatório final da “CPI das ONGs”). Brasília, DF: Senado Federal. Recuperado de https://www2.senado.leg.br/bdsf/item/id/194594

Costa, L. M., Tondolo, V. A. G., Tondolo, R. R. P., Longaray, A. A., & Guimarães, J. C. (2020). Dynamic Capabilities and Organizational Performance in the Nonprofit Sector. Latin American Business Review, 21(4), 393-415. Recuperado de https://doi.org/10.1080/10978526.2020.1768540

Croson, R., Schultz, K., Siemsen, E., & Yeo, M. L. (2013). Behavioral operations: The state of the field. Journal of Operations Management, 31(1-2), 1-5. Recuperado de https://doi.org/10.1016/j.jom.2012.12.001

Dall’Agnol, C. F., Tondolo, R. R. P., Tondolo, V. A. G., & Sarquis, A. B. (2017). Transparência e prestação de contas na mobilização de recursos no terceiro setor: um estudo de casos múltiplos realizado no sul do Brasil. Revista Universo Contábil, 13(2), 187-203. Recuperado de https://doi.org/10.4270/ruc.2017215

Ducci, N. P. C., & Teixeira, R. M. (2011). As redes sociais dos empreendedores na formação do capital social: um estudo de casos múltiplos em municípios do norte pioneiro no estado do Paraná. Cadernos EBAPE.BR, 9(4), 967-997. Recuperado de https://doi.org/10.1590/S1679-39512011000400003

Eckerd, S. (2016). Experiments in purchasing and supply management research. Journal of Purchasing and Supply Management, 22(4), 258-261. Recuperado de https://doi.org/10.1016/j.pursup.2016.08.002

Eckerd, S., DuHadway, S., Bendoly, E., Carter, C. R., & Kaufmann, L. (2021). On making experimental design choices: Discussions on the use and challenges of demand effects, incentives, deception, samples, and vignettes. Journal of Operations Management, 67(2), 261-275. Recuperado de https://doi.org/10.1002/joom.1128

Fernandes, A. S. A., Teixeira, M. A. C., Nascimento, A. B. F. M., & Tude, J. M. (2021). Ideias Sobre Epistemologia e Pesquisa em Administração. Estudos de Administração e Sociedade, 6(2), 42-50. Recuperado de https://doi.org/10.22409/eas.v6i2.52776

Froelich, K. A. (1999). Diversification of Revenue Strategies: Evolving Resource Dependence in Nonprofit Organizations. Nonprofit and Voluntary Sector Quarterly, 28(3), 246-268. Recuperado de https://doi.org/10.1177/0899764099283002

Gulati, R. (2007). Managing network resources: alliances, affiliations, and other relational assets. Oxford, UK: Oxford University Press.

Hayes, A. F. (2018). Introduction to mediation, moderation, and monditional mrocess analisis: a regression based approach (2a ed.). Nova York, NY: Guilford Press.

Heald, D. (2006). Varieties of transparency. In C. Hood, & D. Heald (Eds.), Transparency: The key to better government? (pp. 25-53). Oxford, UK: Oxford University Press.

Helal, D. H., & Neves, J. A. B. (2007). Superando a pobreza: o papel do capital social na região metropolitana de Belo Horizonte. Cadernos EBAPE.BR, 5(2), 1-13. Recuperado de https://doi.org/10.1590/S1679-39512007000200013

Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada. (2020). Perfil das organizações sociais e organizações da sociedade civil de interesse público em atividade no Brasil. Rio deJaneiro, RJ: Autor. Recuperado de http://repositorio.ipea.gov.br/handle/11058/10406

Khieng, S. (2014). Funding Mobilization Strategies of Nongovernmental Organizations in Cambodia. VOLUNTAS: International Journal of Voluntary and Nonprofit Organizations, 25(6), 1441-1464. Recuperado de https://doi.org/10.1007/s11266-013-9400-7

King, G., Keohane, R. O., & Verba, S. (1994). Designing Social Inquiry: scientific inference in qualitative research. Princeton, NJ: Princeton University Press.

Krieger, M. G. M., & Andion, C. (2014). Legitimidade das organizações da sociedade civil: análise de conteúdo à luz da teoria da capacidade crítica. Revista de Administração Pública, 48(1), 83-110. Recuperado de https://doi.org/10.1590/S0034-76122014000100004

Kwon, S. W., & Adler, P. S. (2014). Social Capital: Maturation of a Field of Research. Academy of Management Review, 39(4), 412-422. Recuperado de https://doi.org/10.5465/amr.2014.0210

Mansur, Y. S., & Teodósio, A. S. S. (2016). Participação das organizações da sociedade civil na cooperação Sul/Sul: em busca de um modelo de análise nos estudos em administração. Cadernos EBAPE.BR, 14(3), 676-694. Recuperado de https://doi.org/10.1590/1679-395129371

Martins, L. J., & Olivieri, C. (2019). Contratualização de resultados: fragilidades na transparência e baixa accountability das organizações sociais. Revista de Administração Pública, 53(6), 1189-1202. Recuperado de https://doi.org/10.1590/0034-761220180412

Melo, P. T. N. B., Regis, H. P., & Bellen, H. M. (2015). Princípios epistemológicos da teoria do capital social na área da Administração. Cadernos EBAPE.BR, 13(1), 136-164. Recuperado de https://doi.org/10.1590/1679-395125382

Mendonça, P., & Falcão, D. S. (2016). Novo Marco Regulatório para a realização de parcerias entre Estado e Organização da Sociedade Civil (OSC). Inovação ou peso do passado? Cadernos Gestão Pública e Cidadania, 21(68), 42-60. Recuperado de https://doi.org/10.12660/cgpc.v21n68.56484

Mendonça, P., Teodósio, A. S. S., Alvim, F. M., & Araújo, E. T. (2009). Desafios e Dilemas das Ongs na Cooperação Internacional: Uma Análise da Realidade Brasileira. Gestão.Org: Revista Eletrônica de Gestão Organizacional, 7(1), 69-83.

Murtaza, N. (2012). Putting the Lasts First: The Case for Community-Focused and Peer-Managed NGO Accountability Mechanisms. VOLUNTAS: International Journal of Voluntary and Nonprofit Organizations, 23(1), 109-125. Recuperado de https://doi.org/10.1007/s11266-011-9181-9

Nahapiet, J. (2008). The Role of Social Capital in Inter‐organizational Relationships. In S. Cropper, M. Ebers, C. Huxman, & P. Smith Ring (Eds.), The Oxford handbook of interorganizational relations (pp. 580-606). Oxford, UK: Oxford University Press. Recuperado de https://doi.org/10.1093/oxfordhb/9780199282944.003.0022

Nahapiet, J., & Ghoshal, S. (1998). Social Capital, Intellectual Capital, and the Organizational Advantage. The Academy of Management Review, 23(2), 242-266. Recuperado de https://doi.org/10.2307/259373

Oliveira, L. (2008). Capacidades diferenciadoras como vantagem competitiva nas empresas torrefadoras de café. Revista de Administração da Universidade Federal de Santa Maria, 1(1), 85-100. Recuperado de https://doi.org/10.5902/19834659571

Peci, A., Oquendo, M. I., & Mendonça, P. (2020). Collaboration, (Dis)trust and Control in Brazilian Manufactured Public/Non-profit Partnerships. VOLUNTAS: International Journal of Voluntary and Nonprofit Organizations, 31(2), 375-389. Recuperado de https://doi.org/10.1007/s11266-018-0027-6

Perdue, B. C., & Summers, J. O. (1986). Checking the Success of Manipulations in Marketing Experiments. Journal of Marketing Research, 23(4), 317-326. Recuperado de https://doi.org/10.2307/3151807

Rapoport, S. G. (2011). Transparencia y rendición de cuentas de organizaciones civiles en México. Revista Mexicana de Sociología, 73(2), 199-229. Recuperado de http://www.jstor.org/stable/41105384

Rocha-Valencia, L. A., Queiruga, D., & González-Benito, J. (2015). Relationship Between Transparency and Efficiency in the Allocation of Funds in Nongovernmental Development Organizations. VOLUNTAS: International Journal of Voluntary and Nonprofit Organizations, 26(6), 2517-2535. Recuperado de https://doi.org/10.1007/s11266-014-9527-1

Rodrigues, K. F. (2020). Desvelando o conceito de transparência: seus limites, suas variedades e a criação de uma tipologia. Cadernos EBAPE.BR, 18(2), 237-253. Recuperado de https://doi.org/10.1590/1679-395173192

Rungtusanatham, M., Wallin, C., & Eckerd, S. (2011). The vignette in a scenario-based role-playing experiment. Journal of Supply Chain Management, 47(3), 9-16. Recuperado de https://doi.org/10.1111/j.1745-493X.2011.03232.x

Salamon, L. (1998). A emergência do terceiro setor uma revolução associativa global. Revista de Administração, 33(1), 5-11.

Salamon, L. M., & Sokolowski, S. W. (2016). Beyond Nonprofits: Re-conceptualizing the Third Sector. Voluntas: International Journal of Voluntary and Nonprofit Organizations, 27(4), 1515-1545. Recuperado de http://www.jstor.org/stable/43923245

Sirmon, D. G., Hitt, M. A., & Ireland, R. D. (2007). Managing Firm Resources in Dynamic Environments to Create Value: Looking Inside the Black Box. Academy of Management Review, 32(1), 273-292. Recuperado de https://doi.org/10.5465/amr.2007.23466005

Son, J. (2015). Organizational Social Capital and Generalized Trust in Korea. American Behavioral Scientist, 59(8), 1007-1023. Recuperado de https://doi.org/10.1177/0002764215580611

Striebing, C. (2017). Professionalization and Voluntary Transparency Practices in Nonprofit Organizations. Nonprofit Management and Leadership, 28(1), 65-83. Recuperado de https://doi.org/10.1002/nml.21263

Thomas, S. P., Thomas, R. W., Manrodt, K. B., & Rutner, S. M. (2013). An Experimental Test of Negotiation Strategy Effects on Knowledge Sharing Intentions in Buyer-Supplier Relationships. Journal of Supply Chain Management, 49(2), 96-113. Recuperado de https://doi.org/10.1111/jscm.12004

Thornton, S. C., Henneberg, S. C., & Naudé, P. (2014). Conceptualizing and validating organizational networking as a second-order formative construct. Industrial Marketing Management, 43(6), 951-966. Recuperado de https://doi.org/10.1016/j.indmarman.2014.05.001

Tondolo, R. da R. P., Bitencourt, C. C., & Tondolo, V. A. G. (2016). Social Capital in Temporary Inter-organizational Projects. A Third Sector Perspective. Desenvolvimento Em Questão, 14(33), 363-388. Recuperado de https://doi.org/10.21527/2237-6453.2016.33.363-388

Tondolo, R. R. P., Tondolo, V. A. G., Longaray, A. A., Camargo, M. E., Bitencourt, C. C., & Zanandrea, G. (2019). Transparency and resource mobilization in times of crisis: An analysis of the Brazilian nonprofit sector. In A. Ferreira, R. Marques, G. Azevedo, H. Inácio, & C. Santos (Eds.), Modernization and Accountability in the Social Economy Sector (pp. 57-75). Hershey, PA: IGI Global.

Zahra, S. A. (2010). Harvesting Family Firms’ Organizational Social Capital: A Relational Perspective. Journal of Management Studies, 47(2), 345-366. Recuperado de https://doi.org/10.1111/j.1467-6486.2009.00894.x

Zizzo, D. J. (2010). Experimenter demand effects in economic experiments. Experimental Economics, 13(1), 75-98. Recuperado de https://doi.org/10.1007/s10683-009-9230-z

Artigos mais lidos pelo mesmo(s) autor(es)