Efeito da transparência e do capital social na intenção de mobilizar recursos
Conteúdo do artigo principal
Resumo
O objetivo, neste artigo, consistiu em analisar o efeito da transparência e o efeito moderador do capital social na intenção dos gestores de Organizações da Sociedade Civil (OSCs) quanto à mobilização de recursos. Para atender ao objetivo, foi realizado um experimento, entre sujeitos, baseado em vinhetas, com 92 gestores de OSCs. Por meio do experimento, os gestores foram submetidos à decisão de aceitar apoio financeiro de um patrocinador com vistas a viabilizar a participação em um edital de concessão de recursos para desenvolvimento de projetos sociais. Os resultados evidenciam que o gestor da OSC está mais propenso a mobilizar recursos quando o patrocinador apresenta transparência em suas ações e que o capital social entre o gestor e o patrocinador não modera a relação entre transparência e a intenção de mobilizar recursos. Como principais contribuições, o estudo demonstra o papel do gestor da OSC como tomador de decisão.
Downloads
Métricas
Detalhes do artigo
Cadernos EBAPE.BR compromete-se a contribuir com a proteção dos direitos intelectuais do autor. Nesse sentido:
- Adota a licença Creative Commoms BY (CC-BY) em todos os textos que publica, exceto quando houver indicação de específicos detentores dos direitos autorais e patrimoniais;
- Adota software de verificação de similaridade de conteúdo - plagiarismo (Crossref Similarity Check);
- Adota ações de combate ao plagio e má conduta ética, alinhada às diretrizes do Committee on Publication Ethics (COPE).
Mais detalhes do Código de Ética adotado pelo Cadernos EBAPE.BR podem ser visualizados em Normas Éticas e Código de Conduta.
Referências
Abbey, J. D., & Meloy, M. G. (2017). Attention by design: Using attention checks to detect inattentive respondents and improve data quality. Journal of Operations Management, 53-56(1), 63-70. Recuperado de https://doi.org/10.1016/j.jom.2017.06.001
Alves, M. A., & Costa, M. M. (2020). Colaboração entre governos e organizações da sociedade civil em resposta a situações de emergência. Revista de Administração Pública, 54(4), 923-935. Recuperado de https://doi.org/10.1590/0034-761220200168
Armani, D. (2008). Mobilizar para transformar: a mobilização de recursos nas organizações da sociedade civil. São Paulo, SP: Peirópolis.
Arregle, J. L., Hitt, M. A., Sirmon, D. G., & Very, P. (2007). The Development of Organizational Social Capital: Attributes of Family Firms. Journal of Management Studies, 44(1), 73-95. Recuperado de https://doi.org/10.1111/j.1467-6486.2007.00665.x
Bachrach, D. G., & Bendoly, E. (2011). Rigor in behavioral experiments: a basic primer for supply chain management researchers. Journal of Supply Chain Management, 47(3), 5-8. Recuperado de https://doi.org/10.1111/j.1745-493X.2011.03230.x
Barney, J. B. (1991). Firm Resources and Sustained Competitive Advantage. Journal of Management, 17(1), 99-120. Recuperado de https://doi.org/10.1177/014920639101700108
Barney, J. B. (2001). Is the Resource-Based “View” a Useful Perspective for Strategic Management Research? Yes. The Academy of Management Review, 26(1), 41-56. Recuperado de https://doi.org/10.2307/259393
Becker, A. (2018). An Experimental Study of Voluntary Nonprofit Accountability and Effects on Public Trust, Reputation, Perceived Quality, and Donation Behavior. Nonprofit and Voluntary Sector Quarterly, 47(3), 562-582. Recuperado de https://doi.org/10.1177/0899764018756200
Buerke, A., Straatmann, T., Lin-Hi, N., & Müller, K. (2017). Consumer awareness and sustainability-focused value orientation as motivating factors of responsible consumer behavior. Review of Managerial Science, 11(4), 959-991. Recuperado de https://doi.org/10.1007/s11846-016-0211-2
Cáritas Brasileira. (2019, dezembro 17). Marco Regulatório das relações entre Estado e Sociedade Civil: contra a criminalização e pelo reconhecimento das Organizações da Sociedade Civil. Recuperado de http://plataformaosc.org.br/marco-regulatorio-das-relacoes-entre-estado-e-sociedade-civil-contra-a-criminalizacao-e-pelo-reconhecimento-das-oscs/
Carneiro, A. D. F., Oliveira, D. D. L., & Torres, L. C. (2011). Accountability e Prestação de Contas das Organizações do Terceiro Setor: Uma Abordagem à Relevância da Contabilidade. Sociedade, Contabilidade e Gestão, 6(2), 90-105. Recuperado de https://doi.org/10.21446/scg_ufrj.v6i2.13240
Chowdhury, S. R., Wahab, H. A., & Islam, M. R. (2019). The role of faith-based NGOs in social development: Invisible empowerment. International Social Work, 62(3), 1055-1074. Recuperado de https://doi.org/10.1177/0020872818767260
Coelho, C. C., & Barros, A. (2021). Padrinhos e caciques: o lado sombrio da atividade política corporativa na captura do Estado. Revista Eletrônica de Ciência Administrativa, 20(1), 15-42. Recuperado de https://doi.org/10.21529/RECADM.2021001
Coleman, J. S. (1988). Social Capital in the Creation of Human Capital. American Journal of Sociology, 94, S95-S120. Recuperado de http://www.jstor.org/stable/2780243
Congresso Nacional. (2010, outubro). Comissão Parlamentar de Inquérito “das ONGs”. (Relatório final da “CPI das ONGs”). Brasília, DF: Senado Federal. Recuperado de https://www2.senado.leg.br/bdsf/item/id/194594
Costa, L. M., Tondolo, V. A. G., Tondolo, R. R. P., Longaray, A. A., & Guimarães, J. C. (2020). Dynamic Capabilities and Organizational Performance in the Nonprofit Sector. Latin American Business Review, 21(4), 393-415. Recuperado de https://doi.org/10.1080/10978526.2020.1768540
Croson, R., Schultz, K., Siemsen, E., & Yeo, M. L. (2013). Behavioral operations: The state of the field. Journal of Operations Management, 31(1-2), 1-5. Recuperado de https://doi.org/10.1016/j.jom.2012.12.001
Dall’Agnol, C. F., Tondolo, R. R. P., Tondolo, V. A. G., & Sarquis, A. B. (2017). Transparência e prestação de contas na mobilização de recursos no terceiro setor: um estudo de casos múltiplos realizado no sul do Brasil. Revista Universo Contábil, 13(2), 187-203. Recuperado de https://doi.org/10.4270/ruc.2017215
Ducci, N. P. C., & Teixeira, R. M. (2011). As redes sociais dos empreendedores na formação do capital social: um estudo de casos múltiplos em municípios do norte pioneiro no estado do Paraná. Cadernos EBAPE.BR, 9(4), 967-997. Recuperado de https://doi.org/10.1590/S1679-39512011000400003
Eckerd, S. (2016). Experiments in purchasing and supply management research. Journal of Purchasing and Supply Management, 22(4), 258-261. Recuperado de https://doi.org/10.1016/j.pursup.2016.08.002
Eckerd, S., DuHadway, S., Bendoly, E., Carter, C. R., & Kaufmann, L. (2021). On making experimental design choices: Discussions on the use and challenges of demand effects, incentives, deception, samples, and vignettes. Journal of Operations Management, 67(2), 261-275. Recuperado de https://doi.org/10.1002/joom.1128
Fernandes, A. S. A., Teixeira, M. A. C., Nascimento, A. B. F. M., & Tude, J. M. (2021). Ideias Sobre Epistemologia e Pesquisa em Administração. Estudos de Administração e Sociedade, 6(2), 42-50. Recuperado de https://doi.org/10.22409/eas.v6i2.52776
Froelich, K. A. (1999). Diversification of Revenue Strategies: Evolving Resource Dependence in Nonprofit Organizations. Nonprofit and Voluntary Sector Quarterly, 28(3), 246-268. Recuperado de https://doi.org/10.1177/0899764099283002
Gulati, R. (2007). Managing network resources: alliances, affiliations, and other relational assets. Oxford, UK: Oxford University Press.
Hayes, A. F. (2018). Introduction to mediation, moderation, and monditional mrocess analisis: a regression based approach (2a ed.). Nova York, NY: Guilford Press.
Heald, D. (2006). Varieties of transparency. In C. Hood, & D. Heald (Eds.), Transparency: The key to better government? (pp. 25-53). Oxford, UK: Oxford University Press.
Helal, D. H., & Neves, J. A. B. (2007). Superando a pobreza: o papel do capital social na região metropolitana de Belo Horizonte. Cadernos EBAPE.BR, 5(2), 1-13. Recuperado de https://doi.org/10.1590/S1679-39512007000200013
Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada. (2020). Perfil das organizações sociais e organizações da sociedade civil de interesse público em atividade no Brasil. Rio deJaneiro, RJ: Autor. Recuperado de http://repositorio.ipea.gov.br/handle/11058/10406
Khieng, S. (2014). Funding Mobilization Strategies of Nongovernmental Organizations in Cambodia. VOLUNTAS: International Journal of Voluntary and Nonprofit Organizations, 25(6), 1441-1464. Recuperado de https://doi.org/10.1007/s11266-013-9400-7
King, G., Keohane, R. O., & Verba, S. (1994). Designing Social Inquiry: scientific inference in qualitative research. Princeton, NJ: Princeton University Press.
Krieger, M. G. M., & Andion, C. (2014). Legitimidade das organizações da sociedade civil: análise de conteúdo à luz da teoria da capacidade crítica. Revista de Administração Pública, 48(1), 83-110. Recuperado de https://doi.org/10.1590/S0034-76122014000100004
Kwon, S. W., & Adler, P. S. (2014). Social Capital: Maturation of a Field of Research. Academy of Management Review, 39(4), 412-422. Recuperado de https://doi.org/10.5465/amr.2014.0210
Mansur, Y. S., & Teodósio, A. S. S. (2016). Participação das organizações da sociedade civil na cooperação Sul/Sul: em busca de um modelo de análise nos estudos em administração. Cadernos EBAPE.BR, 14(3), 676-694. Recuperado de https://doi.org/10.1590/1679-395129371
Martins, L. J., & Olivieri, C. (2019). Contratualização de resultados: fragilidades na transparência e baixa accountability das organizações sociais. Revista de Administração Pública, 53(6), 1189-1202. Recuperado de https://doi.org/10.1590/0034-761220180412
Melo, P. T. N. B., Regis, H. P., & Bellen, H. M. (2015). Princípios epistemológicos da teoria do capital social na área da Administração. Cadernos EBAPE.BR, 13(1), 136-164. Recuperado de https://doi.org/10.1590/1679-395125382
Mendonça, P., & Falcão, D. S. (2016). Novo Marco Regulatório para a realização de parcerias entre Estado e Organização da Sociedade Civil (OSC). Inovação ou peso do passado? Cadernos Gestão Pública e Cidadania, 21(68), 42-60. Recuperado de https://doi.org/10.12660/cgpc.v21n68.56484
Mendonça, P., Teodósio, A. S. S., Alvim, F. M., & Araújo, E. T. (2009). Desafios e Dilemas das Ongs na Cooperação Internacional: Uma Análise da Realidade Brasileira. Gestão.Org: Revista Eletrônica de Gestão Organizacional, 7(1), 69-83.
Murtaza, N. (2012). Putting the Lasts First: The Case for Community-Focused and Peer-Managed NGO Accountability Mechanisms. VOLUNTAS: International Journal of Voluntary and Nonprofit Organizations, 23(1), 109-125. Recuperado de https://doi.org/10.1007/s11266-011-9181-9
Nahapiet, J. (2008). The Role of Social Capital in Inter‐organizational Relationships. In S. Cropper, M. Ebers, C. Huxman, & P. Smith Ring (Eds.), The Oxford handbook of interorganizational relations (pp. 580-606). Oxford, UK: Oxford University Press. Recuperado de https://doi.org/10.1093/oxfordhb/9780199282944.003.0022
Nahapiet, J., & Ghoshal, S. (1998). Social Capital, Intellectual Capital, and the Organizational Advantage. The Academy of Management Review, 23(2), 242-266. Recuperado de https://doi.org/10.2307/259373
Oliveira, L. (2008). Capacidades diferenciadoras como vantagem competitiva nas empresas torrefadoras de café. Revista de Administração da Universidade Federal de Santa Maria, 1(1), 85-100. Recuperado de https://doi.org/10.5902/19834659571
Peci, A., Oquendo, M. I., & Mendonça, P. (2020). Collaboration, (Dis)trust and Control in Brazilian Manufactured Public/Non-profit Partnerships. VOLUNTAS: International Journal of Voluntary and Nonprofit Organizations, 31(2), 375-389. Recuperado de https://doi.org/10.1007/s11266-018-0027-6
Perdue, B. C., & Summers, J. O. (1986). Checking the Success of Manipulations in Marketing Experiments. Journal of Marketing Research, 23(4), 317-326. Recuperado de https://doi.org/10.2307/3151807
Rapoport, S. G. (2011). Transparencia y rendición de cuentas de organizaciones civiles en México. Revista Mexicana de Sociología, 73(2), 199-229. Recuperado de http://www.jstor.org/stable/41105384
Rocha-Valencia, L. A., Queiruga, D., & González-Benito, J. (2015). Relationship Between Transparency and Efficiency in the Allocation of Funds in Nongovernmental Development Organizations. VOLUNTAS: International Journal of Voluntary and Nonprofit Organizations, 26(6), 2517-2535. Recuperado de https://doi.org/10.1007/s11266-014-9527-1
Rodrigues, K. F. (2020). Desvelando o conceito de transparência: seus limites, suas variedades e a criação de uma tipologia. Cadernos EBAPE.BR, 18(2), 237-253. Recuperado de https://doi.org/10.1590/1679-395173192
Rungtusanatham, M., Wallin, C., & Eckerd, S. (2011). The vignette in a scenario-based role-playing experiment. Journal of Supply Chain Management, 47(3), 9-16. Recuperado de https://doi.org/10.1111/j.1745-493X.2011.03232.x
Salamon, L. (1998). A emergência do terceiro setor uma revolução associativa global. Revista de Administração, 33(1), 5-11.
Salamon, L. M., & Sokolowski, S. W. (2016). Beyond Nonprofits: Re-conceptualizing the Third Sector. Voluntas: International Journal of Voluntary and Nonprofit Organizations, 27(4), 1515-1545. Recuperado de http://www.jstor.org/stable/43923245
Sirmon, D. G., Hitt, M. A., & Ireland, R. D. (2007). Managing Firm Resources in Dynamic Environments to Create Value: Looking Inside the Black Box. Academy of Management Review, 32(1), 273-292. Recuperado de https://doi.org/10.5465/amr.2007.23466005
Son, J. (2015). Organizational Social Capital and Generalized Trust in Korea. American Behavioral Scientist, 59(8), 1007-1023. Recuperado de https://doi.org/10.1177/0002764215580611
Striebing, C. (2017). Professionalization and Voluntary Transparency Practices in Nonprofit Organizations. Nonprofit Management and Leadership, 28(1), 65-83. Recuperado de https://doi.org/10.1002/nml.21263
Thomas, S. P., Thomas, R. W., Manrodt, K. B., & Rutner, S. M. (2013). An Experimental Test of Negotiation Strategy Effects on Knowledge Sharing Intentions in Buyer-Supplier Relationships. Journal of Supply Chain Management, 49(2), 96-113. Recuperado de https://doi.org/10.1111/jscm.12004
Thornton, S. C., Henneberg, S. C., & Naudé, P. (2014). Conceptualizing and validating organizational networking as a second-order formative construct. Industrial Marketing Management, 43(6), 951-966. Recuperado de https://doi.org/10.1016/j.indmarman.2014.05.001
Tondolo, R. da R. P., Bitencourt, C. C., & Tondolo, V. A. G. (2016). Social Capital in Temporary Inter-organizational Projects. A Third Sector Perspective. Desenvolvimento Em Questão, 14(33), 363-388. Recuperado de https://doi.org/10.21527/2237-6453.2016.33.363-388
Tondolo, R. R. P., Tondolo, V. A. G., Longaray, A. A., Camargo, M. E., Bitencourt, C. C., & Zanandrea, G. (2019). Transparency and resource mobilization in times of crisis: An analysis of the Brazilian nonprofit sector. In A. Ferreira, R. Marques, G. Azevedo, H. Inácio, & C. Santos (Eds.), Modernization and Accountability in the Social Economy Sector (pp. 57-75). Hershey, PA: IGI Global.
Zahra, S. A. (2010). Harvesting Family Firms’ Organizational Social Capital: A Relational Perspective. Journal of Management Studies, 47(2), 345-366. Recuperado de https://doi.org/10.1111/j.1467-6486.2009.00894.x
Zizzo, D. J. (2010). Experimenter demand effects in economic experiments. Experimental Economics, 13(1), 75-98. Recuperado de https://doi.org/10.1007/s10683-009-9230-z