Institucionalizando mercados: uma proposta de agenda de pesquisa

Conteúdo do artigo principal

Francisco Cláudio Freitas Silva
https://orcid.org/0000-0001-6328-3392
Sérgio Fernando Loureiro Rezende
https://orcid.org/0000-0002-6439-1544
Ramon Silva Leite
https://orcid.org/0000-0003-2212-9510

Resumo

O artigo contribui para a interlocução entre teoria institucional e marketing. Para isso, apresenta um tema de pesquisa ascendente: a institucionalização de mercados. Com base nele, propõe uma agenda de pesquisa com questões relativas aos pilares de legitimidade, às lógicas institucionais, aos mercados contestados e à espacialidade de mercados. Ao detalhar tópicos de pesquisa ainda pouco explorados, busca refinar o conhecimento sobre a institucionalização de mercados. O estudo sugere ainda que mercados podem servir de contexto para os seguintes assuntos: armas legais, jogo do bicho, apostas esportivas, xenotransplante, veículos à combustão, consumo de carne bovina, maconha e insetos comestíveis. Ao indicar mercados contemporâneos cuja institucionalização ainda não é bem entendida, detalha-se como a teorização na formação e na transformação de mercado pode avançar com a investigação sobre eles. A realidade brasileira se mostra convidativa para pesquisas que abordem tais temas, seja analisando o contexto em si, seja em conjunto com outras circunstâncias espaciais. Dessa forma, o artigo fomenta a discussão sobre mecanismos locais e supralocais na institucionalização de mercados, contribuindo para o conjunto de trabalhos que vêm chamando a atenção para a dimensão espacial na formação e na transformação de mercados. Conclui-se que os tópicos e as questões de pesquisa sugeridos possibilitam ricas discussões sobre as oportunidades de diálogo entre teoria institucional e marketing, bem como podem avançar no conhecimento sobre a institucionalização de diferentes mercados contemporâneos.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Métricas

Carregando Métricas ...

Detalhes do artigo

Como Citar
Silva, F. C. F., Rezende, S. F. L., & Leite, R. S. (2023). Institucionalizando mercados: uma proposta de agenda de pesquisa. Cadernos EBAPE.BR, 21(1), e2022–0085. https://doi.org/10.1590/1679-395120220085
Seção
Artigos

Referências

Ahuja, G. (2000). Collaboration networks, structural holes, and innovation: a longitudinal study. Administrative Science Quarterly, 45(3), 425-455. Recuperado de https://doi.org/10.2307/2667105

Aldrich, H. E., & Fiol, C. M. (1994). Fools rush in? The institutional context of industry creation. The Academy of Management Review, 19(4), 645-670. Recuperado de https://doi.org/10.2307/258740

Alvarenga, M. A. F. P, Marchetto, P. B., & Bunhola, G. P. C. (2018). Aspectos éticos do transplante de órgãos de animais para os seres humanos. Revista JuríDica (Furb), 22(47), 73-88.

Arakelian, J. S., Brito, E. Z., & Rosenthal, B. (2020). The legitimation of global football brands in the Brazilian marketplace. Internext, 15(1), 104-117. Recuperado de https://doi.org/10.18568/internext.v15i1.540

Baker, J. J., & Nenonen, S. (2020, fevereiro). Collaborating to shape markets: emergent collective market work. Industrial Marketing Management, 85, 240-253. Recuperado de https://doi.org/10.1016/j.indmarman.2019.11.011

Baker, J. J., Storbacka, K., & Brodie, R. J. (2019). Markets changing, changing markets: institutional work as market shaping. Marketing Theory, 19(3), 301-328. Recuperado de https://doi.org/10.1177/1470593118809799

Bourdieu, P. (2006). As estruturas sociais da economia. Porto, Portugal: Editores S.A.

Breidbach, C. F., & Tana, S. (2021, janeiro). Betting on bitcoin: how social collectives shape cryptocurrency markets. Journal of Business Research, 122, 311-320. Recuperado de https://doi.org/10.1016/j.jbusres.2020.09.017

Castilhos, R., Dolbec, P. Y., & Veresiu., E. (2017). Introducing a spatial perspective to analyze market dynamics. Marketing Theory, 17(1), 9-29. Recuperado de https://doi.org/10.1177/1470593116657915

Chaney, D., & Slimane, K. B. (2014). A neo-institutional analytic grid for extending marketing to institutional dimensions. Recherche et Applications en Marketing, 29(2), 95-111. Recuperado de https://doi.org/10.1177/2051570714529064

Chaney, D., Slimane, K. B., & Humphreys, A. (2016). Megamarketing expanded by neo-institutional theory. Journal of Strategic Marketing, 24(6), 470-483. Recuperado de https://doi.org/10.1080/0965254X.2015.1052539

Coskuner-Balli, G., & Ertimur, B. (2017). Legitimation of hybrid cultural products: the case of American yoga. Marketing Theory, 17(2), 127-147. Recuperado de https://doi.org/10.1177/1470593116659786

Dacin, M., & Dacin, P. (2007). Traditions as institutionalized practice: implications for de-institutionalization. In R. Greenwood, C. Oliver, R., Suddaby, & K. Sahlin-Andersson (Eds.), The sage handbook of organizational institutionalism. London, UK: Sage Publishing.

David, R. J., Sine, W. D., & Haveman, H. A. (2013). Seizing opportunity in emerging fields: how institutional entrepreneurs legitimated the professional form of management consulting. Organization Science, 24(2), 319-644. Recuperado de https://doi.org/10.1287/orsc.1120.0745

Debenedetti, A., Philippe, D., Chaney, D., & Humphreys, A. (2021, janeiro). Maintaining legitimacy in contested mature markets through discursive strategies: the case of corporate environmentalism in the French automotive industry. Industrial Marketing Management, 92, 332-343. Recuperado de https://doi.org/10.1016/j.indmarman.2020.02.009

Decreto nº 9.685, de 15 de janeiro de 2019. (2019). Altera o Decreto nº 5.123, de 1º de julho de 2004, que regulamenta a Lei nº 10.826, de 22 de dezembro de 2003, que dispõe sobre registro, posse e comercialização de armas de fogo e munição, sobre o Sistema Nacional de Armas - SINARM e define crimes. Brasília, DF. Recuperado de http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2019-2022/2019/decreto/D9685.htm

Decreto nº 10.627, de 12 de fevereiro de 2021. (2021). Altera o Anexo I ao Decreto nº 10.030, de 30 de setembro de 2019, que aprova o Regulamento de Produtos Controlados.Brasília, DF. Recuperado de http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2019-2022/2021/decreto/D10627.htm

Decreto nº 10.628, de 12 de fevereiro de 2021. (2021). Altera o Decreto nº 9.845, de 25 de junho de 2019, que regulamenta a Lei nº 10.826, de 22 de dezembro de 2003, para dispor sobre a aquisição, o cadastro, o registro e a posse de armas de fogo e de munição. Brasília, DF. Recuperado de http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2019-2022/2021/decreto/D10628.htm

Decreto nº 10.629, de 12 de fevereiro de 2021. (2021). Altera o Decreto nº 9.846, de 25 de junho de 2019, que regulamenta a Lei nº 10.826, de 22 de dezembro de 2003, para dispor sobre o registro, o cadastro, e a aquisição de armas e de munições por caçadores, colecionadores e atiradores. Brasília, DF. Recuperado de http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2019-2022/2021/decreto/D10629.htm

Decreto nº 10.630, de 12 de fevereiro de 2021. (2021). Altera o Decreto nº 9.847, de 25 de junho de 2019, que regulamenta a Lei nº 10.826, de 22 de dezembro de 2003, para dispor sobre a aquisição, o cadastro, o registro, o porte e a comercialização de armas de fogo e de munição e sobre o Sistema Nacional de Armas e o Sistema de Gerenciamento Militar de Armas. Brasília, DF. Recuperado de http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2019-2022/2021/decreto/D10630.htm

Deephouse, D., Bundy, J., Tost, L. P., & Suchman, M. (2017). Organizational legitimacy: six key questions. In R. Greenwood, C. Oliver, T. Lawrence, & R. Meyer (Eds), The Sage handbook of organizational institutionalism (2a ed.). Thousand Oaks, CA: Sage Publications.

Dewald, U., & Truffer, B. (2012). The local sources of market formation: explaining regional growth differentials in German photovoltaic markets. European Planning Studies, 20(3), 397-420. Recuperado de https://doi.org/10.1080/09654313.2012.651803

Dolbec, P. Y., & Fischer, E. (2015). Refashioning a field? Connected consumers and institutional dynamics in markets. Journal of Consumer Research, 41(6), 1447-1468. Recuperado de https://doi.org/10.1086/680671

Ertimur, B., & Coskuner-Balli, G. (2015). Navigating the institutional logics of markets: implications for strategic brand management. Journal of Marketing, 79(2), 40-61. Recuperado de https://doi.org/10.1509/jm.13.0218

Fehrer, J. A., Conduit, J., Plewa, C., Li, L. P., Jaakkola, E., & Alexander, M. (2020). Market shaping dynamics: interplay of actor engagement and institutional work. Journal of Business and Industrial Marketing, 35(9), 1425-1439. Recuperado de https://doi.org/10.1108/JBIM-03-2019-0131

Fligstein, N., & Dauter, L. (2007). The sociology of markets. Annual Review of Sociology, 33, 105-128. Recuperado de https://doi.org/10.1146/annurev.soc.33.040406.131736

Friel, D. (2017). Understanding institutions: different paradigms, different conclusions. Revista de Administração, 52(2), 212-214. Recuperado de https://doi.org/10.1016/j.rausp.2016.12.001

Giesler, M. (2008). Conflict and compromise: drama in marketplace evolution. Journal of Consumer Research, 34(6), 739-753. Recuperado de https://doi.org/10.1086/522098

Giesler, M., & Fischer, E. (2017). Market system dynamics. Marketing Theory, 17(1), 3-8. Recuperado de https://doi.org/10.1177/1470593116657908

Greenwood, R., Oliver, C., Lawrence, T., & Meyer, R. (2017). The Sage Handbook of Organizational Institutionalism. Thousand Oaks, CA: Sage Publications.

Hartman, A. E., & Coslor, E. (2019, dezembro). Earning while giving: rhetorical strategies for navigating multiple institutional logics in reproductive commodification. Journal of Business Research, 105, 405-419. Recuperado de https://doi.org/10.1016/j.jbusres.2019.05.010

Humphreys, A. (2010). Megamarketing: the creation of markets as a social process. Journal of Marketing, 74(2), 1-19. Recuperado de https://doi.org/10.1509/jm.74.2.1

Humphreys, A., & Latour, K. A. (2013). Framing the game: assessing the impact of cultural representations on consumer perceptions of legitimacy. Journal of Consumer Research, 40(4), 773-795. Recuperado de https://doi.org/10.1086/672358

Khaire, M., & Wadhwani, R. D. (2010). Changing landscapes: the construction of meaning and value in a new market category—Modern Indian art. Academy of Management Journal, 53(6), 1281-1304.

King, B., & Pearce, N. (2010). The contentiousness of markets: politics, social movements, and institutional changes in markets. Annual Review of Sociology, 36, 249-267. Recuperado de https://doi.org/10.1146/annurev.soc.012809.102606

Lee, B. H., Struben, J., & Bingham, C. B. (2018, janeiro). Collective action and market formation: an integrative framework. Strategic Management Journal, 39(1), 242-266. Recuperado de https://doi.org/10.1002/smj.2694

Lei nº 13.756, de 12 de dezembro de 2018. (2018). Dispõe sobre o Fundo Nacional de Segurança Pública (FNSP), sobre a destinação do produto da arrecadação das loterias e sobre a promoção comercial e a modalidade lotérica denominada apostas de quota fixa; altera as Leis n º 8.212, de 24 de julho de 1991, 9.615, de 24 março de 1998, 10.891, de 9 de julho de 2004, 11.473, de 10 de maio de 2007, e 13.675, de 11 de junho de 2018; e revoga dispositivos das Leis n º 6.168, de 9 de dezembro de 1974, 6.717, de 12 de novembro de 1979, 8.313, de 23 de dezembro de 1991, 9.649, de 27 de maio de 1998, 10.260, de 12 de julho de 2001, 11.345, de 14 de setembro de 2006, e 13.155, de 4 de agosto de 2015, da Lei Complementar nº 79, de 7 de janeiro de 1994, e dos Decretos-Leis n º 204, de 27 de fevereiro de 1967, e 594, de 27 de maio de 1969, as Leis n º 6.905, de 11 de maio de 1981, 9.092, de 12 de setembro de 1995, 9.999, de 30 de agosto de 2000, 10.201, de 14 de fevereiro de 2001, e 10.746, de 10 de outubro de 2003, e os Decretos-Leis n º 1.405, de 20 de junho de 1975, e 1.923, de 20 de janeiro de 1982. Brasília, DF. Recuperado de http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2015-2018/2018/lei/L13756.htm

Lindholm, T. (2020). The role of marketing actions when new markets are being shaped: a study on edible insects in Finland (Master’s Thesis). Åbo Akademi University, Turku, Finland.

Lopes, R. (2022, março 06). Embalada por decretos de Bolsonaro, vendas de munições para CACs dobra em 2021. Folha de S. Paulo. Recuperado de https://www1.folha.uol.com.br/cotidiano/2022/03/embalada-por-decretos-de-bolsonaro-venda-de-municoes-para-cacs-dobra-em-2021.shtml

Mair, J., & Martí, I. (2009, setembro). Entrepreneurship in and around institutional voids: a case study from Bangladesh. Journal of Business Venturing, 24(5), 419-435. Recuperado de https://doi.org/10.1016/j.jbusvent.2008.04.006

Mair, J., Martí, I., & Ventresca, M. J. (2012). Building inclusive markets in rural Bangladesh: how intermediaries work institutional voids. Academy of Management Journal, 55(4), 819-850. Recuperado de https://doi.org/10.5465/amj.2010.0627

Medeiros, G., Grant, J., & Tavares, H. (2016). Gambling disorder due to Brazilian animal game (“jogo do bicho”): gambling behavior and psychopathology. Journal of Gambling Studies, 32(1), 231-241. Recuperado de https://doi.org/10.1007/s10899-015-9527-0

Ministério da Economia. (2019). Minuta de decreto. Recuperado de https:/www.economia.gov.br/acesso-a-informacao/participacao-social/consultas-publicas/arquivos/cp-02_minuta-de-decreto.docx

Munir, K., Ansari, S., & Brown, D. (2020). From Patañjali to the “gospel of sweat”: yoga’s remarkable transformation from a sacred movement into a thriving global market. Administrative Science Quarterly, 66(3), 854-899. Recuperado de https://doi.org/10.1177/0001839221993475

Navis, C., & Glynn, M. A. (2010). How new market categories emerge: temporal dynamics of legitimacy, identity, and entrepreneurship in satellite radio, 1990-2005. Administrative Science Quarterly, 55(3), 439-471.

Palthe, J. (2014). Regulative, normative, and cognitive elements of organizations: implications for managing change. Management and Organizational Studies, 1(2), 59-66. Recuperado de https://doi.org/10.5430/mos.v1n2p59

Rosa, J. A., Porac, J. F., Runser-Spanjol, J., & Saxon, M. S. (1999). Sociocognitive dynamics in a product market. Journal of Marketing, 63(4), 64-77. Recuperado de https://doi.org/10.2307/1252102

Sautermeister, J., Mathieu, R., & Bogner, V. (2015). Xenotransplantation-Theological-ethical considerations in an interdisciplinary symposium. Xenotransplantation, 22(3), 174-182. Recuperado de https://doi.org/10.1111/xen.12163

Scaraboto, D., & Fischer, E. (2013). Frustrated fatshionistas: an institutional theory perspective on consumer quests for greater choice in mainstream markets. Journal of Consumer Research, 39(6), 1234-1257. Recuperado de https://doi.org/10.1086/668298

Scott, W. R. (1987). The adolescence of institutional theory. Administrative Science Quarterly, 32(4), 493-511. Recuperado de https://doi.org/10.2307/2392880

Scott, W. R. (1995). Institutions and organizations. Thousand Oaks, CA: Sage.

Scott, W. R. (2010). Reflections: the past and future of research on institutions and institutional change. Journal of Change Management, 10(1), 5-21. Recuperado de https://doi.org/10.1080/14697010903549408

Silva, D. V. A., & Mendonça, P. M. E. (2021). Complexidade institucional no campo esportivo de Santos após implantação do Promifae. Cadernos EBAPE.BR, 19(Especial), 777-791. Recuperado de https://doi.org/10.1590/1679-395120200235

Sprong, N., Driessen, P. H., Hillebrand, B., & Molner, S. (2021, fevereiro). Market innovation: a literature review and new research directions. Journal of Business Research, 123, 450-462. Recuperado de https://doi.org/10.1016/j.jbusres.2020.09.057

Suchman, M. C. (1995). Managing legitimacy: strategic and institutional approaches. Academy of Management Review, 20(3), 571-610. Recuperado de https://doi.org/10.2307/258788

Tang, Y. (2017). A summary of studies on organizational legitimacy. Open Journal of Business and Management, 5(3), 487-500. Recuperado de https://doi.org/10.4236/ojbm.2017.53042

Thorton, P., & Ocasio, W. (2007). Institutions logics. In R. Greenwood, C. Oliver, R. Suddaby, & K. Sahlin-Andersson (Eds.), The Sage handbook of organizational institutionalism. London, UK: Sage Publishing.

Vargo, S. L., & Lusch, R. F. (2016). Institutions and axioms: an extension and update of service-dominant logic. Journal of the Academy of Marketing Science, 44(1), 5-23. Recuperado de https://doi.org/10.1007/s11747-015-0456-3

Vilarinho, P. F. (2004). O campo da saúde suplementar no Brasil à luz da teoria do poder simbólico de Pierre Bourdieu. Cadernos EBAPE.BR, 2(3), 1-15. Recuperado de https://doi.org/10.1590/S1679-39512004000300008

Viotto, M. H., Sutil, B., & Zanette, M. C. (2018). Legitimacy as a barrier: an analysis of Brazilian premium cocoa and chocolate legitimation process. Revista de Administração de Empresas, 58(3), 267-278. Recuperado de https://doi.org/10.1590/S0034-759020180307

Weber, K., Heinze, K., & Desoucey, M. (2008). Forage for thought: mobilizing codes in the movement for grass-fed meat and dairy products. Administrative Science Quarterly, 53(3), 529-567. Recuperado de https://doi.org/10.2189/asqu.53.3.529

Wilner, S. J. S., & Huff, A. D. (2017). Objects of desire: the role of product design in revising contested cultural meanings. Journal of Marketing Management, 33(3-4), 244-271. Recuperado de https://doi.org/10.1080/0267257X.2016.1240099

Yngfalk, A. F., & Yngfalk, C. (2020). Modifying markets: consumerism and institutional work in nonprofit marketing. Marketing Theory, 20(3), 343-362. Recuperado de https://doi.org/10.1177/1470593119885169