Modelo de expatriação com políticas e práticas de gestão de pessoas

Conteúdo do artigo principal

Shalimar Gallon
https://orcid.org/0000-0002-8830-4433

Resumo

A expatriação é um processo corrente nas empresas para a ampliação de negócios internacionais. A expatriação está fortemente relacionada com o desempenho empresarial no exterior, pois a implementação de estratégias ocorreria mais lentamente sem a presença do expatriado na subsidiária. Esta pesquisa tem como objetivo propor um modelo de expatriação como um processo em três fases que contemplam políticas e práticas de gestão de pessoas, a fim de mostrar a sua contribuição para a internacionalização empresarial. A pesquisa é descritiva e qualitativa e contou com 30 entrevistas semiestruturadas que foram realizadas com gestores e expatriados em empresas brasileiras e portuguesas. Os dados foram analisados por meio da técnica de análise de conteúdo apoiada pelo software MAXQDA. Os resultados mostram que, nas organizações analisadas, não há planejamento formal para a expatriação. Há, portanto, maior diversidade de práticas informais que surgem para suprir as lacunas da expatriação. O modelo mostra a diversidade de práticas que podem dar suporte ao processo, visando torná-lo menos penoso para os envolvidos, bem como amplia o entendimento sobre a expatriação como objeto de pesquisa. Cabe, entretanto, a cada empresa ajustar suas perspectivas a seus contextos de atuação, não se tendo a pretensão de esgotar o modelo.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Métricas

Carregando Métricas ...

Detalhes do artigo

Como Citar
Gallon, S. (2023). Modelo de expatriação com políticas e práticas de gestão de pessoas. Cadernos EBAPE.BR, 21(6), e2022–0237. https://doi.org/10.1590/1679-395120220237
Seção
Artigos

Referências

Bader, A. K., Froese, F. J., & Kraeh, A. (2018). Clash of cultures? German expatriates’ work-life boundary adjustment in South Korea. European Management Review, 15(3), 357-374. Recuperado de https://doi.org/10.1111/emre.12102

Bader, B., Stoermer, S., Bader, A. K., & Schuster, T. (2018). Institutional discrimination of women and workplace harassment of female expatriates: evidence from 25 host countries. Journal of Global Mobility, 6(1), 40-58. Recuperado de https://doi.org/10.1108/JGM-06-2017-0022

Bardin, L. (2009). Análise de conteúdo. São Paulo, SP: Edições 70.

Bonache, J., Brewster, C., Suutari, V., & Saá, P. (2010). Expatriation: traditional criticisms and international careers: introduciong the special issue. Thunderbird International Business Review, 52(4), 263-274. Recuperado de https://doi.org/10.1002/tie

Brewster, C., Bonache, J., Cerdin, J. L., & Suutari, V. (2014). Exploring expatriate outcomes. International Journal of Human Resource Management, 25(14), 1921-1937. Recuperado de https://doi.org/10.1080/09585192.2013.870284

Brewster, C., Mayrhofer, W., & Smale, A. (2016). Crossing the streams: HRM in multinational enterprises and comparative HRM. Human Resource Management Review, 26(4), 285-297. Recuperado de https://doi.org/10.1016/j.hrmr.2016.04.002

Bueno, J. M., & Domingues, C. R. (2011). Internationalization strategies of emerging companies: a comparative study of Brazilian cases. Future Studies Research Journal: Trends and Strategies, 3(2), 59-87. Recuperado de https://doi.org/10.7444/future.v3i2.79

Caldas, M. P., Tonelli, M. J., & Lacombe, B. M. B. (2011). IHRM in developing countries: does the functionalist vs. critical debate make sense south of the equator? Brazilian Administration Review, 8(4), 433-453. Recuperado de https://doi.org/10.1590/S1807-76922011000400006

Caligiuri, P., & Bonache, J. (2015). Evolving and enduring challenges in global mobility. Journal of World Business, 51(1), 127-141. Recuperado de https://doi.org/10.1016/j.jwb.2015.10.001

Caligiuri, P., & Colakoglu, S. (2007). A strategic contingency approach to expatriate assignment management. Human Resource Management Journal, 17(4), 393-410. Recuperado de https://doi.org/10.1111/j.1748-8583.2007.00052.x

Cascio, W. F., & Boudreau, J. W. (2016). The search for global competence: from international HR to talent management. Journal of World Business, 51(1), 103-114. Recuperado de https://doi.org/10.1016/j.jwb.2015.10.002

Chiang, F. F. T., Esch, E. V., Birtch, T. A., & Shaffer, M. A. (2018). Repatriation: what do we know and where do we go from here. International Journal of Human Resource Management, 29(1), 188-226. Recuperado de https://doi.org/10.1080/09585192.2017.1380065

Collings, D. G., & Isichei, M. (2018). The shifting boundaries of global staffing: integrating global talent management, alternative forms of international assignments and non-employees into the discussion. International Journal of Human Resource Management, 29(1), 165-187. Recuperado de https://doi.org/10.1080/09585192.2017.1380064

Collings, D. G., Scullion, H., & Morley, M. J. (2007). Changing patterns of global staffing in the multinational enterprise: Challenges to the conventional expatriate assignment and emerging alternatives. Journal of World Business, 42(2), 198-213. Recuperado de https://doi.org/10.1016/j.jwb.2007.02.005

Fee, A., & Michailova, S. (2020). How host organizations prepare for and learn expatriate assignment. Thunderbird International Business Review, 62, 329-342. Recuperado de https://doi.org/https://doi.org/10.1002/tie.22099

Fraga, A. M., Gallon, S., & Vaz, E. R. D. (2021). Estereótipo, preconceito e assédio nas trajetórias de expatriadas brasileiras. Revista Pensamento Contemporâneo em Administração, 15(1), 165-179. Recuperado de https://doi.org/10.12712/rpca.v15i1.46524

Freitas, M. E., & Dantas, M. (2011). O estrangeiro e o novo grupo. Revista de Administração de Empresas, 51(6), 601-608. Recuperado de https://doi.org/10.1590/s0034-75902011000600008

Furusawa, M., & Brewster, C. (2016). IHRM and expatriation in Japanese MNCs: HRM practices and their impact on adjustment and job performance. Asia Pacific Journal of Human Resources, 54(4), 396-420. Recuperado de https://doi.org/10.1111/1744-7941.12106

Gallon, S., Scheffer, A. B. B., & Bitencourt, B. M. (2013). “Eu fui, voltei e ninguém viu”: um estudo sobre a expectativa de carreira após a repatriação em uma empresa brasileira. Cadernos EBAPE.BR, 11(1), 128-148. Recuperado de https://doi.org/10.1590/S1679-39512013000100009

Gooderham, P. N., Mayrhofer, W., & Brewster, C. (2019). A framework for comparative institutional research on HRM. International Journal of Human Resource Management, 30(1), 5-30. Recuperado de https://doi.org/10.1080/09585192.2018.1521462

Haak-Saheem, W. (2016). The notion of expatriation in the United Arab Emirates. International Journal of Cross Cultural Management, 16(3), 301-320. Recuperado de https://doi.org/10.1177/1470595816669532

Haak-Saheem, W., & Brewster, C. (2017). ‘Hidden’ expatriates: international mobility in the United Arab Emirates as a challenge to current understanding of expatriation. Human Resource Management Journal, 27(3), 423-439. Recuperado de https://doi.org/10.1111/1748-8583.12147

Hajro, A., Caprar, D. V., Zikic, J., & Stahl, G. K. (2021). Global migrants: understanding the implications for international business and management. Journal of World Business, 56(2), 101-192. Recuperado de https://doi.org/10.1016/j.jwb.2021.101192

Kawai, N., & Chung, C. (2019). Expatriate utilization, subsidiary knowledge creation and performance: the moderating role of subsidiary strategic context. Journal of World Business, 54(1), 24-36. Recuperado de https://doi.org/10.1016/j.jwb.2018.09.003

Knocke, J., & Schuster, T. (2017). Repatriation of international assignees. Journal of Global Mobility, 5(3), 275-303. Recuperado de https://doi.org/10.1108/jgm-01-2017-0001

Kraimer, M. L., Shaffer, M. A., & Bolino, M. C. (2009). The influence of expatriate and repatriate experiences on career advancement and repatriate retention. Human Resource Management, 48(1), 27-47. Recuperado de https://doi.org/10.1002/hrm.20265

Lester, G. V., Virick, M., & Clapp-Smith, R. (2016). Harnessing global mindset to positively impact advances in global leadership through international human resource management practices. Advances in Global Leadership, 9, 325-349. Recuperado de https://doi.org/10.1108/S1535-120320160000009010

Lima, M. B., & Braga, B. M. (2010). Práticas de recursos humanos do processo de repatriação de executivos brasileiros. Revista de Administração Contemporânea, 14(6), 1031-1053. Recuperado de https://doi.org/10.1590/s1415-65552010000700004

López-Duarte, C., Vidal-Suárez, M. M., & González-Díaz, B. (2020). Expatriate management and national culture: a bibliometric study of prolific, productive, and most cited authors and institutions. International Journal of Human Resource Management, 31(6), 805-833. Recuperado de https://doi.org/10.1080/09585192.2017.1383287

Maciel, A. C., Mores, G. D. V., Oliva, E. D. C., & Kubo, E. K. M. (2019). International human resource management for expatriation in early and late mover multinationals. Revista Gestão Organizacional, 12(3), 72-85. Recuperado de https://doi.org/10.22277/rgo.v12i3.5181

Mello, S. F., & Tomei, P. A. (2021). Desafios da expatriação e o enriquecimento da interface trabalho-família em expatriados durante a pandemia de Covid-19. Revista Gestão Organizacional, 14(1), 269-293. Recuperado de https://doi.org/10.22277/rgo.v14i1.5741

Michailova, S. (2011). The “tortuous evolution” of international management research: Critical issues on the way to maturity. Thunderbird International Business Review, 53(3), 299-310. https://doi.org/10.1002/tie.20408

Milford, C., Kriel, Y., Njau, I., Nkole, T., Gichangi, P., Cordero, J. P., … Silumbwe, A. (2017). Teamwork in qualitative research: descriptions of a multicountry team approach. International Journal of Qualitative Methods, 16(1), 1-10. Recuperado de https://doi.org/10.1177/1609406917727189

Oddou, G., Osland, J. S., & Blakeney, R. N. (2009). Repatriating knowledge: variables influencing the “transfer” process. Journal of International Business Studies, 40(2), 181-199. Recuperado de https://doi.org/10.1057/palgrave.jibs.8400402

Paul, J., & Rosado-Serrano, A. (2019). Gradual internationalization vs. born-global/international new venture models: a review and research agenda. International Marketing Review, 36(6), 830-858. Recuperado de https://doi.org/10.1108/IMR-10-2018-0280

Pintar, R., Martins, J. T., & Bernik, M. (2017). Analysis of expatriation process in a Slovenian company. Organizacija, 50(1), 63-79. Recuperado de https://doi.org/10.1515/orga-2017-0001

Plourde, Y., Parker, S. C., & Schaan, J. L. (2014). Expatriation and its effect on headquarters’ attention in the multinational enterprise. Strategic Management Journal, 35, 938-947. Recuperado de https://doi.org/10.1002/smj.2125

Schuler, R. S. (2000). The internationalization of human resource management. Journal of International Management, 6(3), 239-260. Recuperado de https://doi.org/10.1016/S1075-4253(00)00025-9

Scullion, H., & Starkey, K. (2000). In search of the changing role of the corporate human resource function in the international firm. International Journal of Human Resource Management, 11(6), 1061-1081. Recuperado de https://doi.org/10.1080/09585190050177166

Stewart, D. W., & Shamdasani, P. (2016). Online focus groups. Journal of Advertising, 46(1), 48-60. Recuperado de https://doi.org/10.1080/00913367.2016.1252288

Suutari, V., Brewster, C., Mäkelä, L., Dickmann, M., & Tornikoski, C. (2018). The effect of international work experience on the career success of expatriates: a comparison of assigned and self-initiated expatriates. Human Resource Management, 57(1), 37-54. Recuperado de https://doi.org/10.1002/hrm.21827

Tahir, R., & Egleston, D. (2019). Expatriation management process: the challenges and impediments for the Western expatriates in the United Arab Emirates. Journal of Workplace Learning, 31(8), 520-536. Recuperado de https://doi.org/10.1108/JWL-03-2019-0036

Tung, R. L. (2016). New perspectives on human resource management in a global context. Journal of World Business, 51(1), 142-152. Recuperado de https://doi.org/10.1016/j.jwb.2015.10.004

Vahlne, J. E. (2020). Development of the Uppsala model of internationalization process: from internationalization to evolution. Global Strategy Journal, 10(2), 239-250. Recuperado de https://doi.org/10.1002/gsj.1375

Vianna, N., & Souza, Y. (2009). Uma análise sobre os processos de expatriação e repatriação em organizações brasileiras. Base – Revista de Administração e Contabilidade da Unisinos, 6(4), 340-353. Recuperado de https://doi.org/10.4013/base.2009.64.05

Welch, D., & Björkman, I. (2014). The place of international human resource management in international business. Management International Review, 55(3), 303-322. Recuperado de https://doi.org/10.1007/s11575-014-0226-3

Artigos mais lidos pelo mesmo(s) autor(es)