Cooperação internacional e desenvolvimento: análise da atuação de agências internacionais em Duque de Caxias (Rio de Janeiro)
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Resumo
Considerando a cooperação internacional para o desenvolvimento (CID) como campo político cujas bases filosóficas – a crença no progresso, a esperança como tarefa política ou imperativo, o desenvolvimento como meta – alimentam relações de assimetria, hierarquia e dependência, são apresentados e discutidos, neste artigo, os resultados de uma pesquisa empírica realizada em Duque de Caxias (região metropolitana do Rio de Janeiro) entre setembro de 2010 e janeiro de 2012, a fim de responder a duas perguntas principais: 1) o que revelam as práticas das agências internacionais atuantes no desenvolvimento local de Duque de Caxias? 2) o que o contexto local desse município da região metropolitana do Rio de Janeiro ilustra acerca das tendências analisadas pela literatura mais crítica sobre o papel da cooperação para o desenvolvimento? Valendo-se de autores críticos sobre o papel político das organizações da CID – B. Cooke, W. Easterley, A. Escobar, T. Hayter, G. Rist, entre outros – e, da pesquisa, de natureza qualitativa, é descrito e analisado o modo de atuação das agências internacionais, sejam elas governamentais multilaterais ou bilaterais, empresas privadas, organizações filantrópicas ou associações, na definição e implementação de estratégias de desenvolvimento em Duque de Caxias. Conclui-se que as organizações internacionais raramente atuam no plano municipal de Duque de Caxias, limitando-se a agir mais indiretamente na concepção de projetos pontuais de apoio ao desenvolvimento e exercendo seu poder de influência sobre as agendas de políticas públicas de âmbito local.
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