Edições anteriores

  • v. 2 (2015)

    Aluno no centro das atenções 

    Esta segunda edição da Ei! Ensino Inovativo apresenta nove experiências pedagógicas que têm o comum objetivo de valorizar a participação ativa do aluno em seu processo de aprendizagem.

    Dentre elas, sete metodologias premiadas em 2014 no programa “Boas Práticas de Ensino e Aprendizagem”, promovido pelo CEDEA (FGV/EAESP), as quais se baseiam em conceitos inovadores, como a interdisciplinaridade − com disciplinas que integram alunos e professores de diferentes escolas da instituição (FGV/EAESP e FGV/Direito SP), universidades (FGV/EAESP, Poli-USP e ITA) e cursos (Engenharia, Administração e Direito); a solução de problemas reais no ambiente educacional; a aplicação de dinâmicas interativas para estimular o aprendizado dos alunos; a experiência prática por meio do empreendedorismo; e o uso de ferramentas tecnológicas dentro e fora da sala de aula.

    Adicionalmente, temos o prazer de contar com a contribuição de dois artigos extremamente interessantes de autores convidados. O primeiro, de Jailson Lima, professor do Vanier College, no Canadá, reflete sobre a utilização da criatividade como ferramenta de ensino. O segundo, de Carla Campana e Vivyanne Curalov, descreve a experiência das autoras em um programa de letramento de adultos em ambiente organizacional.

    Para nós da EAESP e do CEDEA, é uma enorme satisfação consolidar parcerias com outras instituições − trocando conhecimento com professores e estudantes de diferentes áreas e ambientes −, assim como com educadores que atuam em espaços organizacionais. É uma alegria constatar a renovada energia dos profissionais envolvidos com a educação de adultos, dedicando-se a avançar nossos modelos de ensino para formatos mais ativos, centrados no aluno e comprometidos com o desenvolvimento de sua autonomia no processo de aprendizagem. 

    Desejamos uma boa leitura a todos!


    Francisco Aranha

    Edito chefe e coordenador do CEDEA

  • Tecnologia no ensino
    v. 1 n. 1 Especial (2015)

    Editorial

     

    “Mudam-se os tempos, mudam-se as vontades” 

    Com essa reflexão iniciamos um debate sobre as modificações com as quais nos deparamos no ambiente de sala de aula. Hoje, o principal desafio imposto no processo de ensino-aprendizagem é a utilização de tecnologia para auxiliar a implementação do ensino participativo. Não se trata de trazer uma nova roupa para o rei, mas de incorporar os ritmos e as possibilidades de interação que essas ferramentas propiciam.

    É inegável que a sala de aula se amplia com a adoção de recursos tecnológicos. Porém, esse alargamento não basta. É essencial combiná-lo a um novo paradigma – o aluno como protagonista. Essa perspectiva deve desdobrar-se em uma reformulação do papel de cada um dos atores do ambiente escolar. Cabe ao professor perguntar-se: “Quem é meu aluno?”, “Onde estou?”, “Qual o objetivo do meu curso?”. Cabe ao aluno indagar-se: “Qual o meu propósito?”, “Qual o meu papel na minha formação?”. Essas são algumas das questões-chave que guiaram a elaboração desta edição especial da Ei! Ensino Inovativo, baseada em um trabalho de pesquisa desenvolvido em parceria entre a FGV/EAESP e a FGV/Direito SP. Pelo lado da Escola de Direito, participaram desse esforço os professores Ana Elvira Gebara, José Garcez Ghirardi e Marina Feferbaum, além dos pesquisadores Franco Matteelli, Luiza Andrade Correa, Ramon Alberto dos Santos, Maria Claudia Girotto do Couto e Luciana Gonçalves. Pelo lado da EAESP, o projeto contou com os professores Alexandre Pignanelli, Marcus Vinícius Gomes e Francisco Aranha.

    Esta edição mostra como o bom uso dos novos recursos tecnológicos pode favorecer o aprendizado, explora os benefícios de metodologias inovadoras e identifica diversas ferramentas tecnológicas úteis para o ensino, apresentando reflexões sobre suas vantagens e desafios em diferentes contextos. Além disso, há sugestões de situações pedagógicas em que as tecnologias podem ser utilizadas, oferecendo possibilidades e insumos para alimentar a criatividade do professor.

    A análise dos desafios e potenciais usos das novas tecnologias partem da perspectiva do ensino das Ciências Sociais Aplicadas, especialmente Administração, Direito e Economia. Todavia, essas estratégias e ferramentas também podem ser úteis, com adaptações, em outras áreas.

    A presente edição especial é, assim, um convite para redesenhar as formas de significar a sala de aula e suas funções no processo de formação do aluno, a partir da familiarização com novas práticas.

    Desejamos uma boa e proveitosa leitura.

     

    Francisco Aranha

    Coordenador do FGV/EAESP-CEDEA e editor chefe


    Marina Feferbaum

    Coordenadora de Metodologia de Ensino da FGV/Direito SP e editora convidada

  • Ei! Vol.1

    v. 1 (2014)

    Editorial

    Inovação em ensino e aprendizagem

    Em minha adolescência, no escritório do meu pai, as máquinas de calcular eram eletromecânicas: somavam, subtraíam e multiplicavam, mas não dividiam. Para fazer esta operação, era necessário pesquisar o correspondente inverso num catálogo. As calculadoras eletrônicas apareceram durante meus primeiros tempos de faculdade, aposentando a régua de cálculo, mas não, ainda, os catálogos de Matemática Financeira, em que procurávamos os fatores de acumulação de capital. Executar programas, nas aulas de TI, e ajustar modelos, nas aulas de estatística, envolvia perfurar cartões e esperar pelo processamento no computador mainframe, o que era feito durante a noite e devolvido no dia seguinte. Usei um microcomputador, pela primeira vez, no meu estágio profissional para fazer o orçamento da empresa numa planilha SuperCalc. A dissertação de mestrado foi pesquisada manualmente em fichas de cartão, no serviço de referência. Artigos internacionais eram encomendados por pedidos entre bibliotecas e demoravam meses para chegar pelo correio. A dissertação foi transcrita por uma datilógrafa utilizando uma máquina elétrica de esfera. Depois, claro, veio a internet. E, bom, o restante da história é bem conhecido.

    Mas uma coisa continua igual: a aula expositiva nos cursos universitários. É estranho. Os alunos mudaram. A sociedade mudou. As profissões mudaram. As competências necessárias para o mundo do trabalho mudaram. O papel da universidade mudou. Mas a aula expositiva tradicional e o modelo de educação que ela representa permanecem iconicamente iguais.

    Ao longo dessas décadas, a atividade docente aumentou de escopo e passou a exigir muito mais do que conhecer um assunto e fazer preleções a respeito. Hoje, o ensino exige habilidade e competência na condução de sofisticados processos psicológicos, técnicos, organizacionais, pedagógicos e grupais, que não necessariamente se relacionam ao campo de especialidade do professor, mas dizem respeito à sua capacidade de desenho e entrega instrucional.

    Hoje, a inovação nos processos de ensino e aprendizagem é necessária e urgente. Não por uma crença ingênua de que o novo é automaticamente melhor, uma preferência do novo pelo novo, mas porque, em circunstâncias cada vez mais comuns, as práticas tradicionais tornaram-se disfuncionais. Na busca de novos caminhos, haverá erros e acertos. Não experimentá-los, no entanto, nos condenaria à irrelevância.

    Nesta primeira edição da revista Ensino Inovativo, apresentamos oito experiências pedagógicas conduzidas por professores e estudantes da FGV-EAESP, premiadas no programa Boas Práticas de Ensino e Aprendizagem, criado pelo Centro de Desenvolvimento do Ensino e da Aprendizagem (CEDEA). A inquietude com o estado corrente dos processos didáticos, a energia para a experimentação e a capacidade de assumir riscos e trabalhar em conjunto caracterizam o ambiente acadêmico docente e discente da Escola ao longo dos últimos 60 anos, o que nos faz uma instituição sempre renovada. Temos muito do que nos orgulhar.

    Boa leitura!

    Francisco Aranha, diretor de conteúdo e coordenador do CEDEA.

    cedea@fgv.br