Choque de realiadade

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Adriana Wilner
Aline Lilian dos Santos

Resumo

Quando fazia a faculdade de Administração de Empresas na Universidade de São Paulo (USP), em 2000, Maure Pessanha teve uma experiência transformadora: foi uma das fundadoras do cursinho pré-vestibular da Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade da USP (FEA-USP), que atualmente oferece 480 vagas ao ano para estudantes de baixa renda. Foi nesse primeiro empreendimento de impacto social que ela teve contato com histórias como a de uma aluna que passava o dia debruçada nos livros dentro dos trens do metrô, porque não tinha espaço adequado em casa para estudar.

A partir daquele momento, decidiu que queria levar seu conhecimento em gestão a organizações ligadas a causas sociais — um objetivo que ficou ainda mais claro depois de ganhar uma bolsa para estudar por seis meses na Universidade de Harvard, onde a discussão sobre modelos de negócios em prol da sustentabilidade estava mais avançada.

Hoje diretora executiva da Artemisia, Maure é responsável por gerenciar essa organização sem fins lucrativos que é uma das principais disseminadoras e fomentadoras de negócios de impacto social no Brasil. Nos últimos seis anos, a aceleradora da Artemisia selecionou mais de 100 negócios voltados à população de baixa renda.

Nesta entrevista à GV-executivo, Maure dá um choque de realidade em quem quer entrar na área e se mostra entusiasmada com parcerias como a realizada em uma disciplina da graduação da Escola de Administração de Empresas de São Paulo da Fundação Getulio Vargas (FGV EAESP), em que os alunos visitam Heliópolis, criam e alavancam projetos de negócios na comunidade. “Essa vivência quebra o discurso cristalizado de meritocracia, contribui muito para o ‘quero ver você ali tendo aquela vida’”, diz.

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Entrevista