Aprendendo com o erro

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Adriana Wilner
Aline Lilian dos Santos

Resumo

“Coloque no arquivo APP”, dizia a mensagem cifrada. “A” significa “2”, e “P”, “5”, um alto executivo explicou aos investigadores. Significava que uma propina de 2,55% havia sido autorizada. Poderia ser um trecho da Lava Jato, mas se trata de um depoimento que fez parte do escândalo de corrupção envolvendo a alemã Siemens, em 2006. À época, descobriu-se que a empresa mantinha um esquema de pagamentos ilegais em diversos países para conseguir contratos de obras públicas.

Em meio a multas, baixa nas ações e demissão de executivos, entre eles o então presidente global Klaus Kleinfeld, a empresa criou e instaurou um programa de compliance que se tornou referência para outras corporações e instituições. Uma das primeiras medidas implantadas foi o canal de denúncias, que permitiu, por exemplo, que, dois anos depois do escândalo inicial, um funcionário da filial brasileira trouxesse à tona o pagamento de propinas em obras do Metrô de São Paulo. Hoje, no site nacional da Siemens, o primeiro item que aparece para pesquisa quando se quer conhecer a empresa é compliance.

Nesta entrevista à GV-executivo, André Clark, CEO da Siemens no Brasil, revela como a empresa fez para superar o momento difícil e de que forma busca ampliar o conceito de compliance na organização associando o comportamento ético e responsável ao meio ambiente, à diversidade e à sociedade. O executivo também fala sobre as vantagens e os desafios da gestão no atual momento econômico e político do país, além das oportunidades que enxerga no campo da infraestrutura.

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Entrevista