O cotidiano na colônia alemã de Juiz de Fora/MG

memórias dos descendentes dos imigrantes

Autores

DOI:

https://doi.org/10.12660/rm.v15n23.2023.88618

Palavras-chave:

Imigração alemã, História Oral, Memória

Resumo

O artigo busca refletir acerca do cotidiano na colônia Dom Pedro II, em Juiz de Fora, a partir das memórias dos descendentes dos imigrantes alemães e tiroleses que a constituíram em 1858. Para alcançar o objetivo proposto, foram realizadas entrevistas de história oral com descendentes, que permitem compreender como estes perceberam a vida na colônia e como a memória familiar é fundamental na transmissão de experiências e de cultura nos grupos sociais. As memórias individuais estão entrelaçadas nas redes múltiplas de relacionamentos e, ao recontar suas próprias trajetórias, as de seus antepassados e de seus vizinhos, os depoentes revelaram nuances da herança imaterial legada pelos imigrantes, que complementam as fontes documentais e também sinalizam a relação entre história e memória.

Biografia do Autor

Rita de Cássia Lara Couto, Universidade Federal de Juiz de Fora

Jornalista pela Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF). Mestranda em História pelo Programa de Pós-Graduação em História da Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF), gerente editorial da "Locus: Revista de História" (PPGH - UFJF). Presidente do Instituto Teuto-Brasileiro William Dilly e membro da Comissão para os Bens Culturais da Arquidiocese de Juiz de Fora. Atua na área de Comunicação, com ênfase em História, atuando principalmente nos seguintes temas: cultura, memória, imigração alemã e tirolesa, fluxos migratórios, história local, história oral, patrimônio histórico e museus. Possui experiência em pesquisa documental (especialmente dos séculos XVIII, XIX e XX) no Brasil, Portugal, Alemanha e Áustria.

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Publicado

03.05.2023