Comida, religião e outras histórias em “Dona Flor e seus dois maridos”, de Jorge Amado
DOI:
https://doi.org/10.12660/rm.v15n23.2023.88623Palavras-chave:
Religião, Comida, LiteraturaResumo
Esse artigo aborda a trajetória gastronômica de Dona Flor, cozinheira literária construída pelo romancista baiano Jorge Amado (1912-2001). O trabalho se utiliza do conceito de “Fato Social Total” elaborado pelo sociólogo francês Marcel Mauss como fio condutor para articular outros campos do saber com as referências gastronômicas presentes no romance Dona Flor e seus dois maridos. O objetivo foi perscrutar novas leituras para a relação estabelecida entre a mulher e a comida no romance, propondo novos caminhos para além da “ferramenta de sedução” discorrida por pesquisas anteriores com foco nas manifestações religiosas.
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