Jornalismo, literatura e política: a modernização da imprensa carioca nos anos 1950

Autores

  • Ana Paula Goulart Ribeiro

Resumo

A década de 1950 foi um momento de profundas transformações da imprensa brasileira, sobretudo carioca. Nesse período, o modelo norte-americano se implantou no jornalismo nacional, provocando a modernização das empresas e dos textos e também a profissionalização dos jornalistas. No seu conjunto, essas reformas apontavam para um processo de autonomização do campo jornalístico, sobretudo em relação às esferas políticas e literárias. Até que ponto, no entanto, essas transformações representaram, de fato, uma ruptura radical com o modo anterior de fazer jornalismo? O que traziam de estruturalmente novo e o que representavam de continuidade em relação ao período anterior? Qual é o significado do conjunto dessas reformas (administrativas, redacionais, editoriais, gráficas e profissionais)? O que as impulsionou? Será que elas respondiam a mesma lógica de transformação do jornalismo nos países capitalistas avançados? Será que a racionalização da produção apontava para a implantação de um jornalismo de massa no país, para a incorporação da imprensa na esfera da indústria cultural? Ou será que a modernização do jornalismo nacional obedeceu a impulsos de outra ordem?

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Publicado

2003-08-01

Edição

Seção

Artigos