“Parei na contramão”: faixas cruzadas na invenção da MPB

Autores

  • Alvaro Neder Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Rio de Janeiro / IFRJ

Palavras-chave:

MPB, Tropicália, 1960

Resumo

Nos estudos da MPB dos anos 1960, estabeleceu-se uma narrativa hegemônica que atribui a esse movimento um caráter “de cúpula” e retrógrado, enquanto idealiza a Tropicália como o ápice da evolução musical. Identificando nessa narrativa problemas como o evolucionismo e a ideologia da identidade nacional, este artigo propõe a revisão da história do período a partir dos métodos histórico e etnográfico, utilizando exame de documentos, entrevistas e análise etno/musicológica de canções. Conclui-se que a participação popular foi importante para a MPB, terreno contraditório que produziu identidades complexas e colocou em questão a ideologia mestiça e a dominação patriarcal.

Biografia do Autor

Alvaro Neder, Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Rio de Janeiro / IFRJ

Álvaro Neder é musicólogo e atua na graduação e pós-graduação do IFRJ. Possui Doutorado em Letras pela PUC-Rio e em Música pela UNIRIO. Foi Teacher Assistant na Universidade Brown, ministrando o curso Introduction to Ethnomusicology. Publicou o livro Creativity in Education: Can Schools Learn with the Jazz Experience? Como crítico musical, publicou em várias coletâneas de referência lançadas nos EUA. Sua tese foi selecionada pelo Programa de Pós-Graduação em Letras da PUC-Rio para representá-lo no Grande Prêmio Nacional Capes 2008.

Downloads

Publicado

2012-07-27

Edição

Seção

Artigos