Constitucionalismo e batalhas políticas na Argentina: elementos para uma história social

Autores

Palavras-chave:

constitucionalismo, Argentina, batalhas políticas.

Resumo

O artigo propõe elementos para uma história social do constitucionalismo e sua relação com as batalhas políticas na Argentina. O investimento das diferentes frações da elite política na interpretação constitucional é analisado como uma das estratégias de legitimação de sucessivos regimes políticos visando à sua formalização na técnica jurídica. A primeira parte trata dos contornos sócio-históricos do constitucionalismo argentino, com ênfase na sua legitimação no âmbito acadêmico. A segunda se debruça sobre a intensificação dos usos políticos do Direito Constitucional e as modalidades de intersecção de seus agentes no espaço político.

Biografia do Autor

Fabiano Engelmann, UFRGS

Fabiano Engelmann é professor da Pós-Graduação em Ciência Política da UFRGS (fabengel@gmail.com).

Luciana Rodrigues Penna, UFRGS

Luciana Rodrigues Penna é doutora em Ciência Política pela UFRGS (luciarp@via-rs.net).

Referências

ALMEIDA, Frederico de. As elites da justiça: instituições, profissões e poder na política da justiça brasileira. Revista de Socioogia e Poítica [online], 2014, vol. 22, n. 52, p. 77-95. ISSN 1678-9873. (http://dx.doi.org/10.1590/1678-987314225206).

AVRITZER, Leonardo, BIGNOTO, Newton, FILGUEIRAS, Fernando, GUIMARÃES, Juarez e STARLING, Heloísa (orgs.). Dimensões políticas da Justiça. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 2013.

BOURDIEU, Pierre. La force du droit. Eléments pour une sociologie du champ juridique. Actes de la Recherche em Sciences Sociales, vol. 64, septembre 1986, p. 3-19.

BOUZAS, Raquel García. Los debates de los juristas rioplatenses sobre la cuestión social a comienzos de siglo. Estudios de Filosofía Práctica y Historia de las Ideas. Revista Anual de la Unidad de Historiografía y Historia de las Ideas, INCIHUSA/Mendoza. Año 7/nº 8, diciembre 2006, p. 115-126.

BUTON, François & MARIOT, Nicolas (dir.). Pratiques et méthodes de la socio-histoire. Paris: Presses Universitaires de France, 2009.

CHEVALIER, Jacques. Les Interprètes du Droit. In: POIRMEUR, Yves et BERNARD, Alain (dirs). La Doctrine Juridique. Paris: Presses Universitaires de France, 1993, p. 259-280.

COMMAILLE, J.; DUMOULIN, L. et ROBERT, C. (dirs.). La juridicisation du politique. Paris: LGDJ, 2010.

DALLA VIA, Alberto Ricardo. El Derecho Constitucional: entre La doctrina y el discurso. Buenos Aires: La Ley, 2007.

DEZALAY, Yves e GARTH, Bryant. A construção jurídica de uma política de notáveis: o jogo duplo da elite do judiciário indiano no mercado da virtude cívica. Revista Pós Ciências Sociais – REPOCS –Dossiê Profissões e Espaços da Política. São Luís do Maranhão, vol. 12, n.23, jan/jun 2015, p. 37-60.

DROMI, Roberto e SÁENZ, Jorge (coord.). La Constitucion Argentina de nuestro tiempo. Buenos Aires: Ediciones Ciudad Argentina, 1996.

ENGELMANN, Fabiano. Sociologia do campo jurídico: juristas e usos do direito. Porto Alegre: SAFE, 2006.

_____ e PENNA, Luciana. Política na forma da lei: o espaço dos constitucionalistas no Brasil democrático. Lua Nova – Revista de Cultura e Política, São Paulo, n. 92, 2014, p. 177-206.

_____ e BANDEIRA, Júlia V.V.M. Poder Judiciário e política na América Latina: Argentina, Brasil, Chile e Colômbia e Venezuela em perspectiva comparada. VIII Congresso Latinoamericano de Ciência Política da Associacion Latinoamericana de Ciência Política – ALACIP, 2015.

FRANÇOIS, Bastien. Naissance d’une Constitution. La Cinquieme République: 1958-1962. Paris: Presses de SciencesPo, 1996.

_____. Le droit saisi par la politique. In : LAGROYE, Jacques (dir.). La politisation. Paris: Belin, 2003, p. 373-385.

FREER, Jaime Baeza. Élites, Path Dependency y la falta de un Pacto Constitucional estable en Chile y Argentina: um análisis comparativo-histórico. Política – Revista de Ciência Política. Santiago de Chile, vol. 50, nº 2, 2015, p. 63-86..

GANDINI, Nicolás. Roberto Dromi, el ideólogo de una maniobra que pone a De Vido em la mira judicial. Perfil, 21/07/2015. Disponível em: http://www.perfil.com/politica/Roberto-Dromi-el-ideologo-de-una-maniobra-que-pone-a-De-Vido-en-la-mira-judicial-20150718-0012.html. Acesso em 18/10/2016.

GRILL, Igor Gastal e REIS, Eliana Tavares dos. A universidade como um viveiro de vocações políticas: carreira profissional, notabilização intelectual e afirmação política. Revista Pós Ciências Sociais – REPOCS – Dossiê Profissões e Espaços da Política. São Luís do Maranhão, vol. 12, n.23, jan/jun 2015.

HERRERO, Álvaro. La incidência de la Corte Suprema de Justicia en laformulación de políticas públicas: una exploración empírica del caso argentino. Política – Revista de Ciência Política do Instituto de Asuntos Públicos de La Universidad de Chile. Santiago de Chile, vol. 49, n. 1 (Derecho, Justicia y Política), 2011, p. 71-106.

LACROIX, Bernard et LAGROYE, Jacques (dir.). Le Président de La République. Usages et génèses d’une institution. Paris: Presses de la Fondation Nationele des Sciences Politiques, 1992.

LÓPEZ, Griselda Marina. La reforma constitucional argentina de 1994 y el arte de la negociación menemista (1992-1994). Revista de Ciencia Política (Revista nº1 América Latina Del Siglo XX "Repensando la década del noventa). Disponível em: http://www.revcienciapolitica.com.ar/num1art4.php. Acesso em 22/12/2015.

LORENZO, Celso Ramón. Manual de História Constitucional Argentina – vol 3. Rosário: Editorial Juris, 2000.

LUNA, Félix. Breve história dos argentinos. Trad. Andrea Cecilia Ramal. Rio de Janeiro: Instituto Cultural Brasil-Argentina/ Quartet Editora, 1996.

MORESSI, Sergio. El liberalismo conservador y la ideologia Del Proceso de Reorganización Nacional. Sociohistórica – Cuadernos del CISH – 27. Primer semestre 2010, p. 103-135.

NEVES, Lúcia Maria Bastos Pereira das. Corcundas e constitucionais: a cultura política da Independência (1820-1822).Rio de Janeiro: Revan/FAPERJ, 2003.

PENNA, Luciana Rodrigues. Usos políticos da “doutrina jurídica”: a invenção da “interpretação constitucional” no Brasil Império. Tese de Doutorado no Programa de Pós-Graduação em Ciência Política - Universidade Federal do Rio Grande do Sul. 2014.

PERDOMO, Rogélio. Justicias e injusticias en Venezuela: estudios de historia social del derecho. Caracas: Academia Nacional de la Historia, 2011.

_____ y FIX-FIERRO, Hector (orgs.) Culturas juridicas latinas de Europa y América en tiempos de globalizacion. México: Unam, 2003. Disponível em http://biblio.juridicas.unam.mx/libros/libro.htm?l=1078.

PIVATTO, Priscila Masdalozzo. Mecanismos de alteração constitucional: um estudo comparado das estruturas constitucionais da Argentina (1853/1860), Suíça (1848/1874) e Brasil (1891). Direito, Estado e Sociedade, n. 30, jan/jun 2007, p. 102 a 124.

POIRMEUR, Yves. Thèemes et débats autour du constitutionnalisme. In : Droit et Politique. Paris: Presses Universitaires de France, 1993, p. 13-39.

_____ et ROSENBERG, Dominique. La doctrine constitutionnelle et le constitutionnalisme français. In : LOCHAK, D. (dir.). Les Usages sociaux du droit. Paris: Presses Universitaires de France, 1989.

SACRISTE, Guillaume. La republique des constitutionnalistes. Professeurs de droit et légitimation de l’État en France (1870-1914). Paris: Presses de SciencesPo, 2011.

SANTAMARIA, Ángela; VECCHIOLI, Virgínia (orgs.). Derechos humanos en América Latina: mundialización y circulación internacional del conociemento experto jurídico. Bogotá: Ed Universidad del Rosario/Centro de Estúdios Políticos Internationales, (2008.

SOUZA, Angelita de Matos. As transformações recentes da economia espanhola e sua expansão internacional. Revista Espaço Acadêmico, 2007. Disponível em: http://www.espacoacademico.com.br. Acesso em 05/02/2016.

TANZI, Héctor José. La ensenanza del Derecho Constitucional en La Facultad de Derecho de Buenos Aires. Academia – Revista sobre La Ensenanza del Derecho, año 9, nº 17. Buenos Aires, 2011, p. 85-112.

VECCHIOLI, Virginia. Las víctimas del terrorismo de Estado y la gestión del passado reciente em la Argentina. Papeles de CEIC, nº 1, março/2013, p. 1-25.

_____. Professionales del Derecho, activismo jurídico y creación de neuvos derechos. Hacia uma mirada compreensiva del derecho desde las ciências sociales. Revista Política, vol. 49, nº 1, 2011, p. 5-18.

VICENTE, Martín Alejandro. Los intelectuales Liberal-Conservadores Argentinos y la última dictadura. El caso del Grupo Azcuénaga. Kairós – Revista de Temas Sociales. Universidad de San Luís, año 16, n. 29, mayo de 2012, p. 1-17.

WEBER, Max. Economia e sociedade. Vol. 1. Brasília: Editora Universidade de Brasília, 2012.

YANKELEVICH, Pablo. Diplomáticos, periodistas, espías y publicistas: la cruzada mexicana-bolchevique en América Latina. Revista HISTÓRIA, São Paulo, 28 (2): 2009, p. 495-514.

ZIMMERMANN, Eduardo. Abogados, científicos y estadistas. Debates sobre La enseñanza jurídica em la Argentina del primer Centenario. Revista Ciencia Hoy, vol. 20, n. 119, out-nov 2010, p. 36-42.

Downloads

Publicado

2016-07-14