Do branco ao negro, da elite ao popular
cultura visual, fotografia e futebol no início do século XX
Palavras-chave:
Cultura visual, fotografia, futebol, visibilidade, população negraResumo
Que tipo de informação os retratos dos clubes Andarahy, Carioca e Mangueira podem oferecer sobre a cultura visual do Rio de Janeiro no início do século XX e sobre a transição do futebol amador ao profissional? Em contraste com imagens da aristocrática equipe do Fluminense Football Club, os retratos dos jogadores negros desses clubes populares revelam disputas por visibilidade no campo esportivo e no espaço urbano já a partir do fim da década de 1910. Revelam ainda o papel do mercado fotográfico na coprodução de signos capazes de compor uma nova visualidade para a população negra. Nessa medida, as transformações socioculturais desse período foram mais significativas do que se costuma reconhecer ao representarem o protagonismo da população negra nas negociações sobre a visibilidade social na capital do país.
Referências
ARENDT, Hannah. A condição humana (13ª, Nova Edição). Rio de Janeiro: Forense Universitária, 2016.
BELTRAMIN, Fabiana. Sujeitos iluminados: a reconstituição das experiências vividas no estúdio de Christiano Jr. São Paulo: Alameda, 2013.
BERGER, John. Para entender uma fotografia. São Paulo: Companhia das Letras, 2017.
CARNEVALI, Barbara. « L’esthétique sociale entre philosophie et sciences sociales », Tracés. Revue de Sciences humaines [En ligne], #13 | 2013, mis en ligne le 01 janvier 2017, consulté le 10 fevrier 2019. URL: http://journals.openedition.org/traces/5685 ; DOI : 10.4000/traces.5685
CHALHOUB, Sidney. Cidade Febril. São Paulo: Cia das Letras, 1996.
COCCIA, Emanuele. La vie sensible. Paris: Rivages, 2010.
CRARY, Jonathan. Técnicas do observador: visão e modernidade no século XIX. São Paulo: Contraponto, 1990.
GRANGEIRO, Cândido Domingues. As Artes de um Negócio: no Mundo da Técnica Fotográfica do Século XIX. Rev. bras. Hist., São Paulo, v. 18, n. 35, p. 185–205, 1998. Disponível em:<http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0102- 01881998000100008&lng=en&nrm=iso>. Acesso em 24 jan. 2019. http://dx.doi.org/10.1590/S0102-01881998000100008.
GUNTHERT, A. Le sourire photographique, ou les révolutions du portrait expressif. Le carnet de recherches d’André Gunthert [Website]. Publicado em: 5 abr. 2017. Disponível em: https://imagesociale.fr/4275. Acesso em: 9 set. 2019.
MACHADO, Maria H. P.T.; Schwarcz , L.M.(orgs.). Emancipação, Inclusão e Exclusão: desafios do passado e do presente. São Paulo: Edusp, 2018.
MAUAD, Ana Maria. As fronteiras da cor: imagem e representação social na sociedade escravista imperial. Locus – Revista de História, v. 6 n. 2 (2000): História e Leituras. Disponível em: https://periodicos.ufjf.br/index.php/locus/article/view/20515. Acesso em: 9 set. 2019.
MUAZE, Mariana de Aguiar Ferreira. Violência apaziguada: escravidão e cultivo do café nas fotografias de Marc Ferrez (1882-1885). Rev. Bras. Hist., São Paulo , v. 37, n. 74, p. 33-62, Jan. 2017 . Available from <http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0102-01882017000100033&lng=en&nrm=iso>. access on 01 Sept. 2020. Epub Apr 27, 2017. https://doi.org/10.1590/1806-93472017v37n74-02.
RANCIÈRE, Jacques. A partilha do sensível. São Paulo: Editora 34, 2000.
RODRIGUES Filho, M. O negro no futebol brasileiro. Rio de Janeiro: Mauad, 1994.
Downloads
Publicado
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2021 Revista Estudos Históricos
![Creative Commons License](http://i.creativecommons.org/l/by/4.0/88x31.png)
Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution 4.0 International License.