Um Tolstoi Africano
André Rebouças e um outro Ocidente (1889-1898)
Palavras-chave:
André Rebouças, Liév Tolstoi, África, escrita de si, exílio, identidade racialResumo
Este artigo tem como objetivo problematizar a escrita de si de André Rebouças durante seu período de exílio
na Europa e na África, entre 1889 e 1898. Por meio da análise de sua correspondência ativa no período,
pretende-se interpretar sua autocompreensão como um “Tolstoi Africano”, vista como expressão de uma
dupla consciência enquanto intelectual ocidental e negro no final do século XIX, como proposto por Paul
Gilroy (2001: 33-39) no primeiro ensaio do livro The Black Atlantic (1993). O artigo propõe-se a compreender
em que aspectos a mobilização do pensamento de Tolstoi a partir do final dos anos 1880 se relaciona com
a redefinição de seu pensamento racial e lhe permite transitar, em base universalista e cristã, para um pensamento
crítico da modernidade liberal.
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