Arquivos pessoais e redes sociais

o Twitter construído como documento histórico

Autores

  • Alesson Ramon Rota Programa de Pós-Graduação em História da Universidade Estadual de Campinas – Campinas, SP, Brasil
  • Thiago Nicodemo Universidade Estadual de Campinas – Campinas, SP, Brasil

Resumo

Este texto visa discutir as implicações do Twitter, construído para ser um documento histórico. Para isso, balizaremos os argumentos nas discussões sobre arquivos públicos e pessoais, bem como as novas demandas do universo digital, no qual entendemos que esses dados são de natureza pessoal, mas se tornam públicos no Twitter. Compreende-se que os dados cedidos à plataforma precisam ser arquivados para se configurarem como documentos históricos. Por isso, buscou-se demonstrar como é formado um arquivo do Twitter para pesquisa em história e formas de análise, construindo a evidência a partir do episódio de ataques às sedes dos Três Poderes, em 8 de janeiro de 2023.

Biografia do Autor

Alesson Ramon Rota, Programa de Pós-Graduação em História da Universidade Estadual de Campinas – Campinas, SP, Brasil

Doutorando em História pela Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), com financiamento da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (FAPESP); mestre em História pela Unicamp e bacharel em História pela Universidade Federal do Rio Grande (FURG), com período sanduíche na Universidade de Coimbra. Pesquisador visitante na Universidade Livre de Berlim; colaborador nos laboratórios de pesquisa CHD-Unicamp e Gumelab-FU. Vencedor, em 2016, do prêmio de monografia da Sociedade Brasileira de Teoria e História da Historiografia (SBTHH). Membro dos grupos de pesquisa Núcleo História e Linguagens Políticas: Razão, Sentimentos e Sensibilidades e Historiografias Periféricas em Perspectiva Global. Desenvolve conteúdo de divulgação científica em humanistasdigitais.com

Thiago Nicodemo, Universidade Estadual de Campinas – Campinas, SP, Brasil

Coordenador do Arquivo Público do Estado de São Paulo; presidente da Comissão Estadual de Acesso à
Informação (CEAI); professor de Teoria da História da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) e responsável pelo Centro de Humanidades Digitais do Instituto de Ficlosofia e Ciências Humanas (Unicamp). Doutor e mestre em História Social pela Universidade de São Paulo (USP); bacharel em História pela USP e em Direito pela Pontifícia Universidade de São Paulo (PUCSP). Autor de Urdidura do vivido (Edusp, 2008), Alegoria moderna (Editora Unifesp, 2014) e de Uma introdução à historiografia brasileira, 1870-1970 (com Pedro A. C. dos Santos e Mateus Pereira, Editora FGV, 2018). Dedica-se à gestão de dados governamentais, a políticas de acesso aberto à informação, à ciência e preservação digital,
além de manter as linhas de pesquisa em arquivos e sobre a historiografia em escala global

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Publicado

2023-05-19