Como os desembargadores reagem a derrotas?

Autores

  • Mateus Morais Araújo Universidade Federal de Minas Gerais, Belo Horizonte, Minas Gerais, Brasil
  • Lucas Fernandes de Magalhães Universidade Federal de Minas Gerais, Belo Horizonte, Minas Gerais, Brasil

Palavras-chave:

Comportamento judicial, deferência, Tribunal de Justiça, teoria atitudinal, teoria estratégica

Resumo

Como os desembargadores minoritários reagem a derrotas? Os desembargadores mantêm seus entendimentos iniciais, a despeito de serem derrotados pela maioria, ou deferem em algumas ocasiões para a maioria, abrindo mão de suas decisões iniciais, com a finalidade de maximizar certos objetivos? A partir de uma base de dados original contendo uma amostra de acórdãos do Tribunal de Justiça de São Paulo e do Tribunal de Justiça do Rio Grande do Sul, observou-se que, dos 30 desembargadores analisados, 24 se afastaram do seu posicionamento inicial em pelo menos uma decisão, e que, dos 233 votos contabilizados, 86 foram deferentes. Além disso, a partir de um modelo de regressão logística, foram identificados três fatores que contribuem para o aumento da chance de o desembargador deferir para a maioria, afastando-se do seu posicionamento inicial: 1) oposições majoritárias estáveis; 2) assumir a função de vogal no julgamento (vs. relator); 3) ingressar no tribunal através de promoção na carreira (vs. Quinto Constitucional).

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Publicado

2022-01-07

Edição

Seção

Artigos