Apropriação e racionalidade nas práticas organizativas de grupos de hip hop em Porto Alegre: uma análise desde a perspectiva de Guerreiro Ramos

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Guilherme Dornelas Camara
Sueli Goulart
Rafaela Mendes Reinehr

Resumo

Este artigo discute as práticas de organização de grupos de hip hop de Porto Alegre, no sul do Brasil, à medida que se apropriam da experiência estrangeira e racionalmente guiam a sua ação social. Os autores propõem a investigação das práticas com base nas formulações do sociólogo brasileiro Alberto Guerreiro Ramos, como enunciadas nas obras: A Redução Sociológica e A Nova Ciência das Organizações. Tal abordagem oferece matéria fecunda para a teoria e pode ser subsidiária para este tipo de estudo sociocultural, explicando a sua pertinência na área. Nesse sentido, o movimento hip hop pode ser tomado como um objeto valioso para a compreensão dos fenômenos que, em virtude de (e apesar de) serem originalmente transnacionais, ou mesmo "estrangeiros", agem e interagem mundialmente. A análise das práticas organizacionais e a ação social desses grupos tornaram possível também a identificação de uma preocupação com a produção de artefatos culturais, que representam e formam uma simbologia que é histórica e culturalmente situada. Outro tema abordado diz respeito ao mercado, pois, para esses grupos, ele não é uma categoria ausente em suas lutas e ações, no entanto os critérios econômicos são incidentais em relação à motivação dos seus membros.

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Como Citar
Camara, G. D., Goulart, S., & Reinehr, R. M. (2010). Apropriação e racionalidade nas práticas organizativas de grupos de hip hop em Porto Alegre: uma análise desde a perspectiva de Guerreiro Ramos. Cadernos EBAPE.BR, 8(2), 209 a 225. Recuperado de https://periodicos.fgv.br/cadernosebape/article/view/5152
Seção
Artigos