Migrantes cortadores de cana-de-açúcar no Paraná: práticas cotidianas e processos de territorialização em meio ao trabalho precário

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Luana Furtado Vilas Boas
Elisa Yoshie Ichikawa

Resumo

Partindo da perspectiva de Michel de Certeau sobre o estudo do cotidiano, buscamos compreender neste artigo como ocorrem as práticas cotidianas de territorialização de trabalhadores alagoanos, cortadores de cana-de-açúcar, que, em meio ao trabalho precário, migram para trabalhar em usinas no Paraná. Adotamos o método da história de vida para a coleta de dados, realizando entrevistas com sete trabalhadores migrantes. Realizamos a análise tendo por base as narrativas dos entrevistados. Por meio de um recorte analítico e num diálogo constante com as teorias utilizadas, procuramos apreender suas ações cotidianas de territorialização. A análise permitiu identificar o quanto o cotidiano desses sujeitos é repleto de lutas, além de divisões territoriais, com movimentos constantes de aproximações e distanciamentos, divergências e convergências. Assim, em meio ao conformismo e às resistências, observamos um emaranhado na formação de redes, nas relações sociais, nas práticas de conveniências, táticas e estratégias, que permitiram a ressignificação daquele novo espaço e da construção da territorialização desses trabalhadores.

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Como Citar
Vilas Boas, L. F., & Ichikawa, E. Y. (2020). Migrantes cortadores de cana-de-açúcar no Paraná: práticas cotidianas e processos de territorialização em meio ao trabalho precário. Cadernos EBAPE.BR, 18(1), 172–183. https://doi.org/10.1590/1679-395174719
Seção
Artigos
Biografia do Autor

Luana Furtado Vilas Boas, Universidade Estadual de Maringá

Mestre em Administração pela Universidade Estadual de Maringá

Elisa Yoshie Ichikawa, Universidade Estadual de Maringá

Professora da Universidade Estadual de Maringá. Mestre em Administração e Doutora em Engenharia de Produção pela UFSC. Realizou estágio pós-doutoral no CEPEAD/UFMG