Agridoce: cozinhas profissionais pós-coloniais na pós-modernidade

Conteúdo do artigo principal

Carlos Henrique Gonçalves Freitas
https://orcid.org/0000-0002-9536-3693
Cintia Rodrigues
https://orcid.org/0000-0001-7999-9002
Valdir Machado Valadão Junior
https://orcid.org/0000-0001-7930-8056

Resumo

A desigualdade é uma questão histórica no Brasil, uma herança de injustiças sociais, econômicas, políticas e jurídicas emaranhadas e interdependentes. Este artigo é um resumo de uma abrangente pesquisa sobre cozinhas de restaurantes finos na cidade de Uberlândia, grande polo econômico e migratório na região central do Brasil, buscando expor instâncias de desigualdades replicadas em suas organizações. O presente trabalho faz um estudo crítico do desdobramento dos diálogos entre as perspectivas dos funcionários desses estabelecimentos, a partir de suas contextos socioculturais, e as perspectivas e particularidades das organizações, usando as noções de medievalidade, cidade global e paisagem alimentar como categorias de análise, com considerações adicionais em estudos de organização, pós-colonialismo e pós-modernidade. O material empírico do corpus de pesquisa foi coletado por meio do acompanhamento de chefs em dois desses restaurantes e, em seguida, analisado à luz dessas categorias e considerações. O trabalho revela que os funcionários, as organizações, e seus contextos reproduzem símbolos, comportamentos e representações que podem ser fontes de distinção social para seus clientes, mas, paradoxalmente, podem também reforçar as desigualdades que motivaram a pesquisa.

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Como Citar
Freitas, C. H. G., Rodrigues, C., & Valadão Junior, V. M. (2020). Agridoce: cozinhas profissionais pós-coloniais na pós-modernidade. Cadernos EBAPE.BR, 18(Especial), 807–820. https://doi.org/10.1590/1679-395120190049
Seção
Artigos

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