Ciudad, encarcelamiento y violencia: una geografía de la supervivencia de los negros para los estudios organizacionales

Contenido principal del artículo

Luís Fernando Silva Andrade
https://orcid.org/0000-0001-9963-2048
Ana Flávia Rezende
https://orcid.org/0000-0002-1926-0174

Resumen

El objetivo de este artículo es proponer desarrollos entre la formación socioespacial como manifestación del racismo estructural, con el encarcelamiento masivo y la violencia contra la población negra, en una geografía de la supervivencia que puede traer aportes para el giro espacial en los estudios organizacionales. Partimos de una consideración sobre espacio social, ciudad y raza que indica que el derecho de hombres y mujeres negros a habitar y vivir en la ciudad está fuertemente afectado por el racismo estructural, por lo tanto, no se cuestiona “¿cómo se da la estructura de la vida cotidiana en la ciudad?” sino “¿cómo es posible que los negros vivan en la ciudad?”. La literatura sobre raza y ciudad indica la existencia de áreas blandas, áreas duras y espacios negros. El encarcelamiento masivo y la violencia contra hombres y mujeres negros ‒también expuesta en los datos sobre abordajes policiales‒ se remontan a la historia de la esclavitud, elemento constitutivo de las ciudades en la clasificación de la corporeidad, factor limitante para que la población negra pueda apropiarse y participar del destino de la ciudad, por lo que una perspectiva espacial de las relaciones raciales en la ciudad denota cómo se produce hoy el espacio urbano.

Descargas

Los datos de descargas todavía no están disponibles.

Métricas

Cargando métricas ...

Detalles del artículo

Cómo citar
Andrade, L. F. S., & Rezende, A. F. (2023). Ciudad, encarcelamiento y violencia: una geografía de la supervivencia de los negros para los estudios organizacionales. Cadernos EBAPE.BR, 21(2), e2022–0122. https://doi.org/10.1590/1679-395120220122
Sección
Artículos

Citas

Almeida, S. L. (2020). Racismo estrutural. São Paulo, SP: Jandaíra.

Bernardino-Costa, J., Maldonado-Torres, N., & Grosfoguel, R. (2020). Introdução: decolonialidade e pensamento afrodiaspórico. In J. Bernardino-Costa, N. Maldonado-Torres, & R. Grosfoguel (Orgs.), Decolonialidade e pensamento afrodiaspórico (pp. 9-26). Belo Horizonte, MG: Autêntica.

Borges, J. (2020). Encarceramento em massa. São Paulo, SP: Jandaíra.

Cerqueira, D., & Coelho, D. (2017). Democracia racial e homicídios de jovens negros na cidade partida. Brasília, DF: IPEA.

Correia, A., Coelho, C., & Salles, L. (2018, outubro 11). Cidade interseccional: o direito à cidade nas perspectivas de gênero e raça. Observatório das Metrópoles. Recuperado de https://www.observatoriodasmetropoles.net.br/o-direito-cidade-nas-perspectivas-de-genero-e-raca/

Costa, A. C. S., & Arguelhes, D. O. (2008). A higienização social através do planejamento urbano de Belo Horizonte nos primeiros anos do século XX. Universitas Humanas, 5(1), 109-137. Recuperado de https://doi.org/10.5102/univhum.v5i1.878

Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos. (2019). A inserção da população negra no mercado de trabalho. Brasília, DF: Autor. Recuperado de https://www.dieese.org.br/analiseped/negros.html

Fanon, F. (2008). Pele negra, máscaras brancas. Salvador, BA: EDUFBA.

Ferreira, D. C., & Ratts, A. (2016). Geografia da diferença: diferenciações socioespaciais e raciais. Revista GeoAmazônia, 4(7), 97-105.

Folha de S. Paulo. (2020, novembro 20). Fotografia: casos de violência contra negros no Brasil e nos EUA. Recuperado de https://fotografia.folha.uol.com.br/galerias/1683909191170285-casos-de-violencia-contra-negros-no-brasil-e-nos-eua

Fórum Brasileiro de Segurança Pública. (2020). Anuário Brasileiro de Segurança Pública. São Paulo, SP: Autor. Recuperado de https://forumseguranca.org.br/wp-content/uploads/2020/10/anuario-14-2020-v1-interativo.pdf

Frehse, F. (2013). O espaço na vida social: uma introdução. Estudos Avançados, 27(79), 69-74. Recuperado de https://doi.org/10.1590/S0103-40142013000300006

Frehse, F., & O’Donnell, J. (2019). Quando espaços e tempos revelam cidades. Tempo Social, 31(1), 1-9. Recuperado de https://doi.org/10.11606/0103-2070.ts.2019.153111

Geledés. (2015, junho 01). Após passar 3 anos preso injustamente, ser estuprado e contrair HIV na cadeia, ex-pedreiro ainda luta por indenização. Recuperado de https://www.geledes.org.br/apos-passar-3-anos-preso-injustamente-ser-estuprado-e-contrair-hiv-na-cadeia-ex-pedreiro-ainda-luta-por-idenizacao/

Gomes, N. L. (2019). O movimento negro educador: saberes construídos nas lutas por emancipação. Petrópolis, RJ: Vozes.

Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. (2020). Desigualdades sociais por cor ou raça no Brasil. Recuperado de https://biblioteca.ibge.gov.br/visualizacao/livros/liv101681_informativo.pdf.

Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada. (2020). Atlas da violência 2020. Rio de Janeiro, RJ: Autor. Recuperado de https://www.ipea.gov.br/atlasviolencia/download/24/atlas-da-violencia-2020

Instituto Ethos. (2016). Perfil social, racial e de gênero das 500 maiores empresas do Brasil e suas ações afirmativas. São Paulo, SP: Autor. Recuperado de https://issuu.com/institutoethos/docs/perfil_social_tacial_genero_500empr

Kilomba, G. (2019). Memórias da plantação: episódios de racismo cotidiano. Rio de Janeiro, RJ: Cobogó.

Lacerda, D. S. (2015). Overcoming dichotomies through space: the contribution of dialectical materialism to organization studies. Organizações & Sociedade, 22(73), 223-36. Recuperado de https://doi.org/10.1590/1984-9230732

Leandro, G. (2019, junho 12). Direito à cidade e questões raciais. Coletiva, 24, 1-10. Recuperado de https://www.coletiva.org/dossie-direito-a-cidade-n24-artigo-direito-a-cidade-e-questoes-raciai

Lei nº 11.343, de 23 de agosto de 2006. (2006). Institui o Sistema Nacional de Políticas Públicas sobre Drogas - Sisnad; prescreve medidas para prevenção do uso indevido, atenção e reinserção social de usuários e dependentes de drogas; estabelece normas para repressão à produção não autorizada e ao tráfico ilícito de drogas; define crimes e dá outras providências. Brasília, DF. Recuperado de http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2004-2006/2006/lei/l11343.htm

Mac-Allister, M. (2004). A cidade no campo dos estudos organizacionais. Organizações & Sociedade, 11(Especial), 171-81. Recuperado de https://doi.org/10.1590/1984-9110012

Mastrodi, J., & Batista, W. M. (2018). O dever de cidades includentes em favor das mulheres negras. Revista de Direito da Cidade, 10(2), 862-886. Recuperado de https://doi.org/10.12957/rdc.2018.31664

Mbembe, A. (2018). Necropolítica: biopoder, soberania, estado de exceção, política da morte. São Paulo, SP: N-1 Edições.

Mccann, E. J. (1999). Race, protest, and public space: contextualizing Lefebvre in the U. S. City. Antipode, 31(2), 163-184. Recuperado de https://doi.org/10.1111/1467-8330.00098

Mitchell, D., & Heynen, N. (2009). The geography of survival and the right to the city: speculations on surveillance, legal innovation, and the criminalization of intervention. Urban Geography, 30(6), 611-632. Recuperado de https://doi.org/10.2747/0272-3638.30.6.611

Moura, C. (2019). Sociologia do negro brasileiro (2a ed.). São Paulo, SP: Perspectiva.

Morales, A. (1991). Blocos negros em Salvador: reelaboração cultural e símbolos de baianidade. Caderno CRH, 4, 72-92. Recuperado de https://doi.org/10.9771/ccrh.v4i0.18844

Munanga, L. (2020). Negritude: usos e sentidos (4a ed., 2a reimp.). Belo Horizonte, MG: Autêntica.

Naidin, S. (2020, outubro). Letalidade policial: problema ou projeto? (Boletim Segurança e Cidadania, 27). Rio de Janeiro, RJ: Centro de Estudos de Segurança e Cidadania.

Nogueira, A. M. R. (2018). A construção conceitual e espacial dos territórios negros no Brasil. Revista de Geografia, 35(Especial), 204-218. Recuperado de https://doi.org/10.51359/2238-6211.2018.234423

O Rappa. (1994). Todo camburão tem um pouco de navio negreiro. Rio de Janiero, RJ: Warner Music Brasil.

Panta, M. (2020). População negra e o direito à cidade: interfaces entre raça e espaço urbano no Brasil. Acervo, 33(1), 79-100.

Pimentel, A., & Barros, B. W. (2020). As prisões no Brasil: espaços cada vez mais destinados à população negra do país. In Fórum Brasileiro de Segurança Pública (Org.), Anuário Brasileiro de Segurança Pública (pp. 306-307). São Paulo, SP: FBSP. Recuperado de https://forumseguranca.org.br/wp-content/uploads/2020/10/anuario-14-2020-v1-interativo.pdf

Ramos, S., Silva, P. P., Silva, I., & Francisco, D. (2022). Negro trauma: racismo e abordagem policial no Rio de Janeiro. Rio de Janeiro, RJ: CESeC.

Raul, J. M. (2015). Mulheres negras, movimentos sociais e direito à cidade: uma perspectiva para as políticas públicas. Revista Eletrônica de Estudos Urbanos e Regionais, 22(6), 46-53.

Rolnik, R. (1989). Territórios negros nas cidades brasileiras: etnicidade e cidade em São Paulo e Rio de Janeiro. 1989. Recuperado de https://raquelrolnik.files.wordpress.com/2013/04/territc3b3rios-negros.pdf

Rosa, A. R. (2014). Relações raciais e estudos organizacionais no Brasil. Revista de Administração Contemporânea, 18(3), 240-260. Recuperado de https://doi.org/10.1590/1982-7849rac20141085

Sansone, L. (1996). Nem somente preto ou negro: o sistema de classificação racial no Brasil que muda. Afro-Ásia, 18, 165-187. Recuperado de https://doi.org/10.9771/aa.v0i18.20904

Santos, R. E. (2012). Sobre espacialidades das relações raciais: raça, racialidade e racismo no espaço urbano. In Santos, R. E. (Org.). Questões urbanas e racismo (pp. 36-67). Brasília, DF: ABNP.

Saraiva, L. A. S. (2019). Os estudos organizacionais e as cidades. In L. A. S. Saraiva, & A. G. Enoque (Orgs.), Cidades e estudos organizacionais: um debate necessário (pp. 21-74). Ituiutaba, MG: Barlavento.

Saraiva, L. A. S., & Carrieri, A. P. (2012). Organização-cidade: proposta de avanço conceitual a partir da análise de um caso. Revista de Administração Pública, 46(2), 547-76. Recuperado de https://doi.org/10.1590/S0034-76122012000200010

Simas, L. A. (2020). Vadeia Clementina! In L. A. Simas, L. Rufino, & R. Haddock-Lobo (Eds.), Arruaças: uma filosofia popular brasileira. Rio de Janeiro, RJ: Bazar do Tempo.

Simas, L. A. & Rufino, L. (2018). Fogo no mato: a ciência encantada das macumbas. Rio de Janeiro, RJ: Mórula.

Sodré, M. (2019). O terreiro e a cidade: a forma social negro-brasileira (3a ed.). Rio de Janeiro, RJ: Mauad X.

Stabile, A. (2020, maio 14). Condenada sem provas, Bárbara Querino é absolvida pela segunda vez. El País. Recuperado de https://brasil.elpais.com/brasil/2020-05-14/condenada-sem-provas-barbara-querino-e-absolvida-pela-segunda-vez.html

Teixeira, J. (2021). Trabalho doméstico. São Paulo, SP: Jandaíra.