MBAs: cinco discursos em busca de uma nova narrativa
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Resumen
A indústria do management evoluiu significativamente no Brasil, desde os anos 1990, disseminando ideias e modelos de gestão. O fenômeno despertou o interesse de pesquisadores, que desenvolveram estudos sobre seus “pilares”: as empresas de consultoria, a mídia de negócios, os gurus de gestão e as escolas de negócios – este último, objeto de estudo neste trabalho. Nas últimas décadas, multiplicaram-se no Brasil os programas de pós-graduação em formação gerencial: os chamados MBAs. Nos Estados Unidos e na Europa, tais programas têm sido alvo de escrutínio e de estudos científicos de natureza reflexiva e crítica. No Brasil, entretanto, poucos estudos foram realizados a respeito. Este artigo almeja preencher essa lacuna. Para isso, identificamos e apresentamos os discursos mais salientes produzidos sobre tais cursos: o discurso da crítica instrumental, o discurso da defesa instrumental, o discurso crítico de emancipação e o discurso da redenção da mídia de negócios. Além disso, também apresentamos o discurso dos alunos. Para isso, realizamos uma pesquisa com alunos de três programas brasileiros e captamos suas percepções. Concluímos que MBA pode ser visto como um campo institucional aberto, no qual diferentes agentes empregam distintas estratégias discursivas, de acordo com suas perspectivas ontológicas e seus interesses. Observamos que há pouca interação ou disputa direta entre os discursos. Entretanto, podemos identificar elementos para uma renovação da “narrativa do MBA”. A nova narrativa tem como personagem um indivíduo socialmente consciente e responsável, dotado de uma ambição de mudança pessoal e profissional e que aspira a uma posição sênior de liderança ou, alternativamente, o empreendedorismo. Esse indivíduo passa por experiências que unem teoria e prática, que compreendem contextos culturais diversos e o desenvolvimento de uma visão crítica sobre as organizações e a atividade gerencial.
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