La dignidad del trabajo y la economía social en Portugal

Contenido principal del artículo

Pedro Hespanha
https://orcid.org/0000-0001-5764-5940

Resumen

El artículo tiene como objetivo un análisis sociológico de la forma en que la economía social en Portugal estructura las relaciones laborales. Al definirse como una economía centrada en las personas y no en el capital, la economía social reclama un papel activo en la búsqueda de la justicia social y del trabajo digno para todos, contribuyendo a la democratización de la economía. Sin embargo, la enorme diversidad de formas a través de las cuales se presenta requiere un análisis más detallado de las relaciones laborales dentro de cada una de estas formas y también una atención particular a la diversidad de contextos en los que se desarrollaron. Por razones pragmáticas, el análisis se centra solo en las organizaciones de la economía social y no en las de la economía social y solidaria, ya que hay mucha información al respecto, y representan un sector muy relevante en la sociedad portuguesa, debido a su función, capacidad de empleo y dinamismo. La metodología utilizada combina información proveniente de estudios cualitativos con resultados de encuestas realizadas a organizaciones. La conclusión revela la existencia de una serie de dificultades para reconocer la igual dignidad en el trabajo de asociados y contratados: por un lado, debido a un doble proceso de inserción adversa de las organizaciones en la economía de mercado y su institucionalización a través de políticas de Estado; y por otro, por un uso excesivo e indigno del trabajo asalariado en el desempeño de las tareas de las organizaciones, sin participación ni incentivo alguno en su gestión.

Descargas

Los datos de descargas todavía no están disponibles.

Métricas

Cargando métricas ...

Detalles del artículo

Cómo citar
Hespanha, P. (2024). La dignidad del trabajo y la economía social en Portugal. Cadernos EBAPE.BR, 22(3), e2023–0027. https://doi.org/10.1590/1679-395120230027
Sección
Artículos

Citas

Barreto, J. (1977). Empresas industriais geridas pelos trabalhadores. Análise Social, 13(51), 681-717. http://www.jstor.org/stable/41008244

Capucha, L. (2021). Estudo de caracterização do movimento mutualista em Portugal. União das Mutualidades Portuguesas.

Carvalho, T. (2022). As organizações mutualistas na sociedade portuguesa no século XXI. União das Mutualidades Portuguesas.

Comité Económico e Social Europeu. (2016). Parecer exploratório sobre a mutação das relações laborais e respetivo impacto na manutenção de um salário digno, e repercussões da evolução tecnológica no sistema de segurança social e no direito do trabalho. SOC/533 – EESC-2016-00137-00-00-AC-TRA.

Fauquet, G. (1979). O setor cooperativo. Livros Horizonte.

França, G., Filho, & Eynaud, P. H. (2020). Solidariedade e organizações: pensar uma outra gestão. EDUFBA.

Hespanha, P. (2000). Entre o Estado e o mercado: as fragilidades das instituições de proteção social em Portugal. Quarteto.

Hespanha, P. (2019). Why is solidarity-type social enterprise invisible in Portugal? In P. Eynaud, J.-L. Laville, L. Santos, S. Banerjee, F. Avelino, & L. Hulgård (Orgs.), Theory of social enterprise and pluralism. Social movements, solidarity economy, and the global south. Routledge.

Instituto Nacional de Estatística, & Cooperativa António Sérgio para a Economia Social. (2016). Conta Satélite da Economia Social 2016 / Inquérito ao Trabalho Voluntário 2018 (Coleção de Estudos de Economia Social, 10). https://base.socioeco.org/docs/livro-conta-satelite-voluntariado.pdf

Instituto Nacional de Estatística, & Cooperativa António Sérgio para a Economia Social. (2020). Inquérito ao setor da economia Social 2018. https://www.ine.pt/xurl/pub/450307417

Laville, J.-L. (2018). Economia social e solidária: práticas, teorias e debates. Almedina.

Monteiro, A. (2020). Sindicalismo e economia social. In J. Pitacas, & L. Reto (Org.), A economia social numa visão plural. CEEPS.

Mothé, D. (2009). Autogestão. In A. D. Cattani, J.-L. Laville, L. I. Gaiger, & P. Hespanha (Orgs.), Dicionário internacional da outra economia. Almedina.

Namorado, R. (2013). O mistério do cooperativismo: da cooperação ao movimento cooperativo. Almedina.

Piccinini, V. (2005). Cooperativas de trabalho de Porto Alegre e flexibilização do trabalho (Socius Working Papers, nº 8). Universidade Técnica de Lisboa. https://www.repository.utl.pt/bitstream/10400.5/2023/1/wp200508.pdf

Quelhas, A. (2001). A refundação do papel do Estado nas políticas sociais. Almedina.

Santo, J. E., & Faria, P. (2022, janeiro 09). Os trabalhadores e as trabalhadoras das IPSS. Esquerda. https://www.esquerda.net/dossier/os-trabalhadores-e-trabalhadoras-das-ipss/78748

Santos, E. (2020). Os desafios à organização e gestão das mutualidades durante a vigência do I Código das Associações Mutualistas (1990-2018). Instituto Politécnico de Santarém.

Santos, M., Lima, M., & Ferreira, V. (1976). O 25 de abril e as lutas sociais nas empresas. Afrontamento.

Singer, P. (2002). A recente ressurreição da economia solidária no Brasil. In B. S. Santos (Org.), Produzir para viver: os caminhos da produção capitalista. Civilização Brasileira.

Spognardi, A. (2019). The rise and fall of industrial self-management in Portugal: a historical institutionalist perspective. Journal of Labor and Society, 22(3), 589-605. https://doi.org/10.1111/wusa.12400

Tiriba, L. (2009). Saberes do trabalho associado: a autogestão no contexto do movimento popular de 25 de abril, em Portugal. In Anais do 27º Congreso de la Asociación Latinoamericana de Sociología, Buenos Aires, Argentina.

União das Mutualidades Portuguesas. (2023). As mutualidades portuguesas 2023. https://mutualismo.pt/portal/anexos/noticias/docs/3475/brochura_anual_ump.pdf

Varela, R., & Rajado, A. (2018). Prólogo II: quem precisa de patrões? In L. Tiriba, M. Faria, & H. Novaes (Orgs.), Cenários da autogestão em Portugal: o processo revolucionário em curso (1974-1975). Navegando Publicações.