Governança ambiental e o legado de Sergio Trindade
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Resumo
Recentemente a ciência tem sofrido múltiplos ataques. A luta contra dogmas e “achismos” no tatame da opinião pública tem sido dura e, muitas vezes, ineficaz. Talvez por isso façam tanta falta pessoas cujo trabalho evidencie a relevância de um debate fundamentado, com perspectivas visionárias e impactos significativos. Uma dessas pessoas foi Sergio Trindade, brasileiro que, em março último, se tornou uma das primeiras vítimas da Covid-19 nos Estados Unidos. Sergio atuou de forma pioneira em defesa da causa ambiental, com destaque para a questão da governança. Trabalhou na preparação da Conferência das Nações Unidas sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento (Rio-92) e participou da elaboração da Agenda 21, um plano de ações para o desenvolvimento sustentável elaborado a partir da conferência. Por esses esforços, foi convidado a integrar o Intergovernmental Panel on Climate Change (IPCC) e, em 2007, tornou-se um dos agraciados com o Prêmio Nobel da Paz, concedido aos cientistas do painel e a Al Gore pela contribuição para a conscientização global sobre a importância e a gravidade das mudanças climáticas. Mas suas ações para o desenvolvimento e a sustentabilidade do planeta vão além. Os esforços de Sergio nessa área foram marcantes e geraram resultados efetivos. Neste artigo, procuramos resgatar sua trajetória pessoal e profissional e suas contribuições, especialmente a partir de depoimentos de colegas e amigos que conviveram com ele. Acreditamos que seu legado precisa ser não apenas lembrado, mas também praticado e levado adiante, especialmente frente aos recentes ataques à ciência e à sua sentida e prematura ausência.
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