A BNCC e a seção da Educação Infantil
traduções das políticas curriculares
Palavras-chave:
BNCC; Educação Infantil; Ciclo de Políticas; Contexto de influência; Contexto de produção.Resumo
O presente artigo objetiva apresentar uma tradução das políticas curriculares tendo como objeto de análise o documento intitulado Base Nacional Comum Curricular (BNCC), particularmente a seção da Educação Infantil. A tradução é orientada pela abordagem do Ciclo de Políticas de Stephen J. Ball e Richard Bowe e conta com outras contribuições críticas, como as que se referem às políticas curriculares; às críticas acerca da construção e do documento aprovado como BNCC; e às críticas específicas da seção da Educação Infantil na BNCC. Na análise proposta, verificaram-se tensões, contradições e disputas políticas e pedagógicas.
Referências
ABRAMOWICZ, A.; TEBET, G. G. C. Educação Infantil: um balanço a partir do campo das diferenças. Pro-posições. v. 28, suppl.1, p. 182-203, 2017.
ALMEIDA, K. W. C. de; RODRIGUES, C. M. L. O MIEIB e a política da Educação Infantil. Revista Educação em Questão, Natal, v. 58, n. 56, p. 1-21, e- 19670, abr./jun. 2020.
BALL, S. J. Educational reform: a critical and post-structural approach. Buckingham: Open University Press, 1994.
BALL, S. J. Diretrizes políticas globais e relações políticas locais em educação. Currículo sem fronteiras. v. 1, n. 2, p. 99-116, jul./dez., 2001.
BALL, S. J.; BOWE, R. Subject departments and the “implementation” of National Curriculum policy: an overview of the issues. Journal of Curriculum Studies, London, v. 24, n. 2, p. 97-115, 1992.
BRASIL. Constituição da República Federativa do Brasil 1988. Brasília: Senado, 1988.
BRASIL. Lei n. 9.394, de 20 de dezembro de 1996. Estabelece as diretrizes e bases da educação nacional. Diário Oficial da União, Brasília, 23 de dezembro de 1996.
BRASIL. Referencial Curricular Nacional para a Educação Infantil. Brasília: MEC, 1998.
BRASIL. Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação Infantil. Brasília: MEC, 2009.
BRASIL. Lei n. 13.005, de 25 de junho de 2014. Aprova o Plano Nacional de Educação – PNE e dá outras providências. Diário Oficial da União, Brasília, 26 de junho de 2014.
BRASIL. Base Nacional Comum Curricular: educação é a base. Brasília: MEC, 2017.
CAMPOS, R.; BARBOSA, M. C. S. BNC e Educação Infantil. Quais as possibilidades? Revista Retratos da Escola, Brasília, v. 9, n. 17, p. 353-366, jul./dez., 2015.
CAMPOS, R. F.; DURLI, Z.; CAMPOS, R. BNCC e privatização da Educação Infantil: impactos na formação de professores. Revista Retratos da Escola, Brasília, v. 13, n. 25, p. 169-185, jan./maio, 2019.
CORREA, B. C. De que base a Educação Infantil necessita? In: SILVA, F. C. T.; FILHA, C. X. (org.). Conhecimentos em disputa na Base Nacional Comum Curricular. Campo Grande, MS: Editora Oeste, 2019, p. 79-88.
COUTINHO, A. S.; MORO, C. Educação Infantil no cenário brasileiro pós golpe parlamentar: políticas públicas e avaliação. Revista Zero-a-seis, Florianópolis, v. 19, n. 36, p. 349 - 360, jul./dez., 2017.
CUNHA, E.; LOPES, A. C. Base Nacional Comum Curricular: regularidade na dispersão. Investigación Cualitativa, v. 2, p. 23-35, 2017.
DE PAULA, R. M.; MORO, C. Base Nacional Comum Curricular: as implicações para o currículo da Educação Infantil no Estado do Paraná. Olhar de professor, Ponta Grossa, v. 26, p. 1-21, e-20351.013, 2023.
FREITAS, L. C. Os reformadores empresariais da educação e a disputa pelo controle do processo pedagógico na escola. Educação e Sociedade, Campinas, CEDES, v. 35, n. 129, p. 1085-1114, dez., 2014.
LOPES, A. C. Políticas curriculares: continuidade ou mudança de rumos? Revista Brasileira de Educação. Rio de Janeiro/Campinas: ANPEd/Autores Associados. v. 9, nº 26, maio/ago., p. 109-118, 2004.
MACEDO, E. Base Nacional Comum para currículos: direitos de aprendizagem e desenvolvimento para quem? Educ. Soc., Campinas, v. 36, nº. 133, p. 891-908, out.-dez., 2015.
MARQUES, C. M.; PEGORARO, L.; DA SILVA, E. T. Do assistencialismo à Base Nacional Comum Curricular (BNCC): movimentos legais e políticos na Educação Infantil. Revista Linhas. Florianópolis, v. 20, n. 42, p. 255-280, jan./abr., 2019.
MARSIGLIA, A. C. G. et al. A Base Nacional Comum Curricular: um novo episódio de esvaziamento da escola do Brasil. Germinal: Marxismo e Educação em Debate, Salvador, v. 9, n. 1, p. 107-121, abr. 2017.
MONTEIRO, C. C; CASTRO, L. O.; HERNECK, H. R. O silenciamento da Educação Infantil: proposta da Base Nacional Comum Curricular (BNCC). Pedagogia em Ação, Belo Horizonte, v. 10, n. 1 (1 sem. 2018).
OLIVEIRA, I. B.; FRAGELLA, R. C. P. Com que base se faz uma base? Interrogando a inspiração político-epistemológica da Base Nacional Comum Curricular (BNCC). In: SILVA, F. C. T.; FILHA, C. X. (Orgs.). Conhecimentos em disputa na Base Nacional Comum Curricular. Campo Grande, MS: Editora Oeste, 2019, p. 25-34.
SÉGALA, K. de F. A atuação do movimento “Todos pela Educação” na Educação Básica brasileira: do empresariamento ao controle ideológico. Dissertação [Mestrado em Educação]. Universidade Federal de Viçosa, 2019.
SIMÕES, P.; BENGERT, J.; CARVALHO, K.; VIEIRA, C. O Mieib e o enfrentamento às políticas de Educação Infantil neoliberais e conservadoras do pós-golpe no Brasil. Revista Educación, Política y Sociedad, 7(2), 224-247, 2022.
SHIROMA, E. O.; CAMPOS, R. F.; GARCIA, R. M. C. Decifrar textos para compreender a política: subsídios teórico-metodológicos para análise de documentos. Perspectivas. Florianópolis, v. 23, n. 02, p. 427-446, jul./dez., 2005.
SHIROMA, E. O.; MORAES, M. C. C.; EVANGELISTA, O. (Orgs.). Política educacional. 4. ed. Rio de Janeiro: Lamparina, 2007.
SOUZA, G.; MORO, C.; COUTINHO, . S. Base Nacional Comum Curricular: a Educação Infantil existe e insiste. In: SILVA, F. C. T.; FILHA, C. X. (org.). Conhecimentos em disputa na Base Nacional Comum Curricular. Campo Grande, MS: Editora Oeste, 2019, p. 89-106.
Downloads
Publicado
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2023 Odimar Lorenset
Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution 4.0 International License. Autores que publicam nesta revista concordam com os seguintes termos:
- Autores mantém os direitos autorais e concedem à revista o direito de primeira publicação, com o trabalho simultaneamente licenciado sob a Licença Creative Commons Attribution que permite o compartilhamento do trabalho com reconhecimento da autoria e publicação inicial nesta revista.
- Autores têm autorização para assumir contratos adicionais separadamente, para distribuição não-exclusiva da versão do trabalho publicada nesta revista (ex.: publicar em repositório institucional ou como capítulo de livro), com reconhecimento de autoria e publicação inicial nesta revista.
- Autores têm permissão e são estimulados a publicar e distribuir seu trabalho online (ex.: em repositórios institucionais ou na sua página pessoal) a qualquer ponto antes ou durante o processo editorial, já que isso pode gerar alterações produtivas, bem como aumentar o impacto e a citação do trabalho publicado.