Direitos humanos em ação: possibilidades e dificuldades para penetrar no mundo financeiro

Autores

Palavras-chave:

Direitos humanos, Organização das Nações Unidas (ONU), Fundo Monetário Internacional (FMI), dívida soberana, fundos abutres

Resumo

Os fundos abutres atacam Estados endividados, quando suas populações mais vulneráveis sofrem em primeira mão os efeitos da crise. Suas ações contra a Argentina serviram de marco para que o Conselho de Direitos Humanos se envolvesse plenamente no debate sobre questões financeiras que até então eram quase monopolizadas pelo Fundo Monetário Internacional (FMI). Este artigo analisa o diagnóstico e as soluções propostas para o problema desses fundos pelo referido Conselho entre 2014-2015, a fim de mostrar empiricamente as potencialidades e dificuldades da perspectiva dos direitos humanos para penetrar no campo financeiro. Para isso, o trabalho dá conta das condições que possibilitaram a atuação desse Conselho no caso específico e, ao mesmo tempo, da reação que tal atuação despertou por parte dos agentes dominantes desse campo. Argumenta-se que a efetividade do “poder de veto” desses agentes dominantes a iniciativas alternativas à atual ordem financeira, como a analisada, repousa em boa medida no alto grau de concentração material do mercado de dívida soberana em que esses fundos atuam.

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Biografia do Autor

Alejandro Gabriel Manzo, Centro de Investigaciones Jurídicas y Sociales (CIJS), Universidad Nacional de Córdoba, Córdoba, Córdoba, Argentina

Investigador adjunto en Consejo Nacional de Investigaciones Científicas y Técnicas (CONICET). Profesor adjunto en la Facultad de Derecho de la Universidad Nacional de Córdoba (UNC). Doctor en Derecho y Ciencias Sociales (UNC). Magíster en Sociología (UNC). Master of Arts in the Sociology of Law por el Oñati International Institute for the Sociology of Law (IISJ), España.

Publicado

2023-09-04

Edição

Seção

Artigos