Superando os desafios de viver um chamado ocupacional: um estudo com veterinários
Conteúdo do artigo principal
Resumo
O objetivo deste estudo é compreender como indivíduos vivenciam os desafios de viver seu chamado ocupacional. Foi realizada uma pesquisa qualitativa, com o método grounded theory, por meio de entrevistas narrativas. Assim, desenvolvemos uma teoria substantiva que sustenta que um chamado ocupacional pode ser vivenciado sobre diferentes significados construídos pelos trabalhadores – no caso particular, os veterinários pesquisados –, que essas diferentes construções de sentido levam os trabalhadores a vivenciar diferentes emoções e desafios de curto e longo prazo no trabalho, bem como que esses diferentes desafios são superados por distintas estratégias de superação. Assim, este trabalho contribui para a literatura no sentido de romper com a visão tradicional de que ter um chamado ocupacional enseja um significado monolítico em si. Ao contrário, o estudo sugere que diferentes significados relativos a um chamado podem produzir efeitos díspares na trajetória de carreira dos sujeitos.
Downloads
Métricas
Detalhes do artigo
Cadernos EBAPE.BR compromete-se a contribuir com a proteção dos direitos intelectuais do autor. Nesse sentido:
- Adota a licença Creative Commoms BY (CC-BY) em todos os textos que publica, exceto quando houver indicação de específicos detentores dos direitos autorais e patrimoniais;
- Adota software de verificação de similaridade de conteúdo - plagiarismo (Crossref Similarity Check);
- Adota ações de combate ao plagio e má conduta ética, alinhada às diretrizes do Committee on Publication Ethics (COPE).
Mais detalhes do Código de Ética adotado pelo Cadernos EBAPE.BR podem ser visualizados em Normas Éticas e Código de Conduta.
Referências
Allan, B. A., Duffy, R. D., & Collisson, B. (2018). Helping others increases meaningful work: evidence from three experiments. Journal of Counseling Psychology, 65(2), 155-165. Recuperado de https://doi.org/10.1037/cou0000228.
Bardon, T., Brown, A., & Pezé, S. (2017). Identity regulation, identity work and phronesis. Human Relations, 70(8), 940-965. Recuperado de https://doi.org/10.1177/0018726716680724
Bauer, J. A., & Spector, P. E. (2015). Discrete negative emotions and counterproductive work behavior. Human Performance, 28(4), 307-331. Recuperado de https://doi.org/10.1080/08959285.2015.1021040
Baumeister, R. F. (1991). Meanings of life. New York, NY: Guilford Press.
Berg, J. M., Grant, A. M., & Johnson, V. (2010). When callings are calling: crafting work and leisure in pursuit of unanswered occupational callings. Organization Science, 21(5), 973-994. Recuperado de https://doi.org/10.1287/orsc.1090.0497
Carver, C. S. (1998). Resilience and thriving: issues, models, and linkages. Journal of Social Issues, 54(2), 245-266. Recuperado de https://doi.org/10.1111/0022-4537.641998064
Charmaz, K. (2009). A construção da teoria fundamentada: guia prático para análise qualitativa. Porto Alegre, RS: Artmed.
Dik, B. J., Eldridge, B. M., Steger, M. F., & Duffy, R. D. (2012). Development and validation of the calling and vocation questionnaire (CVQ) and brief calling scale (BCS). Journal of Career Assessment, 20(3), 242-263. Recuperado de https://doi.org/10.1177/1069072711434410
Dong, Y., Seo, M. G., & Bartol, K. M. (2014). No pain, no gain: an affect-based model of developmental job experience and the buffering effects of emotional intelligence. Academy of Management Journal, 57(4), 1056-1077. Recuperado de https://doi.org/10.5465/amj.2011.0687
Duffy, R. D., Allan, B. A., Autin, K. L., & Bott, E. M. (2013). Calling and life satisfaction: it’s not about having it, it's about living it. Journal of Counseling Psychology, 60(1), 42-52. Recuperado de https://doi.org/10.1037/a0030635
Duffy, R. D., Allan, B. A., & Bott, E. M. (2012). Calling and life satisfaction among undergraduate students: investigating mediators and moderators. Journal of Happiness Studies, 13(3), 469-479. Recuperado de https://doi.org/10.1007/s10902-011-9274-6
Duffy, R. D., & Dik, B. J. (2013, dezembro). Research on calling: what have we learned and where are we going? Journal of Vocational Behavior, 83(3), 428-436. Recuperado de https://doi.org/10.1016/j.jvb.2013.06.006
Duffy, R. D., Dik, B. J., Douglass, R. P., England, J. W., & Velez, B. L. (2018). Work as a calling: a theoretical model. Journal of Counseling Psychology, 65(4), 423-439. Recuperado de https://doi.org/10.1037/cou0000276
Duffy, R. D., Dik, B. J., & Steger, M. F. (2011, abril). Calling and work-related outcomes: career commitment as a mediator. Journal of Vocational Behavior, 78(2), 210-218. Recuperado de https://doi.org/10.1016/j.jvb.2010.09.013
Duffy, R. D., Douglass, R. P., Autin, K. L., England, J., & Dik, B. J. (2016). Does the dark side of a calling exist? Examining potential negative effects. The Journal of Positive Psychology, 11(6), 634-646. Recuperado de https://doi.org/10.1080/17439760.2015.1137626
Duffy, R. D., & Sedlacek, W. E. (2007). What is most important to students’ long-term career choices: analyzing 10-year trends and group differences. Journal of Career Development, 34(2), 149-163. Recuperado de https://doi.org/10.1177/0894845307307472
Felix, B., & Blulm, L. F. M. (2020). Comparando os impactos da percepção do chamado ocupacional na vida pessoal, profissional e na saúde dos funcionários públicos. Desenvolvimento em Questão, 18(51), 281-296. Recuperado de https://doi.org/10.21527/2237-6453.2020.51.281-296
Felix, B., & Cavazotte, F. (2019, setembro). When a calling goes unanswered: exploring the role of workplace personalizations as calling enactments. Frontiers in Psychology, 10, 1-14. Recuperado de https://doi.org/10.3389/fpsyg.2019.01940
Felix, B., Mello, A., & von Borell, D. (2018). Voices unspoken? Understanding how gay employees co-construct a climate of voice/silence in organisations. The International Journal of Human Resource Management, 29(5), 805-828. Recuperado de https://doi.org/10.1080/09585192.2016.1255987
Felix, B., & Papaleo, J. A. B. (2021). Interpretar o trabalho como um chamado contribui para a empregabilidade ou a atrapalha? Desenvolvimento em Questão, 19(55), 172-188. Recuperado de https://doi.org/10.21527/2237-6453.2021.55.11031
Hall, D. T., & Chandler, D. E. (2005, março). Psychological success: when the career is a calling. Journal of Organizational Behavior, 26(2), 155-176. Recuperado de https://doi.org/10.1002/job.301
Hirschi, A., Keller, A. C., & Spurk, D. (2019). Calling as a double-edged sword for work-nonwork enrichment and conflict among older workers. Journal of Vocational Behavior, 114, 100-111. Recuperado de https://doi.org/10.1016/j.jvb.2019.02.004
Lam, L. W., & Xu, A. J. (2019, julho). Power imbalance and employee silence: the role of abusive leadership, power distance orientation, and perceived organisational politics. Applied Psychology, 68(3), 513-546. Recuperado de https://doi.org/10.1111/apps.12170
Lavoie‐Tremblay, M., Fernet, C., Lavigne, G. L., & Austin, S. (2016, março). Transformational and abusive leadership practices: impacts on novice nurses, quality of care and intention to leave. Journal of Advanced Nursing, 72(3), 582-592. Recuperado de https://doi.org/10.1111/jan.12860
Lee, H. S., Lee, E. S., & Shin, Y. J. (2020). The Role of Calling in a Social Cognitive Model of Well-Being. Journal of Career Assessment, 28(1), 59-75. Recuperado de https://doi.org/10.1177/1069072719825777
Lee, T. W., & Mitchell, T. R. (1994). An alternative approach: the unfolding model of voluntary employee turnover. Academy of Management Review, 19(1), 51-89. Recuperado de https://doi.org/10.2307/258835
Lysova, E. I., Jansen, P. G., Khapova, S. N., Plomp, J., & Tims, M. (2018, fevereiro). Examining calling as a double-edged sword for employability. Journal of Vocational Behavior, 104, 261-272. Recuperado de https://doi.org/10.1016/j.jvb.2017.11.006
Maitlis, S. (2009). Who am I now? Sensemaking and identity in posttraumatic growth. In L. M. Roberts, & J. E. Dutton (Eds.), Exploring Positive Identities and Organizations: Building a Theoretical and Research Foundation. East Sussex, UK: Psychology Press.
Maslach, C., & Leiter, M. P. (2016). Burnout. In G. Fink (Ed.), Stress: Concepts, Cognition, Emotion, and Behavior (Handbook of Stress Series, Vol. 1, pp. 351-357). Cambridge, UK: Academic Press.
Maslach, C., Schaufeli, W. B., & Leiter, M. P. (2001, fevereiro). Job burnout. Annual Review of Psychology, 52(1), 397-422. Recuperado de https://doi.org/10.1146/annurev.psych.52.1.397
Ng, T. W. H., Feldman, D. C., & Lam, S. S. K. (2010). Psychological contract breaches, organizational commitment, and innovation-related behaviors: a latent growth modeling approach. Journal of Applied Psychology, 95(4), 744-751. Recuperado de https://doi.org/10.1037/a0018804
Nunes, F. A. T., & Felix, B. (2019). Viver um chamado ocupacional por meio do empreendedorismo leva à satisfação no trabalho? Revista Pensamento Contemporâneo em Administração, 13(4), 100-115. Recuperado de https://doi.org/10.12712/rpca.v13i4.29004
Obodaru, O. (2017). Forgone, but not forgotten: toward a theory of forgone professional identities. Academy of Management Journal, 60(2), 523-553. Recuperado de https://doi.org/10.5465/amj.2013.0432
Schabram, K., & Maitlis, S. (2017). Negotiating the challenges of a calling: emotion and enacted sensemaking in animal shelter work. Academy of Management Journal, 60(2), 584-609. Recuperado de https://doi.org/10.5465/amj.2013.0665
Silva, A. F. M., Filho, Felix, B., & Mainardes, E. W. (2021). Occupational callings: A double-edged sword for burnout and stress. Estudos de Psicologia (Natal), 26(1), 45-55. Recuperado de http://dx.doi.org/10.22491/1678-4669.20210006
Spreitzer, G., Sutcliffe, K., Dutton, J., Sonenshein, S., & Grant, A. M. (2005). A socially embedded model of thriving at work. Organization Science, 16(5), 537-549. Recuperado de https://doi.org/10.1287/orsc.1050.0153
Weick, K. E., Sutcliffe, K. M., & Obstfeld, D. (2005). Organizing and the process of sensemaking. Organization Science, 16(4), 327-451. Recuperado de https://doi.org/10.1287/orsc.1050.0133