Remuneração e produtividade na Fundação Hospitalar de Minas Gerais: a percepção dos trabalhadores e gerentes

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Mariangela Leal Cherchiglia
Sábado Nicolau Girardi
Leonardo Augusto Cimino Pereira

Resumo

Este artigo analisa como trabalhadores e gerência da Fundação Hospitalar de Minas Gerais perceberam e transformaram a proposta de remuneração condicionada à obtenção de resultados introduzida em 1993. Para o estudo pontual da percepção dos atores foram realizadas entrevistas semi-estrutu-radas com o corpo diretivo e grupos focais multiprofissionais e funcionais de trabalhadores. Esta percepção foi confrontada com os dados obtidos num estudo prévio que identificou as mudanças dos principais indicadores de produção de serviços entre 1992 e 1995. Observa-se que o discurso tanto dos diretores quanto dos trabalhadores é permeado por três questões-chave, sendo duas delas também centrais na teoria principal-agente: a aversão ao risco, a assimetria ou informação incompleta e a participação. Estas ques-tões parecem ser fundamentais para um sucesso duradouro na adoção de uma remuneração flexível. Subestimar o peso desses fatores, especialmente a participação no processo decisório, poderia transformar uma proposta de remuneração condicionada a resultados, como ocorreu no estudo de caso específico, em mera complementação salarial.

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Como Citar
Cherchiglia, M. L., Girardi, S. N., & Pereira, L. A. C. (2000). Remuneração e produtividade na Fundação Hospitalar de Minas Gerais: a percepção dos trabalhadores e gerentes. Revista De Administração Pública, 34(2). Recuperado de https://periodicos.fgv.br/rap/article/view/6271
Seção
Artigos

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