Manutenção e mudanças no Ministério das Relações Exteriores: perfis do corpo diplomático e padrões na carreira

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Rodolfo de Camargo Lima
Amâncio Jorge Silva Nunes de Oliveira

Resumo

O presente trabalho tem como objetivo analisar perfis sociais e padrões de carreira do corpo diplomático bra­sileiro, tendo como parâmetro de comparação e referência o artigo de Zairo B. Cheibub (1989). Em relação aos perfis, notam-se o aumento médio da idade de ingresso, mudança dos nascidos no Rio de Janeiro para São Paulo, sutil alteração em gênero e raça, crescente entrada de formados pela Universidade de São Paulo e a Universidade de Brasília, e a liderança relativa dos bacharéis em direito. Para os padrões na carreira se comparam os tempos de promoção médios à elite diplomática (segundos ministros e embaixadores) entre as categorias sociais e de­mais variáveis institucionais. Apenas as últimas se destacam e o tempo médio de promoção aumenta, em ambas as hierarquias, para aqueles que possuem mais de uma passagem por postos diplomáticos de classes B e C. Já os segundos ministros que foram nomeados para cargos de confiança (DAS) sugerem ter seus tempos de promoção à elite, em média, diminuídos. Ambas as parcelas do trabalho apontam que as manutenções do perfil e dos padrões de carreira superam as mudanças no MRE.

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Como Citar
Lima, R. de C., & Oliveira, A. J. S. N. de. (2018). Manutenção e mudanças no Ministério das Relações Exteriores: perfis do corpo diplomático e padrões na carreira. Revista De Administração Pública, 52(5), 797–821. Recuperado de https://periodicos.fgv.br/rap/article/view/76964
Seção
Artigos