Quais são as percepções e as ações dos profissionais de saúde na atenção básica diante de casos de violência obstétrica?

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Jady Karoline Verissimo Silva
Gabriela Spanghero Lotta
https://orcid.org/0000-0003-2801-1628

Resumo

O presente estudo aborda o âmbito das políticas sociais e da administração pública, mais especificamente a política de saúde para gestantes, com enfoque na problemática da violência obstétrica. O objetivo central foi compreender como as políticas públicas brasileiras, especialmente aquelas relacionadas à Atenção Básica, lidam com relatos e casos de violência obstétrica. Para tanto, foi empregado um método de pesquisa qualitativa, que incluiu revisão bibliográfica, entrevistas semiestruturadas e rodas de conversa com diferentes grupos envolvidos nessa temática, tais como gestores de Unidades Básicas de Saúde, mães/usuárias do Sistema Único de Saúde (SUS) e profissionais atuantes na linha de frente da Atenção Básica, como enfermeiros, Agentes Comunitários de Saúde (ACS) e Burocratas de Nível de Rua (BNR). Por meio da análise dos resultados obtidos, as conclusões foram divididas em dois blocos de apresentação. O primeiro buscou compreender as experiências de parto das usuárias do SUS, abordando as diversas faces das violências e violações ocorridas nesse contexto. O segundo bloco adentrou no âmbito da burocracia e violência, investigando como os profissionais da Atenção Primária, incluindo os Burocratas de Nível de Rua (BNR), estão preparados para lidar com casos de violência obstétrica. 


Dessa forma, a pesquisa em questão busca avançar o entendimento sobre a violência obstétrica, levando em consideração a sua complexidade e as implicações para a saúde e o bem-estar das mulheres. Ao abordar tanto as experiências das usuárias do SUS quanto a capacidade de resposta dos profissionais da Atenção Primária, o estudo pretende contribuir para a promoção de práticas mais humanizadas, baseadas em direitos e livres de violência obstétrica, visando garantir uma maternidade segura e respeitosa para todas as mulheres.

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Seção
PIBIC - Administração Pública