(Des)Fetichização do Produtivismo Acadêmico: Desafios para o Trabalhador-Pesquisador

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Ana Maria Netto Machado
Lucídio Bianchetti

Resumo

O trabalhador-pesquisador reclama fazer mais do que quer ou pode. Critica, porém acata. Análises sobre produtivismo acadêmico responsabilizam, não sem razão, organismos internacionais e nacionais e o sistema vigente. Observam-se, no entanto, mudanças escassas e resignação. Examinamos neste trabalho como se estruturou, a partir do século XIX, a complexa engenharia social que comanda o mundo, com a sobreposição de processos históricos de longa duração e decisivos no Ocidente. Destaca-se o surgimento das ciências humanas e sociais e seus compromissos cedo selados com governos e homens de negócio. A eleição de Educação, Ciência e Tecnologia como centrais para promover progresso econômico e social reduziram a Universidade, predominantemente, à executora e refém, não autônoma. Enquanto é o capital que precisa do conhecimento gerado pelos trabalhadores-pesquisadores para reproduzir-se, estes vivenciam a intensificação e alienação do seu trabalho; tal dependência aponta para o desafio de exercer seu poder.

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Como Citar
MACHADO, A. M. N.; BIANCHETTI, L. (Des)Fetichização do Produtivismo Acadêmico: Desafios para o Trabalhador-Pesquisador. RAE-Revista de Administração de Empresas, [S. l.], v. 51, n. 3, p. 244–254, 2011. Disponível em: https://periodicos.fgv.br/rae/article/view/30970. Acesso em: 3 jul. 2024.
Seção
Artigos