Revistas acadêmicas como agentes do campo científico de Administração

Conteúdo do artigo principal

Alketa Peci
Lilian Alfaia Monteiro

Resumo

Revistas acadêmicas são importantes atores do campo científico de Administração, entendido como um espaço
caracterizado por uma lógica própria de jogo, onde diversos agentes competem, recorrendo a vários tipos de capitais,
para determinar o monopólio da autoridade científica. Como as revistas acadêmicas acompanham e refletem a dinâmica
do campo de Administração no Brasil? Como esses atores se posicionam nesse espaço? O trabalho evidencia como
as revistas acadêmicas evoluem acompanhando a dinâmica do campo e reforçando estratégias de legitimação da
contribuição científica. Por fim, discutimos os atuais desafios de internacionalização para as revistas da área.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Métricas

Carregando Métricas ...

Detalhes do artigo

Como Citar
PECI, A. .; ALFAIA MONTEIRO, L. . Revistas acadêmicas como agentes do campo científico de Administração. RAE-Revista de Administração de Empresas, [S. l.], v. 61, n. 3, p. 1–15, 2021. DOI: 10.1590/S0034-759020210306. Disponível em: https://periodicos.fgv.br/rae/article/view/83788. Acesso em: 5 jul. 2024.
Seção
Artigos

Referências

Alcadipani, R., & Bertero, C. O. (2012). Guerra Fría y enseñanza

del management en Brasil: el caso FGV-EAESP. RAE-Revista de

Administração de Empresas, 52(3), 284-299. doi: 10.1590/

S0034-75902012000300002

Bardin, L. (2006). Análise de Conteúdo. 4. ed. Lisboa: Edições 70.

Barros, A. (2011). O desenvolvimento das escolas superiores

de administração: Os saberes administrativos brasileiros no

contexto de hegemonia estadunidense. Artigo apresentado

no XXXV EnANPAD, Rio de Janeiro, RJ.

Barros, A., & Carrieri, A. (2013). Ensino superior em administração

entre os anos 1940 e 1950: Uma discussão a partir dos acordos

de cooperação Brasil-Estados Unidos. Cadernos EBAPE.BR,

(2), 256-273. doi: /10.1590/S1679-39512013000200005

Barros, A., Cruz, R., Xavier, W., & Carrieri, A. (2011). Apropriação

dos saberes administrativos: Um olhar alternativo

sobre o desenvolvimento da área. RAM-Revista de Administração

Mackenzie, 12(5), 43-67. doi: 10.1590/S1678-

Bertero, C. O. (2003). A problemática educação de administradores.

RAE-Revista de Administração de Empresas, 43(2), 10-10.

doi: 10.1590/S0034-75902003000200002V

Bourdieu, P. (1983). A economia das trocas linguísticas. In R.

Ortiz (Org.), Bourdieu: Sociologia (Coleção Grandes Cientistas

Sociais). São Paulo, SP: Ática.

Bourdieu, P. (1991) The Peculiar History of Scientific Reason.

Sociological Forum, 6(1), 3-26.

Bourdieu, P. (1998). Escritos de Educação. 6. ed. Petrópolis: Vozes.

Bourdieu, P. (2004). Os Usos Sociais da Ciência. São Paulo: Unesp.

Burri, R. (2008). Doing Distinctions: boundary work and symbolic

capital in Radiology. Social Studies of Science, 38(1), 35-62.

doi: 10.1177/0306312707082021

Coelho, F., Olenscki, A. R., & Celso, R. (2010). Da letargia

ao realento: Notas sobre o ensino de graduação em

administração pública no Brasil no entremeio da crise do

Estado e da redemocratização no país (1983-1994). Artigo

apresentado no IV EnAPG, Vitória, ES.

Coelho, F. S. (2006). Educação superior, formação de administradores

e setor público: Um estudo sobre o ensino de administração

pública – em nível de graduação – no Brasil (Tese

de doutorado, Escola de Administração de São Paulo da Fundação

Getulio Vargas, São Paulo, SP).

Curado, I. B. (2001). O desenvolvimento dos saberes administrativos

em São Paulo (Tese de doutorado, Fundação Getulio

Vargas, São Paulo, SP).

Davis, G., & Marquis, C. (2005). Prospects for organizations

theory in the early twenty-first century: Institutional fields

and mechanisms. Organization Science, 16(4), 332-343. doi:

/10.1287/orsc.1050.0137

Fischer. T. (1984a). O ensino de administração pública no

Brasil: Os ideais de desenvolvimento e as dimensões de

racionalidade (1948-1984) (Tese de doutorado, Faculdade

de Economia e Administração da Universidade de São Paulo,

São Paulo, SP).

Fischer. T. (1984b). Administração pública como área de conhecimento

e ensino. RAE-Revista de Administração de Empresas,

(4), 278-288. doi: 10.1590/S0034-75901984000400038

Fischer. T. (1993). A formação do administrador brasileiro na

década de 90: Crise, oportunidade e inovações nas propostas

de ensino. Revista de Administração Pública, 27(4), 11-20. doi:

1590/S0034-75902003000200003v

Fischer. T. (2010). A perduração de um mestre e uma agenda de

pesquisa na educação de administradores: Artesanato de

si, memória dos outros e legados do ensino. Organização &

Sociedade, 17(52), 209-219. Recuperado de https://cienciasmedicasbiologicas.

ufba.br/index.php/revistaoes/article/

view/11102

Fischer, T., Waiandt, C., & Fonseca, R. L. (2011). A história

do ensino em administração: contribuições teóricometodológicas

e uma proposta de agenda de pesquisa.

Revista de Administração Pública, 45(4), 911-939. doi:

1590/S0034-76122011000400002

Fligstein, N., & McAdam, D. (2011). Toward a general theory of

strategic action fields. Sociological Theory, 29(1), 1-26. doi:

1111/j.1467-9558.2010.01385.x

Fligstein, N., & McAdam, D. (2012). A theory of fields. New York,

USA: Oxford University Press.

Gaskell, G., & Bauer, M. W. (2005). Para uma prestação de contas

pública: além da amostra, da fidedignidade e da validade. In

M. W. Bauer, & G. Gaskell (Eds.), Pesquisa qualitativa com

texto, imagem e som: Um manual prático (4a ed.). Petrópolis,

RJ: Vozes.

Gusfield, J. (1976). The literary rhetoric of science: Comedy and

pathos in drinking driver research. American sociological

review, 16-34. doi: 10.2307/2094370

Hong, W. (2008). Domination in a Scientific Field: capital struggle

in a Chinese isotope lab. Social Studies of Science, 38(4), 543-

doi: 10.1177/0306312706092456

Kirk, J., & Miller, M. L. (1986). Reliability and validity in qualitative

research. Londres, Inglaterra: Sage Publications.

Klenk, N. L., Hickey, G. M., & MacLellan, J. I. (2010). Evaluating

the social capital accrued in large research networks:

The case of the Sustainable Forest Management Network

(1995-2009). Social Studies of Science, 40(6), 931-960.

doi: 10.1177/0306312710374130

Locke, K., & Golden-Biddle, K. (1997). Constructing opportunities

for contribution: Structuring intertextual coherence and

“problematizing” in organizational studies. Academy of

Management Journal, 40(5), 1023-1062. doi: 10.5465/256926

Martin, J. L. (2003). What Is Field Theory? America Journal

Sociology, 109, jul, 1-49. doi: 10.1086/375201

Motta, F. P. (1983). A questão da formação do administrador.

RAE-Revista de Administração de Empresas, 23(4), 53-55. doi:

1590/S0034-75901983000400005

Nicolini, A. (2003). Qual será o futuro das fábricas de

administradores? RAE-Revista de Administração de Empresas,

(2), 44-54. doi: 10.1590/S0034-75902003000200003

Nicolini, A (2007). Aprender a Governar: a aprendizagem de

funcionários públicos para as carreiras de Estado. Tese

(Doutorado em Administração, Universidade Federal da

Bahia. Salvador)

Peci, A., & Alcadipani, R. (2006). Demarcação científica: Uma

reflexão crítica. Organização & Sociedade, 13(36), 145-161.

doi: 10.1590/S1984-92302006000100008

Peci, A., & Fornazin, M. (2017). The knowledge-building process

of public administration research: A comparative perspective

between Brazil and North American contexts. International

Review of Administrative Sciences, 83(1_suppl), 99-119. doi:

1177/0020852316637660

Rosa, R. A., & Romani-Dias, M (2019a). Indexação de periódicos

e a política de avaliação científica: Uma análise do campo

de administração, contabilidade e turismo no Brasil. International

Journal of Professional Business Review, 4, 1-17. doi:

26668/businessreview/2019.v4i2.168

Rosa, R. A., & Romani-Dias, M. (2019b). A presença e o impacto

de periódicos brasileiros da área de administração, contabilidade

e turismo em bases internacionais e nacionais. Revista

Eletrônica de Ciência Administrativa (RECADM), 18, 327-348.

doi: 10.21529/RECADM.2019014