O financiamento da cultura no Brasil no período 2003-15: um caminho para geração de renda monopolista

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Camila Furlan da Costa
Igor Baptista de Oliveira Medeiros
Guilherme Brandelli Bucco

Resumo

Este artigo analisa o financiamento público da cultura no Brasil, a partir de um estudo longitudinal quantitativo dos projetos aprovados pelo Ministério da Cultura entre 2003 e 2015, com base teórica na categoria de renda mo­nopolista oriunda da economia política. Os resultados evidenciaram que, mesmo com a modificação na concepção de cultura no plano governamental, há concentração de incentivadores e de proponentes que utilizam a Lei de Incentivo à Cultura (LIC) para a obtenção de recursos no fomento a projetos. Concluímos que a política pública de financiamento da cultura continua transferindo para o mercado a decisão de quais projetos serão financiados. O mercado, por sua vez, tende à geração de renda monopolista, por meio do uso do recurso público para a promoção de projetos culturais que interessam à imagem organizacional sob o monopólio de poucas produtoras e fundações.

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Como Citar
Costa, C. F. da, Medeiros, I. B. de O., & Bucco, G. B. (2017). O financiamento da cultura no Brasil no período 2003-15: um caminho para geração de renda monopolista. Revista De Administração Pública, 51(4), 509–527. Recuperado de https://periodicos.fgv.br/rap/article/view/71170
Seção
Artigos