Incorporações e fusões: lições do mundo corporativo para a agenda da reforma do Estado

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Ivan Antônio Pinheiro

Resumo

Conciliar flexibilidade, eficiência, eficácia e efetividade é o desafio organizacional nesta virada do século. Para fazer frente ao novo ambiente, as instituições privadas lançam mão das mais variadas estratégias, a exemplo das alianças corporativas, incluindo as fusões e as incorporações. Ajustando-se ao novo cenário, reformam-se também as estruturas do Estado e adotam-se novas práticas de gestão. Dos governos espera-se uma administração gerencial semelhante às práticas corporativas, comprometida com as demandas dos cidadãos - os "clientes" do setor público. Este artigo tem por objetivo
sugerir um novo (e inusitado, porque contrário à prática generalizada e dominante da criação de municípios através do desmembramento), porém complementar encaminhamento para os debates sobre a reforma do Estado: a incorporação e a fusão de municípios. Apoiado na literatura, o texto apresenta
as origens e as causas da criação de municípios, assim como as causas e as vantagens proporcionadas pelas alianças corporativas. A proposição sugerida decorre da constatação de que inexistem atualmente as causas primeiras que deram origem às unidades municipais, as quais, se artificialmente mantidas (através do veio político), contribuirão para a rigidez, ineficiência, ineficácia e não-efetividade da ação governamental, portanto, no sentido contrário à trajetória bem-sucedida observada no ambiente corporativo.

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Como Citar
Pinheiro, I. A. (1999). Incorporações e fusões: lições do mundo corporativo para a agenda da reforma do Estado. Revista De Administração Pública, 33(6), 41 a 60. Recuperado de https://periodicos.fgv.br/rap/article/view/7598
Seção
Artigos
Biografia do Autor

Ivan Antônio Pinheiro