Relação público-privada na política brasileira de atenção cardiovascular de alta complexidade

Conteúdo do artigo principal

Petter Ricardo de Oliveira
Mariana Guerra
Adalmir de Oliveira Gomes
Aiane Luiz Martins

Resumo

A saúde especializada no Brasil é oferecida pelo setor privado sob regulamentação e financiamento públicos desde a década de 1950, mantendo-se após a promulgação da Constituição Federal de 1988, quando foi criado o Sistema Único de Saúde (SUS). Nas últimas décadas a participação do setor privado aumentou no atendimento terciário, inclusive nos serviços cardiovasculares, gerando mudanças no SUS. Este estudo analisa a relação público-privada na Política Nacional de Atenção Cardiovascular de Alta Complexidade de 2008 a 2014. Os resultados indicam que, comparativamente ao setor público, o setor privado responde por uma maior participação tanto no atendimento terciário para condições cardiovasculares quanto no recebimento de recursos para o fornecimento de serviços de saúde. Isso aponta para uma contradição na gestão do sistema de saúde no Brasil, que, apesar de público, universal e livre, tem privilegiado o setor privado.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Detalhes do artigo

Como Citar
Oliveira, P. R. de, Guerra, M., Gomes, A. de O., & Martins, A. L. (2019). Relação público-privada na política brasileira de atenção cardiovascular de alta complexidade. Revista De Administração Pública, 53(4), 753–768. Recuperado de https://periodicos.fgv.br/rap/article/view/79920
Seção
Artigos