O nível de rua na pandemia: a percepção de profissionais da linha de frente da assistência social sobre a implementação de políticas

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Fernanda Lima-Silva
Tatiana Lemos Sandim
Giordano Morangueira Magri
Gabriela Lotta

Resumo

A pandemia da COVID-19 ressaltou o papel estratégico da política de assistência social para minimizar os efeitos desta crise de saúde e de suas consequências sobre a população mais pobre e vulnerável. A partir desse entendimento, este artigo analisa a percepção de burocratas de nível de rua da rede socioassistencial brasileira sobre como a pandemia tem afetado sua atuação e seu cotidiano profissional. Com base em um survey, em consultas com representantes de serviços socioassistenciais municipais e em regulações governamentais, a pesquisa identificou que, na pandemia, esses trabalhadores se sentem desprotegidos e pouco capazes de dar respostas adequadas às demandas cada vez maiores e urgentes, além de relatarem mudanças substanciais nas suas dinâmicas de trabalho, incluindo um dos seus principais pilares de atuação, o vínculo estabelecido com os usuários dos serviços. Simultaneamente, sentem falta de apoio institucional para atuar com segurança. Esses elementos afetam diretamente a prestação dos serviços socioassistenciais e seu potencial de combater os efeitos adversos da crise.

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Como Citar
Lima-Silva, F., Sandim, T. L., Magri, G. M., & Lotta, G. (2020). O nível de rua na pandemia: a percepção de profissionais da linha de frente da assistência social sobre a implementação de políticas. Revista De Administração Pública, 54(5), 1458–1471. Recuperado de https://periodicos.fgv.br/rap/article/view/82221
Seção
Fórum Perspectivas Práticas: Seção Especial COVID-19