Incentivos electorales y gestión de resultados presupuestarios a través de saldos a pagar

Contenido principal del artículo

Ronaldo José Rêgo de Araújo
https://orcid.org/0000-0001-8335-4418
Dimas Barrêto de Queiroz
https://orcid.org/0000-0002-8511-3420
Edilson Paulo
https://orcid.org/0000-0003-4856-9039

Resumen

El objetivo de esta investigación es analizar el efecto de los ciclos políticos electorales en la gestión de los resultados presupuestarios a través de los saldos a pagar en los municipios brasileños. Al señalar como un vacío empírico-teórico las incipientes métricas de calidad de la información contable en el ámbito gubernamental, basadas en la teoría de agencia, legitimidad y gestión de impresiones, se propone un modelo de estimación de devengos presupuestarios discrecionales, capturados a través del arrastre del tipo remanentes a pagar. Para ello, utilizamos la teoría de los ciclos políticos para justificar el comportamiento cíclico oportunista del gestor, debido al calendario electoral. A partir de una muestra que cubre el 62,1% de los municipios brasileños, se probaron tres hipótesis basadas en la literatura. Los resultados mostraron devengos presupuestarios discrecionales positivos en los años inmediatamente anteriores a las elecciones democráticas y su reversión (devengos presupuestarios discrecionales negativos) en los años electorales, completando el ciclo electoral presupuestario. Asimismo, se demuestra que los gestores en su primer mandato son más proclives a incursionar en este tipo de práctica, motivados por las posibilidades de ser reelegidos en el cargo, a pesar de su éxito en las elecciones, denotando que los alcaldes están más dispuestos a adoptar este tipo de prácticas durante el primer mandato. Esta evidencia se ratifica al constatar la ausencia de niveles significativos de esta práctica en el segundo mandato. Además de la investigación en el sector público, propone una proxy de calidad de la información contable gubernamental y demuestra que la gestión de resultados, medida por los devengos presupuestarios discrecionales, tiene un comportamiento cíclico debido al calendario electoral previamente establecido.

Descargas

Los datos de descargas todavía no están disponibles.

Detalles del artículo

Cómo citar
Araújo, R. J. R. de, Queiroz, D. B. de, & Paulo, E. (2023). Incentivos electorales y gestión de resultados presupuestarios a través de saldos a pagar. Revista De Administração Pública, 57(6), e2022–0382. https://doi.org/10.1590/0034-761220220382
Sección
Artículos

Citas

Alesina, A., & Perotti, R. (1996). Fiscal discipline & the budget process. American Economic Review, 86(2), 401-407. Recuperado de https://www.jstor.org/stable/2118160

Alt, J. B., Mesquita, E., & Rose, S. (2011). Disentangling accountability and competence in elections: evidence from U.S. term limits. The Journal of Politics, 73(1), 171-186. Recuperado de https://doi.org/10.1017/s0022381610000940

Alves, D. P. (2011). Carry-over: a flexibilização do princípio da anualidade orçamentária como indutora da qualidade do gasto público e da transparência fiscal. In Coletânea de Monografias do 17º Prêmio Tesouro Nacional, Brasília, DF. Recuperado de https://premios.tesouro.gov.br/stn2011

Aquino, A. C. B., & Azevedo, R. R. (2017). Restos a pagar e a perda da credibilidade orçamentária. Revista de Administração Pública, 51(4), 580-595. Recuperado de https://doi.org/10.1590/0034-7612163584

Araújo, R. J. R., & Paulo, E. (2019). Determinantes da qualidade da informação contábil em governos municipais brasileiros. In Anais do 13º Congresso da Associação de Programas de Pós-Graduação em Ciências Contábeis, São Paulo, SP. Recuperado de https://anpcont.org.br/pdf/2019_CPT201.pdf

Araújo, R. J. R., Queiroz, D. B., Paulo, E., & Nobre, C. J. F. (2020). A relação da natureza das transferências governamentais e a responsabilidade fiscal dos governos municipais brasileiros. Revista Contabilidade, Gestão e Governança, 23(1), 124-140. Recuperado de https://revistacgg.org/index.php/contabil/article/view/2107

Arvate, P. R., & Biderman, C. (2005). Economia do setor público do Brasil. Rio de Janeiro, RJ: Elsevier.

Arvate, P. R., Avelino, G., & Lucinda, C. R. (2008). Existe influência da ideologia sobre o resultado fiscal dos governos estaduais brasileiros? Estudos Econômicos, 38(4), 789-814. Recuperado de https://doi.org/10.1590/S0101-41612008000400004

Besley, T., & Case, A. (1995). Does electoral accountability affect economic policy choices? Evidence from gubernatorial term limits. The Quarterly Journal of Economics, 110(3), 769-798. Recuperado de https://doi.org/10.2307/2946699

Brender, A., & Drazen, A. (2005). Political budget cycles in new versus established democracies. Journal of Monetary Economics, 52(7), 1271-1295. Recuperado de https://doi.org/10.1016/j.jmoneco.2005.04.004

Caiden, N. (1982). The myth of the annual budget. Public Administration Review, 42(6), 516-523. Recuperado de https://doi.org/10.2307/976121

Carreirão, Y. (2004). A eleição presidencial de 2002: uma análise preliminar do processo e dos resultados eleitorais. Revista de Sociologia e Política, 22, 179-194. Recuperado de https://doi.org/10.1590/S0104-44782004000100013

Carreirão, Y. (2007). Relevant Factors for the voting decision in the 2002 presidential election: an analysis of the Eseb (Brazilian Electoral Study) data. Brazilian Political Science Review, 1(1), 70-101. Recuperado de http://socialsciences.scielo.org/pdf/s_bpsr/v1nse/scs_a05.pdf

Carreirão, Y., & Barbetta, P. (2004). A eleição presidencial de 2002: a decisão do voto na região da Grande São Paulo. Revista Brasileira de Ciências Sociais, 19(56), 75-93. Recuperado de https://doi.org/10.1590/S0102-69092004000300006

Constituição Federal da República Federativa do Brasil de 1988. (1988). Brasília, DF. Recuperado de https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/constituicao.htm

Costa, A. S. (2009). Direito eleitoral (8a ed.). Rio de Janeiro, RJ: Lumen Juris.

Dechow, P. M., Ge, W.., & Schrand, C. M. (2010). Understanding earnings quality: a review of proxies, their determinants and consequences. Journal of Accounting and Economics, 50(2-3), 344-401. Recuperado de https://doi.org/10.1016/j.jacceco.2010.09.001

Dowling, J., & Pfeffer, J. (1975). Organisational legitimacy: social values and organisational behavior. Pacific Sociological Review, 18(1), 122-136. Recuperado de https://doi.org/10.2307/1388226

Downs, A. (1957). An economic theory of political action in a democracy. The Journal of Political Economy, 65(2), 135-150. Recuperado de https://doi/10.1086/257897

Drazen, A., & Eslava, M. (2005). Electoral manipulation via expenditure composition: theory and evidence (NBER Working Paper, 11085). Cambridge, MA: National Bureau of Economic Research. Recuperado de https://doi/10.3386/w11085

D’Azevedo, L. C., & Campos, M. M. (2019). Abuso de poder nas eleições municipais: uma análise das decisões dos tribunais regionais eleitorais. Brazilian Journal of Empirical Legal Studies, 6(2), 35-57. Recuperado de https://reedrevista.org/reed/article/view/308

Emenda Constitucional nº 16, de 04 de junho de 1997. (1997). Dá nova redação ao § 5º do art. 14, ao caput do art. 28, ao inciso II do art. 29, ao caput do art. 77 e ao art. 82 da Constituição Federal. Brasília, DF. Recuperado de https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/emendas/emc/emc16.htm

Flynn S., & Pessoa, M. (2014). Prevention and management of government expenditure arrears. Washington, DC: International Monetary Fund. Recuperado de https://www.imf.org/external/pubs/ft/tnm/2014/tnm1403.pdf

Gardner, W. L., & Paolillo, J. G. P. (1999). A taxonomy of organizational impression management tactics. Advances in Competitiveness Research, 7(1), 108-130.

Healy, P. M., & Wahlen, J. M. (1999). A review of the earnings management literature and its implications for standard setting. Accounting Horizons, 13(4), 365-383. Recuperado de https://doi.org/10.2308/acch.1999.13.4.365

Irwin, T. C. (2012). Accounting devices and fiscal illusions (IMF Staff Discussion Note 12/02). Washington, DC: International Monetary Fund. Recuperado de https://www.imf.org/external/pubs/ft/sdn/2012/sdn1202.pdf

Instituto Brasileiro de Geografia e Estatísticas. (2021). Municípios brasileiros. Brasília, DF: Autor.

Jensen, M. C., & Meckling, W. H. (1976). Theory of the firm: managerial behavior, agency costs and ownership structure. Journal of Financial Economics, 3(4), 305-360. Recuperado de https://doi.org/10.1016/0304-405X(76)90026-X

Joyce, P. G. (2008). Does more (or even better) information lead to better budgeting? A new perspective. Journal of Policy Analysis and Management, 27(4), 945-975. Recuperado de https://doi.org/10.1002/pam.20389

Klein, F. A. (2010). Reelection incentives and political budget cycle: evidence from Brazil. Revista de Administração Pública, 44(2), 283-337. Recuperado de https://doi.org/10.1590/S0034-76122010000200006

Klein, F. A., & Sakurai, S. N. (2015). Term limits and political budget cycles at the local level: evidence from a young democracy. European Journal of Political Economy, 37, 21-36. Recuperado de https://doi.org/10.1016/j.ejpoleco.2014.10.008

Kneebone, R. D., & McKenzie, K. (2001). Electoral and partisan cycles in fiscal policy: an examination of Canadian provinces. International Tax and Public Finance, 8(5-6), 753-774. Recuperado de https://doi.org/10.1023/A:1012895211073

Lei nº 4.320, de 17 de março de 1964. (1964). Estatui normas gerais de direito financeiro para elaboração e controle dos orçamentos e balanços da União, dos estados, dos municípios e do Distrito Federal. Brasília, DF. Recuperado de https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l4320.htm

Lei Complementar nº 101, de 4 de maio de 2000. (2000). Estabelece normas de finanças públicas voltadas para a responsabilidade na gestão fiscal e dá outras providências. Brasília, DF. Recuperado de https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/lcp/lcp101.htm

Lei Complementar nº 131, de 27 de maio de 2009. (2009). Acrescenta dispositivos à Lei Complementar nº 101, de 4 de maio de 2000, que estabelece normas de finanças públicas voltadas para a responsabilidade na gestão fiscal e dá outras providências, a fim de determinar a disponibilização, em tempo real, de informações pormenorizadas sobre a execução orçamentária e financeira da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios. Brasília, DF. Recuperado de https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/lcp/lcp131.htm

Liebman, J. B., & Mahoney, N. (2017). Do expiring budgets lead to wasteful yearend spending? Evidence from federal procurement. American Economic Review, 107(11), 3510-3549. Recuperado de https://doi.org/10.1257/aer.20131296

Lienert, I., & Sarraf, F. (2001). Systemic weaknesses of budget management in anglophone Africa (IMF Working Paper 01/211). Washington, DC: International Monetary Fund. Recuperado de https://www.imf.org/external/pubs/ft/wp/2001/wp01211.pdf

List, J. A., & Sturm, D. M. (2006). How elections matter: theory and evidence from environmental policy. The Quarterly Journal of Economics, 121(4), 1249-1281. Recuperado de https://www.jstor.org/stable/25098826

Martinez, A. L. (2001). Gerenciamento de resultados contábeis: estudo empírico das companhias abertas brasileiras (Tese de Doutorado). Universidade de São Paulo, São Paulo, SP. Recuperado de https://doi.org/10.11606/T.12.2002.tde-14052002-110538

McRae, D. (1977). A political model of the business cycle. Journal of Political Economy, 85(2), 239-263. Recuperado de https://www.jstor.org/stable/1830790

Mendes, M. J. (2009). Sistema orçamentário brasileiro: planejamento, equilíbrio fiscal e qualidade do gasto público. Cadernos de Finanças Públicas, 9, 57-102. Recuperado de http://repositorio.enap.gov.br/handle/1/3858

Nicolau, J. (2007). An analysis of the 2002 presidential elections using logistic regression. Brazilian Political Science Review, 1(1), 125-135. Recuperado de https://doi.org/10.1590/1981-3826200700010006

Nordhaus, W. D. (1975). The political business cycle. Review of Economic Studies, 42(2), 169-190. Recuperado de https://doi.org/10.2307/2296528

Orair, R. O., Gouvêa, R. R., & Leal, E (2014). Ciclos políticos eleitorais e investimentos das administrações públicas no Brasil. Brasília, DF: Ipea.

Paulo, E. (2007). Manipulação das informações contábeis: uma análise teórica e empírica sobre os modelos operacionais de detecção de gerenciamento de resultados (Tese de Doutorado). Universidade de São Paulo, São Paulo, SP. Recuperado de https://doi.org/10.11606/T.12.2007.tde-28012008-113439

Peasnell, K. V., Pope, P. F., & Young, S. (2000) Detecting earnings management using cross-sectional abnormal accruals models. Accounting and Business Research, 30(4), 313-326. Recuperado de https://doi.org/10.1080/00014788.2000.9728949

Peltzman, S. (2003). Voters as fiscal conservatives. The Quarterly Journal of Economics, 107(2), 327-261. Recuperado de https://doi.org/10.2307/2118475

Poterba, J. M. (1996). Budget institutions and fiscal policy in the U.S. States. The American Economic Review, 86(2), 395-400. Recuperado de https://www.jstor.org/stable/2118159

Queiroz, D. B. (2015). Composição dos gastos públicos e resultados eleitorais: um estudo nos municípios brasileiros (Tese de Doutorado) Universidade Federal do Rio Grande do Norte, Natal, RN. Recuperado de http://dx.doi.org/10.26512/2015.11.T.19215

Quintaneiro, T., Barbosa, M. L. O., & Oliveira, M. G. M. (2003). Um toque de clássicos: Marx, Durkheim e Weber (2a ed.). Belo Horizonte, MG: Editora UFMG.

Rakhman, F.; & Wijayana, S. (2019). Determinants of financial reporting quality in the public sector: evidence from Indonesia. The International Journal of Accounting, 54(3), 1950009. Recuperado de https://doi.org/10.1142/S1094406019500094

Rogoff, K. (1990). Equilibrium political budget cycles. The American Economic Review, 80(1), 21-36. Recuperado de https://www.jstor.org/stable/2006731

Rogoff, K., & Sibert, A. (1988). Elections and macroeconomic policy cycles. Review of Economic Studies, 55(1), 1-16. Recuperado de https://doi.org/10.2307/2297526

Rose, S. (2006). Do fiscal rules dampen the political business cycle? Public Choice, 128(3-4), 407-431. Recuperado de https://doi.org/10.1007/s11127-005-9007-7

Sakurai, S. N., & Gremaud, A. P. (2007). Political business cycles: evidências empíricas para os municípios paulistas (1989-2001). Estudos Econômicos, 11(1), 27-54. Recuperado de https://doi.org/10.1590/S1413-80502007000100002.

Schipper, K. (1989). Commentary on earnings management. Accounting Horizons, 3(4), 91-102.

Shi, M., & Svensson, J. (2006). Political budget cycles: do they differ across countries and why? Journal of Public Economics, 90(8-9), 1367-1389. Recuperado de https://doi.org/10.1016/j.jpubeco.2005.09.009

Silva, A. M. A., Cândido, J. O., Jr., & Geraldo, J. C. (2007). Restos a pagar: implicações sobre a sustentabilidade fiscal e a qualidade do gasto público. Brasília, DF: Secretaria de Orçamento Federal.

Simon, H. A. (1957). Models of man: social and rational. New York, NY: John Wiley.

Spence, M. (1973). Job market signaling. The Quarterly Journal of Economics, 87(3), 355-374. Recuperado de https://doi.org/10.2307/1882010