Tribunais ativistas ou deferentes? O que revela a análise da jurisprudência

Autores/as

Palabras clave:

Controle da Administração Pública, ativismo judicial, deferência, doutrina Chevron, constitucionalização do Direito

Resumen

O artigo compila, organiza e interpreta dados de pesquisa jurisprudencial realizada no âmbito do Tribunal de Justiça de Santa Catarina (TJSC) no intuito de mapear o perfil do controle realizado pelo Poder Judiciário no reexame de atos produzidos pela Administração Pública. O problema que se busca responder consiste em saber se é possível deduzir, a partir da análise de determinado conjunto de julgados, padrão de comportamento mais/menos ativista/deferente do Judiciário em relação aos atos administrativos. A investigação apresenta, a título de referencial teórico, levantamento bibliográfico a propósito da abrangência e da extensão da tarefa de controle judicial da Administração Pública, com especial foco nas correntes designadas como ativistas e deferentes. Os precedentes judiciais do TJSC, colhidos como referência para a presente investigação, demonstram que (i) a existência de maior quantidade de decisões em segunda instância pela anulação ou alteração de atos administrativos, (ii) o recurso recorrente a categorias jurídicas indeterminadas para fundamentação de decisões de revisão de atos administrativos, (iii) a inconsistência entre as distintas câmaras temáticas do Tribunal sobre os fundamentos usados e o resultado dos julgados são, em conjunto, elementos que sugerem a ocorrência, efetiva, de um comportamento ativista do Tribunal no assunto em análise.

Descargas

Los datos de descargas todavía no están disponibles.

Biografía del autor/a

Pedro de Menezes Niebuhr, Universidade Federal de Santa Catarina, Florianópolis, Santa Catarina, Brasil

Professor dos Programas de Graduação e Pós-Graduação em Direito da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC). Doutor em Direito pela Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (PUC/RS), com doutorado sanduíche (Capes) na Universidade de Lisboa. Coordenador do Grupo de Estudos em Direito Público (Gedip) da UFSC. Advogado.

Isaac Kofi Medeiros, Universidade Federal de Santa Catarina, Florianópolis, Santa Catarina, Brasil

Professor do Curso de Graduação em Direito da Universidade do Sul de Santa Catarina (Unisul). Doutorando em Direito do Estado pela Universidade de São Paulo (USP). Mestre em Direito do Estado pela Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC). Membro do Grupo de Pesquisa em Constitucionalismo Político (GCONST) da UFSC. Advogado.

Thales Donato, Universidade Federal de Santa Catarina, Florianópolis, Santa Catarina, Brasil

Graduando em Direito pela Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC). Pesquisador Bolsista do PIBIC/CNPq vinculado ao Grupo de Estudos em Direito Público (GEDIP) da UFSC.

Eduarda Lückmann Pleticos, Universidade Federal de Santa Catarina, Florianópolis, Santa Catarina, Brasil

Graduanda em Direito pela Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC). Pesquisadora voluntária do Grupo de Estudos em Direito Público (Gedip) da UFSC.

Publicado

2022-11-25