Organizações como processos e Teoria Ator-Rede: A contribuição de John Law para os Estudos Organizacionais
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Resumo
Em anos recentes, muito se tem debatido a respeito de alternativas às ditas “abordagens representacionais” nos estudos das organizações. Tais discussões costumam destacar o aspecto processual e fluido da organização, que não pode ser tomada como um fim ou um objeto estático e, por isso, ela exige outras formas de explorar e compreender seu fenômeno. Uma abordagem que surge com relevante popularidade é a Teoria Ator-Rede (TAR). Entretanto, tal abordagem tem sido alvo de diversas críticas, que dizem respeito principalmente a uma suposta falta de caráter ou potencial político e/ou crítico. Tendo em vista tal contexto, o objetivo deste artigo é contrapor tais críticas às ideias forjadas nos trabalhos empíricos realizados por um dos autores que mais disseminaram e suscitaram discussões a respeito da TAR nos Estudos Organizacionais: John Law. Com isso, almeja-se, aqui, contribuir com subsídios para uma melhor compreensão da aplicabilidade da TAR nos estudos das organizações, destacando pontos que devem ser levados em consideração para que não sucumba às críticas a ela direcionadas; além disso, são discutidas algumas implicações dessa abordagem em trabalhos empíricos.
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