E Mintzberg descobriu o Brasil: a internacionalização de um programa de mestrado executivo

Conteúdo do artigo principal

Ana Christina Celano Teixeira
https://orcid.org/0000-0002-4521-7399
Sergio Wanderley
https://orcid.org/0000-0002-9248-5214
Ana Beatriz Moraes
https://orcid.org/0000-0002-1252-2872
Bianca Sá
https://orcid.org/0000-0002-0177-6869

Resumo

Esta pesquisa analisa o processo de internacionalização do International Master Program for Managers (IMPM) por meio de uma parceria estabelecida com uma Instituição de Ensino Superior brasileira. O IMPM foi concebido por Henry Mintzberg, em 1996, como um programa forte o suficiente para desafiar os programas tradicionais de MBA da América do Norte, uma vez que Mintzberg propõe que os “Managers, Not MBAs” devem prevalecer. É adotada uma perspectiva crítica para investigar se o IMPM privilegia o ponto de vista anglo-saxão ou não. A fim de atingir esse objetivo, foi utilizada uma abordagem qualitativa, com noventa e seis entrevistas em profundidade com docentes e diretores de ambas as instituições responsáveis pelo estabelecimento da parceria e pela realização do módulo Brasil do programa, neste artigo, nós abordamos oito dessas. O professor Henry Mintzberg está entre os entrevistados. Os resultados mostram que, apesar de todos os esforços para preservar as culturas locais, a lógica anglo-saxônica prevalece e existe um desequilíbrio entre a proposição inicial e os resultados. Há muitas questões inexploradas a serem resolvidas considerando essa estrutura e isso sugere que estudos futuros considerem e proponham o reconhecimento da produção local de conhecimento e da diversidade cultural como elementos-chave para o sucesso de parcerias internacionais.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Métricas

Carregando Métricas ...

Detalhes do artigo

Como Citar
Teixeira, A. C. C., Wanderley, S., Moraes, A. B., & Sá, B. (2021). E Mintzberg descobriu o Brasil: a internacionalização de um programa de mestrado executivo. Cadernos EBAPE.BR, 19(4), 979–990. https://doi.org/10.1590/1679-395120200166
Seção
Artigos

Referências

Alcadipani, R. (2017). Reclaiming sociological reduction: Analysing the circulation of management education in the periphery. Management Learning, 48(5), 535-551.

Alcadipani, R., & Faria, A. (2014). Fighting Latin American marginality in “international” business. Critical Perspectives on International Business, 10(1/2), 107-117.

Alcadipani, R., & Rosa, A. (2011). From global Management to glocal Management: Latin America Perspectives as a counter-dominant management epistemology. Canadian Journal of Administrative Sciences, 28(4), 453-466.

Alvesson, M., & Skoldberg, K. (2000). Reflexive Methodology: New Vistas for Qualitative Research. London, UK: Sage Publications.

Banerjee, S. (2017). Globalization and Human Rights: How Globalization Can Be a Tool to Protect the Human Rights. In C. Akrivopoulou (Ed.), Defending Human Rights and Democracy in the Era of Globalization (pp. 1-16). Hershey, PA: IGI Global.

Banerjee, S., & Linstead, S. (2004). Masking subversion: neocolonial embeddedness in anthropological accounts of indigenous management. Human Relations, 57(2), 221-247.

Celano, A. C., & Guedes, A. L. (2014). Impactos da globalização no processo de internacionalização dos programas de educação em gestão. Cadernos EBAPE.BR, 12(1), 45-61.

Clegg, S., Barrett, M., Clarke, T., Dwyer, L., Gray, J., Kemp, S. E., … Marceau, J. (2006). Management Knowledge for the Future: Innovation, Embryos and new Pardigms. In S. Clegg, G. Palmer (Eds.). The Politics of Management Knowledge (pp. 190-236). London, UK: Sage.

Clegg S., & Palmer, G. (1989). Introduction: Producing Management Kn, UKowledge. In S. Clegg, & G. Palmer (Eds.), The Politics of Management Knowledge (pp. 1-18). London: Sage.

Cummings, S. & Bridgman, T. (2016). The limits and possibilities of history: How a wider, deeper, and more engaged understanding of business history can foster innovative thinking. Academy of Management Learning & Education, 15(2), 250-267.

Cunliffe, A., & Linstead, S. (2009). Introduction: teaching from critical perspectives. Management Learning, 40(1), 5-9.

Czarniawska, B. (2008). A Theory of Organizing. Cheltenham, UK; Northampton.

Faria, A. (2011). Repensando redes estratégicas. Revista de Administração Contemporânea, 15(1), 84-102.

Fleming, P., & Spicer, A. (2007). Contesting the corporation: Struggle, power and resistance in organizations. Cambridge, UK: Cambridge University Press.

Fleming, P., & Spicer, A. (2014). Power in management and organization science. The Academy of Management Annals, 8(1), 237-298.

Held, D., MCgrew, H., Goldblatt, D., & Perraton, J. (1999). Global transformations: politics, economics and culture. Cambridge, UK: Polity Press.

Hurrell, A. (2010, janeiro). Brazil and the Global Order. Current History, 109(724), 60-66. Recuperado de https://doi.org/10.1525/curh.2010.109.724.60

Jick, T. D. (1979). Mixing qualitative and quantitative methods: triangulation in action. Administrative Science Quarterly, 24(4), 602-611.

Lofland, J., & Lofland, L. (1995). Analyzing Social Setting: A guide for qualitative observation and analysis. London, UK: Thomson.

Lukes, S. (2005). Power and the Battle for Hearts and Minds. Millennium, 33(3), 477-493.

Mignolo, W. D. (2011). The Global South and World Dis/Order. Journal of Anthropological Research, 67(2), 165-88.

Mignolo, W. D. (2017). Coloniality is far from over, and so must be decoloniality. Afterall: A Journal of Art, Context and Enquiry, 43(1), 38-45.

Miles, M. B., & Huberman, A. M. (1994). Qualitative Data Analysis. London, UK: Sage Publications.

Mintzberg, H. (2004). Managers not MBAs: A hard look at the soft practice of managing and management development. San Francisco, CA: Barrett-Koehler.

Mintzberg, H., & Gosling, J. (2002). Educating Managers beyond borders. Academy of Management Learning and Education, 1(1), 64-76.

Mir, R., & Mir, A. (2013). The colony writes back: Organization as an early champion of non-Western organizational theory. Organization, 20(1), 91-101.

Murphy, J., & Zhu, J. (2012). Neo-colonialism in the academy? Anglo- American domination in management journals. Organization, 19(6), 915-927.

Pfeffer, J. (2004) Managers not MBAs: A hard look at the soft practice of managing and management development. Administrative Science Quarterly, 49(3), 476-479.

Ramos, A. G. (1984). A redução sociológica (4th ed.). Rio de Janeiro, RJ: Tempo Brasileiro.

Santos, B. S. (2003). Reconhecer para libertar. Rio de Janeiro, RJ: Civilização Brasileira.

Santos, B. S. (2006). Globalizations. Theory Culture Society, 23(2- 3), 393-399.

Soudien, C. (2005). Inside but below: The puzzle of education in the global order. In J. Zajda (Ed.), International Handbook on Globalization, Education and Policy Research. Global Pedagogies. Amsterdam, The Netherlands: Springer.

Spink, P. (1999). Reforming the State: Managerial Public Administration in Latin America. London, UK: Lynne Rienner Publishers.

Tikly, L. (1999). Post-colonialism and comparative education. In: C. Soudien, P. Kallaway, & M. Breier (Eds.), Education, Equity and Transformation (pp. 603-621). Dordrecht, The Netherlands: Dordrecht Kluwer Academic Publishers.

Wanderley, S., & Barros, A. (2018). Decoloniality, geopolitics of knowledge and historic turn: towards a Latin American agenda. Management & Organizational History, 14(4), 1-19.

Zajda, J. (2005). Globalization, education and policy: changing paradigms. In J. Zajda (Ed.), International Handbook on Globalization, Education and Policy Research. Global Pedagogies. Amsterdam, The Netherlands: Springer.

Artigos mais lidos pelo mesmo(s) autor(es)