Pode o Conhecimento em Gestão e Organização Falar Português?

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Alexandre Reis Rosa
Mario Aquino Alves

Resumo

O objetivo deste artigo é questionar se o conhecimento em gestão e organização (CGO) pode falar um idioma diferente do Inglês e discutir como a hegemonia deste idioma no campo científico tem contribuído para a reprodução da mesma lógica colonial que por séculos impediu os nativos de produzirem sentido acerca do que pensavam, falavam e escreviam. Mostramos que o principal instrumento de poder que garante esta hegemonia é o controle dos critérios de publicação e circulação do CGO, que tende a marginalizar tudo o que é produzido fora da base linguística controlada pelo Norte. O principal efeito desta lógica é a submissão dos pesquisadores nativos ao controle do Norte, colocando-os na condição subalterna, condenados em sua própria terra a operar segundo uma lógica externa, que define o que é e o que não é conhecimento científico de qualidade na área de gestão e organização.

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Como Citar
ROSA, A. R.; ALVES, M. A. Pode o Conhecimento em Gestão e Organização Falar Português?. RAE-Revista de Administração de Empresas, [S. l.], v. 51, n. 3, p. 255–264, 2011. Disponível em: https://periodicos.fgv.br/rae/article/view/30992. Acesso em: 22 jul. 2024.
Seção
Artigos

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