Nem “burocrata” nem “novo gerente”: o “caboclo” e os desafios do Plano Diretor de Reforma do Estado no Brasil do real

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Gelson Silva Junquilho

Resumo

Cada vez mais presente no mundo contemporâneo, a reestruturação de aparelhos estatais foi mais recentemente adotada no Brasil, a partir de 1995, integrando um pacote de ações, condensadas no Plano Diretor de Reforma do Estado. Um desafio importante para o alcance dos objetivos do plano era a proposta de substituição do protótipo do ¿administrador burocrático¿ ¿ ineficiente, descomprometido e pouco atento ao usuário ¿ pelo do tipo ¿novo gerente¿, empreendedor, criativo e atento ao cliente. Este artigo busca, em primeiro lugar, problematizar essa proposição, e, em segundo lugar, mostrar o quão complexa pode ser qualquer mudança na forma de agir dos denominados ¿administradores burocráticos¿. Suas ações refletem práticas cotidianas construídas a partir de um processo histórico-social, compreendendo, entre outras, a dimensão cultural, ou seja, traços inerentes à cultura brasileira que influenciam as ações desses atores no interior das organizações públicas. Tal problematização será ilustrada por meio de pesquisa realizada em um grupo de organizações de um governo estadual, cujos resultados apontam para perfis de condutas gerenciais não apropriadas nem ao denominado ¿administrador burocrático¿, nem ao ¿novo gerente¿.

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Como Citar
Junquilho, G. S. (2004). Nem “burocrata” nem “novo gerente”: o “caboclo” e os desafios do Plano Diretor de Reforma do Estado no Brasil do real. Revista De Administração Pública, 38(1), 137 a 156. Recuperado de https://periodicos.fgv.br/rap/article/view/6531
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Artigos

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