Contradições gerenciais na disseminação da “cultura corporativa”: o caso de uma estatal brasileira
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Resumo
Os que defendem as propostas da "cultura corporativa" vêem o gestor como um agente consensual, capaz de integrar os demais em uma cultura "única". Os que se opõem a essas propostas focam a alienação e a exploração organizacional, instrumentalizada pelo gestor. Neste artigo, propõe-se extrapolar essa visão do gestor como apenas um agente consensual. Para isso, buscou-se evidenciar esses limites, ao confrontar as origens e as críticas dos estudos sobre "cultura corporativa" e destacar aspectos que podem levar o gestor a disseminar a diferença e a ambigüidade. Para embasar a argumentação foi apresentado um estudo de caso em uma regional da Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos (ECT). Os dados foram coletados por meio de documentos e entrevistas semi-estruturadas, com 26 atores em diversos níveis gerenciais. O tratamento dos dados baseou-se na análise de conteúdo, buscando-se padrões ou recorrências de palavras, frases, idéias e tópicos de interesse. Concluiu-se que o gestor não pode ser considerado apenas elemento con- sensual, pois ele dissemina a integração e, também, a diferenciação e a fragmentação, permeado por objetivos e questões pessoais, sociais e organizacionais, não se lim- itando aos interesses da empresa.
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Como Citar
Leite-da-Silva, A. R., Junquilho, G. S., Carrieri, A. de P., & Melo, M. C. de O. L. (2006). Contradições gerenciais na disseminação da “cultura corporativa”: o caso de uma estatal brasileira. Revista De Administração Pública, 40(3), 357 a 384. Recuperado de https://periodicos.fgv.br/rap/article/view/6816
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Artigos
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